Temas
de Redação – Unesp – 2013
REDAÇÃO
– Unesp – 2013
Proposição
Desde pequeno, você vem
sendo submetido, na escola, à prática de escrever. Com o passar do tempo, as
exigências se tornaram cada vez maiores para que você aumentasse a qualidade de
seus textos e não demorou muito para perceber que lá adiante, no fim do túnel
do Ensino Médio, haveria uma prova muito importante, com bom peso na nota: a
redação no vestibular. Nesse trajeto, em muitos momentos, você se perguntou:
Afinal, para que escrever? Para que fazer uma boa redação? Só para passar no
vestibular? Na era da internet, para que eu tenho de aprender a redigir, se a
comunicação visual funciona muito melhor? Eu não sou escritor, não preciso
saber criar textos!
É isso o que você pensa
mesmo? Ou são apenas desabafos? Pois chegou a hora de dizer realmente o que
pensa sobre o escrever. Para Clarice Lispector, escrever é maldição e salvação.
Para Syd Field, é uma atividade profissional muito importante dentro da
atividade geral da arte cinematográfica. E para você?
Com base nestes
comentários, em sua própria experiência e, se achar necessário, levando em
consideração os textos de Clarice Lispector e Syd Field, escreva uma redação de
gênero dissertativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa,
sobre o tema:
Escrever: o trabalho e a inspiração.
UNESP
2013 – Meio do ano
Texto 1
IBGE: No nível superior, 29% dos alunos saem de sua cidade para estudar.
No nível superior,
29,2% dos alunos estudam em uma cidade diferente daquela em que vivem. Os dados
são do Censo Demográfico 2010 e foram apresentados nesta quarta-feira [19.12.2012] pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística).
No caso de creches,
apenas 2% dos alunos saem de seu município para frequentar a educação infantil.
Na pré-escola e em classes de alfabetização o índice de deslocamento se mantém
baixo: 2,1%. No ensino médio, 7,2% dos alunos estudam em cidade diferente
daquela em que vivem.
O deslocamento para
outros municípios cresce conforme a escolaridade e está relacionado à
distribuição desigual das unidades de ensino no país, segundo o IBGE. 32,6% dos
alunos de cursos de especialização de nível superior, mestrado ou doutorado se deslocam
para outro município para estudar no curso desejado.
Dentre os alunos de
especialização de nível superior, mestrado ou doutorado, 1,1% dos brasileiros
estavam fora do país para realizar seus estudos.
(http://educacao.uol.com.br. Adaptado.)
Texto 2
Vale a pena estudar em outra cidade?
Quem já pensou em sair
de sua cidade e estudar longe de casa tem lá seus motivos. Pode ser a vontade
de estudar em uma universidade de prestígio, a vontade de fugir dos grandes
centros em busca de uma vida mais calma, a dificuldade em ser aprovado numa
universidade pública da região ou até a necessidade de se ver mais independente
dos pais.
Qualquer uma das opções
é uma experiência e tanto e é, de longe, a forma mais rápida de adquirir
maturidade. Morar numa cidade estranha implica em adaptação. Ficar a
quilômetros de distância dos pais pode ser divertido, mas é uma
responsabilidade enorme.
Abastecer a despensa,
os armários, organizar a casa, cozinhar, fazer movimentação bancária, andar de
ônibus... Não, esta não é a pior parte. A pior parte é aprender a dividir as
tarefas e a casa com outros estudantes de que você nunca ouviu falar. Raramente
os pais conseguem bancar um apê só para o filho e as opções variam entre
pensões, pensionatos, repúblicas ou dividir um apartamento com outros
estudantes.
Em qualquer uma das
alternativas, o desafio é compartilhar um espaço com pessoas de culturas,
costumes e personalidades muito diferentes. Nesses casos, o mais sensato é agir
com disciplina e tolerância. Disciplina para cumprir com os acordos prévios entre
os moradores e tolerância para lidar com as diferenças e conviver
harmoniosamente.
(www.alunosonline.com.br. Adaptado.)
Texto 3
Os melhores anos de sua vida
“E agora? Se eu passar,
como será? Como será viver longe de meus familiares, numa cidade tão distante
da minha? Será que aguentarei?”
Claro que aguentará.
Aliás, não só aguentará, como também se sentirá o tempo todo premiado por sua
decisão. Você sabe que o momento do ingresso em um curso superior, em um tão
sonhado curso superior de qualidade, como são os da Unesp e de outras universidades
públicas, é um momento de passagem, de mudança, de crescimento. É o marco de
sua afirmação como uma pessoa que, por necessidade da própria existência, se
tornará em breve independente e ativa. A universidade traz realmente esse
símbolo pessoal para você. O curso que fará não será mais um curso, será
o curso. Nele você estabelecerá aos poucos suas metas futuras de trabalho,
analisará as possibilidades de exercer a profissão em sua cidade ou aceitar
propostas em lugares ainda mais distantes,mas com perspectivas de um
crescimento profissional consistente e definitivo. O curso universitário é, de
certo modo, o ensaio de toda a sua vida futura. Mais que isso: é já uma parte
de sua vida futura.
Não fique pensando,
porém, que a passagem pela universidade seja aquela coisa careta, lotada apenas de seriedade, em que não cabem momentos de
alegria e prazer. Muito pelo contrário. A grande maioria das pessoas formadas
por universidades, quando indagadas a respeito de como julgam o tempo que
passaram no câmpus, abrem sorrisos de saudade e começam a narrar suas
reminiscências. E são sempre boas reminiscências. Nada mais natural. Os câmpus
universitários representam uma espécie de microcosmo, uma comunidade formada
por indivíduos otimistas em busca de realização. Lá acontece de tudo, desde a
seriedade das reflexões e das tarefas das diferentes disciplinas até as
relações sociais mais gratificantes, sem falar no prazer das atividades
culturais e, mesmo, das brincadeiras, que por vezes trazem tanta euforia quanto
as da infância.
(BlogUnesp, 04.07.2012.)
Proposição: Os textos apresentados como apoio
focalizam uma das questões mais importantes para os estudantes de cursos
superiores que terão de residir em cidades distantes da sua. Você já deve ter
pensado muitas vezes nesse assunto e, por certo, tem opinião formada a respeito.
Com base em sua experiência e levando em consideração os textos apresentados
bem como a letra de Saudade de minha terra, escreva uma redação de
gênero dissertativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o
tema:
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Tema
de Redação – Unesp – 2011
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