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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Tema de redação — UNB - 2012 - 2º Semestre

Tema de redação — UNB - 2012 - 2º Semestre


PROVA DE REDAÇÃO

ATENÇÃO: Nesta prova, faça o que se pede, utilizando, caso deseje, o espaço indicado para rascunho no presente caderno. Em seguida, escreva o texto na folha de texto definitivo da prova de redação em língua portuguesa, no local apropriado, pois não serão avaliados fragmentos de texto escritos em locais indevidos. Respeite o limite máximo de linhas disponibilizado. Qualquer fragmento de texto além desse limite será desconsiderado. Na folha de texto definitivo da prova de redação em língua portuguesa, utilize apenas caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente.

TEXTOS

Texto I

            No Renascimento, as filosofias humanistas tenderam a proclamar a superioridade do homem em relação ao reino da natureza; na Modernidade, essa interpretação adquiriu maior complexidade, à medida que a condição biológica humana foi sendo admitida e que a própria natureza passou a ser concebida como um fenômeno em permanente transformação.

Sandra C. A. Pelegrini. Cultura e natureza: os desafios das práticas preservacionistas na esfera do patrimônio cultural e ambiental. In: Revista Bras. Hist., vol. 26, n.º 51, São Paulo, Universidade Estadual de Maringá, jan.-jun./2006.

Texto II

Antes de existir alfabeto existia a voz
antes de existir a voz existia o silêncio
o silêncio
foi a primeira coisa que existiu
um silêncio que ninguém ouviu
astro pelo céu em movimento
e o som do gelo derretendo
o barulho do cabelo em crescimento
e a música do vento
e a matéria em decomposição
a barriga digerindo o pão
explosão de semente sob o chão
diamante nascendo do carvão
homem pedra planta bicho flor

Arnaldo Antunes. O silêncio (fragmento).

Texto III

Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz
Nada do que eu quero me suprime
Do que por não saber ainda não quis

Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que eu não sofri

Abel Silva e Sueli Costa. Jura secreta (fragmento).

Texto IV

            Os jovens de hoje já foram acusados de tudo: distraídos, superficiais e até egoístas, mas, aos poucos, estão provocando uma revolução silenciosa, levando a sociedade a um novo estágio, que será muito diferente do que conhecemos.

Internet: <revistagalileu.globo.com> (com adaptações).

Considerando os excertos e as imagens acima como motivadores, redija um texto expositivo-argumentativo sobre o tema a seguir.

JOVENS DE HOJE: APRENDIZES DA PALAVRA E DO SILÊNCIO

Ao elaborar o seu texto, explicite como a juventude atual lida com a palavra e com o silêncio na construção de seus valores e de sua identidade.



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Tema de redação — UNB - 2012 - 1º Semestre

Tema de redação — UNB - 2012 - 1º Semestre



PROVA DE REDAÇÃO

ATENÇÃO: Nesta prova, faça o que se pede, utilizando, caso deseje, o espaço indicado para rascunho neste caderno. Em seguida, escreva o texto na folha de texto definitivo da prova de redação em língua portuguesa, no local apropriado, pois não serão avaliados fragmentos de texto escritos em locais indevidos. Respeite o limite máximo de linhas disponibilizado. Qualquer fragmento de texto além desse limite será desconsiderado. Na folha de texto definitivo da prova de redação em língua portuguesa, utilize apenas caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente.

TEXTOS

— Hum, mitos na sociedade contemporânea... as definições anteriores não parecem convincentes no contexto da sociedade pós-industrial, pós-capitalista, pós-moderna em que vivemos.
— É o que Walter Benjamin quer dizer, não? "A humanidade, que, um dia, com Homero, foi objeto de contemplação para os deuses olímpicos, hoje, o é para si mesma. Sua alienação de si própria atinge um grau que a faz viver sua própria destruição como uma sensação estética de primeira ordem."

Walter Benjamin. Apud T. M. Chinellato. Mitologia no imaginário da publicidade. Communicare: revista de pesquisa. Centro Interdisciplinar de Pesquisa, Faculdade Cásper Líbero, v. 6, n.º 2, p. 97. São Paulo: Faculdade Cásper Líbero, 2006.

Hoje, é preciso construir outra persona, ilusória. Tatuagens e plásticas são bem-vindas em cima de músculos forçadamente desenvolvidos em sessões excessivas de academia, não raro, diárias. São combinações perfeitas para os silicones e anabolizantes dos que consomem, narcisisticamente, sua inclusão no novo mundo do prazer.

Lázaro Freire. Neonarcisismo pós-hedonista: silicone e negação. Internet: <www.voadores.com.br>.

     O corpo da moda, miragem da onipotência erótica, encontra-se no mundo, exposto nas vitrinas, nas páginas de revistas, nas telas de cinema e na televisão. Mas, como o reflexo do Narciso grego, está lá para ser visto, cobiçado e nunca para ser apropriado. Ao ser tocado ele some, desfaz-se. 
     O Narciso moderno não é um Narciso. Ele não ama a imagem de si mesmo; pelo contrário, a odeia. Esta relação de ódio ao próprio corpo, e ódio e inveja do corpo desejado é motor do interesse narcísico, presente na sociedade de consumo. É a relação de Dorian Gray com seu retrato e a de Gustav Aschenbach com Tadzio, por quem era apaixonado, que fornece o modelo espiritual do ego consumans do homem urbano contemporâneo.

Jurandir Freire Costa. Violência e psicanálise. Rio de Janeiro: Graal Edições, 2003, p. 241 e 248 (com adaptações).

     Na obra O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, o conflito da narrativa surge quando Gray, ao ver seu retrato pintado por um amigo, adquire a consciência de sua perfeição física.  
     Dorian Gray conserva, durante a narrativa, que se passa ao longo de dezoito anos, a face lisa e angelical dos vinte anos, enquanto o quadro incorpora os sinais físicos de uma vida de excessos e decrepitude moral.
     Essa obra evoca o mito de Narciso, o herói que se apaixona pela própria imagem refletida nas águas e termina por se afogar na tentativa de alcançá-la. Gray sabe perfeitamente que observa o próprio retrato, ao passo que Narciso não se dá conta de que a imagem que o fascina é a de si mesmo.

Mente cérebro, dez./2011, p. 68-70 (com adaptações).

 Mente cérebro, dez./2011, p. 69.

Considerando os textos da prova e os fragmentos de textos acima como motivadores, redija um texto dissertativo, na variante padrão da língua portuguesa, acerca do seguinte questionamento.

O mundo do espelho de Narciso é um desafio ao homo sapiens?



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"Os direitos das crianças" — Ruth Rocha

Os direitos das crianças

Toda criança do mundo
deve ser bem protegida
Contra os rigores do tempo
Contra os rigores da vida.

Criança tem que ter nome
"Girl and the baloon". Banksy.
Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome
Ter segurança e estudar.

Não é questão de querer
nem questão de concordar
Os direitos das crianças
todos têm de respeitar.

Direito de perguntar…
ter alguém pra responder.
A criança tem direito
de querer tudo saber.

A criança tem direito
até de ser diferente.
E tem que ser bem aceita
seja sadia ou doente.

Tem direito à atenção
Direito de não ter medos
Direito a livros e a pão
Direito de ter brinquedos.

Mas a criança também tem
o direito de sorrir.
Correr na beira do mar,
ter lápis de colorir…

Ver uma estrela cadente,
filme que tem robô,
Ganhar um lindo presente,
ouvir histórias do avô.

Descer no escorregador,
fazer bolha de sabão,
Sorvete, se faz calor,
brincar de adivinhação.

Morango com chantilly,
ver mágico de cartola,
O canto do bem-te-vi,
bola, bola, bola bola!

Lamber fundo de panela
Ser tratada com afeição
Ser alegre e tagarela
Poder também dizer não!

Carrinho, jogos, bonecas,
montar um jogo de armar,
Amarelinha, petecas,
e uma corda de pular.

Um passeio de canoa,
pão lambuzado de mel,
Ficar um pouquinho à toa…
contar estrelas no céu…

Ficar lendo revistinha,
Um amigo inteligente,
Pipa na ponta da linha,
Um bom dum cachorro quente.

Festejar o aniversário,
"Girl with a baloon". Banksy.
com bala, bolo e balão!
Brincar com muitos amigos,
dar uns pulos no colchão.

Livros com muita figura,
Fazer viagem de trem,
Um pouquinho de aventura…
Alguém para querer bem…

Festinha de São João,
com fogueira e com bombinha,
Pé de moleque e rojão,
com quadrilha e bandeirinha.

Andar debaixo de chuva,
Ouvir música e dançar.
Ver carreiro de saúva,
Sentir o cheiro do mar.

Pisar descalça no barro,
Comer frutas no pomar,
Ver casa de joão-de-barro,
Noite de muito luar.

Ter tempo pra fazer nada,
ter quem penteie os cabelos,
Ficar um tempo calada…
Falar pelos cotovelos.

E quando a noite chegar,
um bom banho, bem quentinho,
Sensação de bem estar…
de preferência com colinho.

Uma caminha macia,
Uma canção de ninar,
Uma história bem bonita,
Então, dormir e sonhar…

Embora eu não seja rei,
decreto, neste país,
Que toda, toda criança
tem direito a ser feliz!

(Ruth Rocha)

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Tema de redação — UNB - 2011 - 2º Semestre

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TEXTOS

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga imputa
A bruta mina entre os cascalhos vela.
(...)
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma.

Olavo Bilac. Língua portuguesa.

O problema do abrasileiramento da linguagem literária não passa de um detalhe, mais visível, é certo, mas sempre detalhe, do problema mais vasto e mais complexo de aprofundar harmoniosamente o tipo brasileiro.

Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986, p. 608.

O principal equívoco que a escola comete com relação à variedade não padrão é encará-la como uma lista de erros ou como uma série de agressões e transgressões, pelas quais cada falante seria individualmente responsável. Importa ressaltar que essa variedade linguística não só tem uma história eminentemente coletiva, mas também é altamente estruturada e funcional. Os principais erros, quando se escreve o português brasileiro culto, são, no mais das vezes, a manifestação de tendências estruturais antigas que a variedade culta reprime e expulsa.

Rodolfo Ilari e Renato Basso. O português da gente. São Paulo: Contexto, 2009, p. 240-1 (com adaptações).

(...)
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?

Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas
E o falso inglês relax dos surfistas
Sejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas!
Vamos na velô da dicção choo-choo de Carmem Miranda
E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
E — xeque-mate — explique-nos Luanda.

Caetano Veloso. Língua.

Quem sou eu
Tenho a mais bela maneira de expressar
Sou Mangueira... uma poesia singular
Fui ao Lácio e nos meus versos canto a última flor
Que espalhou por vários continentes
Um manancial de amor
Caravelas ao mar partiram
Por destino encontraram o Brasil...
Nos trazendo a maior riqueza
A nossa língua portuguesa
Se misturou com o tupi, tupinambrasileirou
Mais tarde o canto do negro ecoou
E assim a língua se modificou.

Samba-enredo da Mangueira, 2007. Minha pátria é minha língua, Mangueira, meu grande amor.

Considerando os textos da prova e os fragmentos de texto acima como motivadores, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema.

“Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó”: a língua de um povo não se faz com preconceito nem com prescrição

Ao abordar o tema, comente as noções de “preconceito” e “prescrição” e apresente sua visão sobre a relação entre povo e língua.



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TEXTOS

Texto 1

            Os trotes começaram ainda na Idade Média, quando os calouros eram colocados nos vestíbulos (daí a origem da palavra vestibular), que antecediam a sala de aula. Ali, eles tinham os cabelos raspados por medida profilática, pois havia a possibilidade de propagação de doenças, sobretudo da peste.

Texto 2

            A lógica que sustenta o trote — a dominação de um sujeito “mais instruído” sobre outro “menos instruído” — começa nos primeiros dias de universidade, mas não acaba na formatura. O sujeito que sofre e depois aplica o trote, durante todo o período universitário, termina o curso convencido dessa “verdade natural” e continua aplicando-o nos calouros da vida.
            Aquelas pessoas que nunca conseguirão concluir sequer o ensino fundamental serão os eternos calouros desse exército de veteranos. Quem mandou ser analfabeto? Como se vê, é trágica a primeira lição aprendida na universidade: os que sabem mais têm o direito natural de subjugar os que sabem menos.

M. A. S. Reis. Calouro humano. Internet: <www2.uol.com.br> (com adaptações).

Texto 3

            O trote é uma atividade lúdica em que deveriam sempre ser preservadas a intimidade e a honra dos calouros. Os abusos que, esporadicamente, ocorrem não podem justificar que se estabeleça uma norma rígida para coibir essa prática tradicional nas universidades.
            Os que desejam acabar com o trote nas universidades esquecem que ele promove, pelas brincadeiras, a integração entre calouros e veteranos, criando um ambiente de confraternização e solidariedade entre os alunos. A brincadeira não pode ser varrida do meio acadêmico.

Considerando que os textos das provas objetivas e os fragmentos acima apresentados têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo-argumentativo posicionando-se acerca do trote nas universidades e respondendo à seguinte pergunta:

Trote nas universidades: uma brincadeira inocente ou um castigo sem crime?

No seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
— natureza ambígua do trote;
— consequências para aqueles que passam pelo trote.



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