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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Tema de redação – UECE – 2013 - 1º semestre

Tema de redação – UECE – 2013 - 1º semestre

Prezado(a) Candidato(a),
Nesta seleção de 2013.1, recorremos a uma afirmação de Rui Tavares, já citada na prova de redação de 2011.2. Para esse historiador e cronista português, “O ideal universitário é as ideias. Ideias sobre como são as coisas, sobre como funcionam, sobre como deveriam funcionar, ideias sobre ideias”. Como já dissemos naquela ocasião, em concordância com o autor, é de ideias que tratamos quando lhe pedimos que escreva um texto. É de ideias que você, como aspirante a uma vaga nesta universidade pública, deve saber tratar, uma vez que a sociedade espera sua contribuição para o debate de problemas que a afetam.

O problema a ser tratado nesta prova é o da MOBILIDADE URBANA.
Leia os textos 1 e 2, que abordam essa questão e, em seguida, desenvolva uma das sugestões de escrita, considerando que seu texto será divulgado nas redes sociais.

Sugestão A: Escreva um texto argumentativo, tratando da mobilidade urbana como um problema cuja solução diz respeito a todos os segmentos da sociedade.

Sugestão B: Escreva uma crônica futurista, falando da sua cidade no próximo século. Considere as soluções que serão desenvolvidas para a mobilidade urbana.

TEXTO 1  - Ricardo Abramovay, professor titular do Departamento de Economia da FEA, do Instituto de Relações Internacionais da USP e pesquisador do CNPq e da Fapesp, escreve o seguinte artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo em 14-12-2011.

Mobilidade versus carrocentrismo

Automóveis individuais e combustíveis fósseis são as marcas mais emblemáticas da cultura, da sociedade e da economia do século XX.
A conquista da mobilidade é um ganho extraordinário, e sua influência exprime-se no próprio desenho das cidades. Entre 1950 e 1960, nada menos que 20 milhões de pessoas passaram a viver nos subúrbios norte-americanos, movendo-se diariamente para o trabalho em carros particulares. Há hoje mais de 1 bilhão de veículos motorizados. Seiscentos milhões são automóveis.
A produção global é de 70 milhões de unidades anuais e tende a crescer. Uma grande empresa petrolífera afirma em suas peças publicitárias: precisamos nos preparar, em 2020, para um mundo com mais de 2 bilhões de veículos.
O realismo dessa previsão não a faz menos sinistra. O automóvel particular, ícone da mobilidade durante dois terços do século 20, tornou-se hoje o seu avesso.
O desenvolvimento sustentável exige uma ação firme para evitar o horizonte sombrio do trânsito paralisado por três razões básicas.
Em primeiro lugar, o automóvel individual com base no motor a combustão interna é de uma ineficiência impressionante. Ele pesa 20 vezes a carga que transporta, ocupa um espaço imenso e seu motor desperdiça entre 65% e 80% da energia que consome.
Em segundo lugar, o planejamento urbano acaba sendo norteado pela monocultura carrocentrista. Ampliar os espaços de circulação dos automóveis individuais é enxugar gelo, como já perceberam os responsáveis pelas mais dinâmicas cidades contemporâneas.
A consequência é que qualquer estratégia de crescimento econômico apoiada na instalação de mais e mais fábricas de automóveis e na expectativa de que se abram avenidas tentando dar-lhes fluidez é incompatível com cidades humanizadas e com uma economia sustentável. É acelerar em direção ao uso privado do espaço público, rumo certo, talvez, para o crescimento, mas não para o bem-estar.
Não se trata  terceiro ponto  de suprimir o automóvel individual, e sim de estimular a massificação de seu uso partilhado. Eficiência no uso de materiais e de energia, oferta real de alternativas de locomoção e estímulo ao uso partilhado do que até aqui foi estritamente individual são os caminhos para sustentabilidade nos transportes. A distância com relação às prioridades dos setores público e privado no Brasil não poderia ser maior.
(Texto adaptado.)

TEXTO 2 - 8 PRINCÍPIOS DA MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL

Habitável hoje, sustentável no futuro.
Os princípios aqui delineados visam inspirar-nos para melhorar a qualidade de vida nas cidades hoje, enquanto asseguram sua viabilidade amanhã. A cidade bem-sucedida do século XXI será repleta de escolhas, incluindo transporte não-motorizado, pós-combustível fóssil, como opções de deslocamentos. O programa As Cidades Somos Nós convida equipes de projetistas de dez cidades do mundo para aplicar esses princípios em dez locais especialmente selecionados. Nosso desejo é que esses princípios sirvam como inspiração para as autoridades nacionais e locais em todo o mundo.
1. ANDAR A PÉ: desenvolver ambiência urbana que estimule o caminhar
Diminuir a largura das ruas a atravessar; enfatizar a segurança e o conforto do pedestre; incentivar atividades ao rés-do-chão e criar espaços públicos adequados à convivência e ao relaxamento.
2. USAR A BICICLETA: priorizar redes de ciclovias e ciclo faixas
Desenhar ruas que propiciem conveniência e segurança para o ciclista; providenciar estacionamento seguro para as bicicletas públicas e privadas.
3. CONECTAR: criar sistemas compactos de ruas e caminhos
Criar redes densas de ruas e travessas com alta permeabilidade para pedestres e bicicletas; criar vias de alta capacidade para carros assim como passagens e áreas verdes para estimular o transporte não motorizado.
4. TRANSPORTAR: prover transporte coletivo de alta qualidade
Garantir um serviço de transporte frequente, rápido e direto; estabelecer, no mínimo, um corredor de alta capacidade com linhas exclusivas para o transporte público que estejam a uma distância alcançável a pé para 80% da população; localizar estações de transporte, locais de moradia, trabalho e serviços que estejam a uma distância que possa ser percorrida a pé entre eles.
5. MISTURAR: planejar o uso misto do espaço urbano
Harmonizar moradia, comércio e serviços; oferecer parques e atividades de lazer em espaços públicos ao ar livre.
6. DENSIFICAR: estabelecer correspondência entre densidade urbana e capacidade do sistema de transporte
Adaptar a densidade à capacidade do sistema de transporte; maximizar a capacidade do sistema de transportes.
7. COMPACTAR: criar regiões compactas, coesas e bem conectadas
Reduzir o espraiamento focando o desenvolvimento em áreas já ocupadas ou a ela adjacentes; fazer coexistir, no mesmo espaço, trabalho e moradia para evitar deslocamentos desnecessários.
8. PROMOVER MUDANÇAS: aumentar a mobilidade regulando o estacionamento e o uso das vias
Reduzir o número de estacionamentos para desestimular o uso de automóveis particulares nos horários de pico do trânsito; ajustar a cobrança de taxas pelo uso do automóvel segundo hora do dia e destino.  www.ascidadessomosnos.org/Index.html



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Tema de redação – UECE – 2012 – 2º semestre

Tema de redação – UECE – 2012 – 2º semestre


Nos dias atuais, fala-se muito sobre LEITURA, sobre programas de incentivo à leitura, sobre os benefícios que a proficiência em leitura traz para as pessoas. Considerando essa preocupação com a formação do bom leitor, a redação que você deverá escrever para garantir seu ingresso na UECE versará sobre leitura. Para subsidiar sua tarefa, são apresentados a seguir textos que tratam desse assunto.
A partir dos subsídios oferecidos pelos textos 1, 2 e 3, que tratam, respectivamente, do conceito de leitura, do aumento do número de leitores (inclusive no Nordeste) e da abordagem da literatura na escola, escolha uma das duas instruções a seguir para elaborar sua redação.
1. Discuta, por meio de um artigo de opinião, a contribuição da família, da escola, do governo e de instituições não governamentais para o desenvolvimento de leitores proficientes que encontrem na leitura uma fonte de prazer. Apresente fatos e argumentos que possam sustentar seu ponto de vista.
2. Narre um fato ocorrido com alguém que desde tenra idade tenha desenvolvido o hábito de ler, tornando-se um leitor assíduo.

Texto 1 - A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre linguagem etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai ser lido, permitindo tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas.

In: Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos de ensino fundamental: língua portuguesa, p. 69. /Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998.

Texto 2 - População do Nordeste lê mais que a média nacional

Na região, as pessoas leem, em média, 4,3 livros por ano. Em todo o país, são quatro, segundo pesquisa do Instituto Pró-Livro. Com o aumento da renda no Nordeste e o incremento de um milhão de leitores nos últimos quatro anos, a região tem atraído as grandes redes de livrarias do país.
No Nordeste, a população está lendo mais que a média nacional. É o que diz a 3a edição da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro. Realizada em 2011, com cinco mil entrevistados, em 315 municípios, o estudo diz que, enquanto o brasileiro lê quatro (livros) por ano, no Nordeste, a população lê 4,3. É como se fossem quatro livros e o pedaço de outro a mais. O mercado de leitores também cresceu. Passou de 25% da população do Nordeste, em 2007, para 29%, em 2011. Incremento de um milhão de leitores. No total, eles são 25,4 milhões.

Texto 3 - Como ensinar literatura na escola Uraniano Mota

Recife (PE) - Em minhas – na falta de melhor nome – aulas, a primeira coisa que aprendi foi não falar de literatura como um produto que sai dos livros. Não se deve jamais falar de literatura com esse nome cheio de pompa e reverência, A Literatura. Fale-se da vida, dos problemas vividos por todos nós, velhos, jovens, crianças, homens, mulheres, animais e gente.
Só se deve falar sobre aquilo que apaixona a gente. Se o professor não descobriu a lírica de Camões, se não maturou no peito Manuel Bandeira, se não é capaz de curtir Machado de Assis, se não se emociona até as lágrimas com Lima Barreto, mantenha distância desses criadores. O silêncio sobre eles fará um dano menor que a citação burocrática.
Um autor deve ser apresentado a partir de um problema. Nada como o conto Missa do Galo, de Machado, para todos os adolescentes. Eles entenderão até a última linha, vírgula e pontinho das reticências. Eles vão respirar todos os movimentos implícitos e insinuados da conversa da mulher solitária com um jovem. Eles são esse jovem. Eles sonham com essa noite ideal em que os espere uma senhora sozinha. Eles compreendem esse jovem e essa mulher.
Apesar de até aqui ter falado de minha própria experiência, devo terminar com uma coisa ainda mais pessoal. Certa vez, li para alunos com idades em torno de 11 anos o meu conto Daniel. Claro, expurguei os termos mais chulos, grosseiros. Quando eu li “Da turma, Daniel era o mais gordo. Ainda que sob protestos, ele crescera pelos lados, elastecendo um círculo de carnes. Em seu rosto largo destacavam-se sobrancelhas peludas, que se uniam simetricamente num ponto de inflexão, ficando a sobrancelha esquerda e a sobrancelha direita ligadas como asas dum pássaro, movendo-se no espaço da fronte”, na sala não se ouvia um só riso, apenas respirações ofegantes. Então eu ia para o quadro e desenhava as sobrancelhas, à Monteiro Lobato, para eles verem. Depois, já ao fim, quando acrescentava que Daniel raspara aqui e ali o seu estigma, e que “a cirurgia dera nascimento a dois pontos de interrogação deitados, quase dois acentos circunflexos incompletos, sem acomodação”, voltava ao quadro para desenhar os dois pequenos ganchos que ficaram no lugar das sobrancelhas do personagem.
O melhor digo agora no fim. Vocês não vão acreditar no lirismo de que é capaz a infância. Os meninos rebatizaram o conto. Em lugar de Daniel, eles me pediam sempre para ouvir, de novo, O menino-passarinho.

(Texto adaptado) - http://www.diretodaredacao.com/noticia/como-ensinar-literatura-na-escola



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GABARITO DOS EXERCÍCIOS SOBRE DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

GABARITO DOS EXERCÍCIOS SOBRE DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

1 – D
2 – C
3 – C
4 – D
5 – D
6 – C
7 – D
8 – C
9 – C
10 – D

Confira aqui os exercícios: DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO


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Prof. Maurício Fernandes

Tema de redação – UECE – 2012 – 1º semestre

Tema de redação – UECE – 2012 – 1º semestre


O texto a seguir é um fragmento da fala do escritor moçambicano Mia Couto, na edição de 2011 das Conferências do Estoril, cujo título foi “Desafios globais, respostas locais”. Convidado pela organização do evento a discursar sobre segurança, o escritor, desconstruindo esse tema, fala, na verdade, sobre medo.
Nesta prova de redação, sua tarefa é interagir com Mia Couto. Tomando por base uma ou mais questões discutida(s) no texto, escreva uma carta dirigida ao autor, expressando sua concordância ou discordância e apresentando argumentos que deem sustentação ao seu ponto de vista.

MURAR O MEDO

O medo foi um dos meus primeiros mestres. Antes de ganhar confiança em celestiais criaturas, aprendi a temer monstros, fantasmas e demônios. Os anjos, quando chegaram, já era para me guardarem. Os anjos atuavam como uma espécie de agentes de segurança privada das almas.
O medo foi, afinal, o mestre que mais me fez desaprender. Quando deixei minha casa natal, uma invisível mão roubava-me a coragem de viver e a audácia de ser eu mesmo. No horizonte vislumbravam-se mais muros do que estradas. Nessa altura, algo me sugeria o seguinte: que há neste mundo mais medo de coisas más do que coisas más propriamente ditas.
No Moçambique colonial em que nasci e cresci, a narrativa do medo tinha invejável casting internacional: os chineses que comiam crianças, os chamados terroristas que lutavam pela independência e um ateu barbudo com um nome alemão. Esses fantasmas tiveram o fim de todos os fantasmas: morreram quando morreu o medo. Os chineses abriram um restaurante a nossa porta, os terroristas são hoje governantes respeitáveis e Karl Marx, o ateu barbudo, é um simpático avô que não deixou descendência.
A guerra fria esfriou, mas o maniqueísmo que a sustinha não desarmou, inventando rapidamente outras geografias do medo a oriente e a ocidente. E, porque se trata de entidades demoníacas, precisamos de intervenção com legitimidade divina. O que era ideologia passou a ser crença; o que era política tornou-se religião; o que era religião passou a ser estratégia de poder.
Para fabricar armas é preciso fabricar inimigos; para produzir inimigos é imperioso sustentar fantasmas. A manutenção desse alvoroço requer um dispendioso aparato e um batalhão de especialistas que, em segredo, tomam decisões em nosso nome. Eis o que nos dizem: “para superar as ameaças domésticas, precisamos de mais polícia, mais prisões, mais segurança privada e menos privacidade; para enfrentarmos as ameaças globais, precisamos de mais exércitos, mais serviços secretos e a suspensão temporária de nossa cidadania”.
Todos sabemos que o caminho verdadeiro tem de ser outro. Todos sabemos que esse outro caminho poderia começar, por exemplo, pelo desejo de conhecer melhor esses que d’um e de outro lado aprendemos a chamar de “eles”.
Aos adversários políticos e militares juntam-se agora o clima, a demografia e as epidemias. O sentimento que se criou é o seguinte: a realidade é perigosa, a natureza é traiçoeira e a humanidade é imprevisível. Vivemos, como cidadãos e como espécie, em permanente situação de emergência. Como em qualquer outro estado de sítio, as liberdades individuais devem ser contidas, a privacidade pode ser invadida e a racionalidade deve ser suspensa.
Todas essas restrições servem para que não sejam feitas perguntas como, por exemplo, estas: “Por que motivo a crise financeira não atingiu a indústria do armamento? Por que motivo se gastou apenas no ano passado um trilhão e meio de dólares em armamento militar? Por que razão os que hoje tentam proteger os civis na Líbia são exatamente os que mais armas venderam ao regime do coronel Kadaf? Por que motivo se realizam mais seminários sobre segurança do que sobre justiça?”
Se queremos resolver e não apenas discutir a segurança mundial, teremos que enfrentar ameaças bem mais reais e urgentes. Há uma arma de destruição massiva que está sendo usada todos os dias, em todo o mundo, sem que seja preciso o pretexto da guerra. Essa arma chama-se fome. Em pleno século XXI, um em cada seis seres humanos passa fome. O custo para se superar a fome mundial seria uma fração muito pequena do que se gasta em armamento.
Mencionarei ainda uma outra silenciada violência. Em todo o mundo, uma entre cada três mulheres foi ou será vítima de violência física ou sexual durante seu tempo de vida. A nossa indignação, porém, é bem menor que o medo. Sem dar-nos conta, fomos convertidos em soldados de um exército de sem nomes e, como militares sem farda, deixamos de questionar. Deixamos de fazer perguntas e discutir razões. As questões da ética são esquecidas por estar provada a barbaridade dos outros. E, porque estamos em guerra, não temos que fazer prova de coerência nem de ética nem de legalidade.
Há muros que separam nações, há muros que dividem pobres e ricos, mas não há hoje no mundo um muro que separe os que têm medo dos que não têm medo. Citarei Eduardo Galeno acerca disso, que é o medo global: “Os que trabalham têm medo de perder o trabalho; os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho; os civis têm medo dos militares; os militares têm medo da falta d’armas, e as armas têm medo da falta de guerras. E, se calhar, acrescento agora eu: há quem tenha medo de que o medo acabe”.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ao-_QKp9qnQ&feature=related
Transcrição adaptada.


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Tema de redação – UECE – 2007 – 1º semestre


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Tema de redação – UECE – 2011 – 2º semestre

Tema de redação – UECE – 2011 – 2º semestre


Segundo Rui Tavares, ―Há qualquer coisa no ideal universitário que o torna difícil de explicar, apesar de ser tão simples. O ideal universitário é as ideias. Ideias sobre como são as coisas, sobre como funcionam, sobre como deveriam funcionar, ideias sobre ideias.
Nessa perspectiva de que a universidade é um dos espaços onde se discutem as grandes questões que influenciam a vida dos cidadãos, você, como aspirante a uma vaga na UECE, deve dar sua contribuição para o debate de problemas que preocupam a sociedade atual. Esse é um dos requisitos para seu ingresso nesta universidade no vestibular de 2011.2. Escolha um dos temas apresentados abaixo e, a partir das ideias sugeridas pelos textos de apoio, posicione-se criticamente.
Escreva um artigo de opinião, apresentando argumentos capazes de dar sustentação à tese que você escolheu para defender.

TEMA 1 - ENERGIA NUCLEAR: VANTAGENS E RISCOS

TEXTO 1 - Radiação que salva vidas
Em linhas gerais, a radioatividade consiste no fato de que os núcleos dos átomos de alguns elementos químicos como urânio, rádio e tório são instáveis devido a um excesso de energia que apresentam. Para atingir uma situação de maior estabilidade, esses núcleos emitem constantemente partículas alfa, partículas beta e raios gama. Esses decaimentos radioativos são causados por mudanças nas configurações nucleares de modo a produzir uma situação de menor energia. Esses minerais que emitem radiação são conhecidos como isótopos radioativos. Existe muita polêmica sobre a sua utilização, mas o fato é que o uso deles vem ajudando a humanidade há quase 100 anos das mais variadas formas possíveis.
Na indústria uma técnica chamada gamagrafia é utilizada para controle de qualidade. A técnica consiste em fazer radiografias de componentes metálicos e verificar se há defeitos ou rachaduras no corpo das peças. É ferramenta crucial para verificar se há fadigas em asas e turbinas de aviões. Os métodos tradicionais de esterilização de materiais hospitalares usam altas temperaturas e isso inviabilizaria a esterilização de seringas, luvas cirúrgicas, gazes e material descartável em geral. Assim, as empresas farmacêuticas utilizam fontes radioativas de grande porte para esterilizar esse material sem destruí-lo.
Até mesmo na agricultura temos a utilização de radioisótopos, chamados traçadores radioativos, para os mais diversos fins. É possível controlar pragas fazendo os insetos ingerirem doses ínfimas desses traçadores e mapear onde estão as populações ―marcadas. A marcação de insetos com radioisótopos também é muito útil para a identificação de qual predador se alimenta de determinado inseto indesejável. Neste caso o predador é usado em vez de inseticidas nocivos à saúde. Também é muito comum a utilização de radiação gama para esterilizar os respectivos machos de determinadas espécies evitando assim a proliferação. Isso sem contar que se pode aplicar irradiação para a conservação de produtos agrícolas, como batata, cebola, alho e feijão. Após irradiados, esses alimentos podem ser armazenados por até um ano sem apodrecer.

Fonte:http://terramagazine.terra.com.br/interna/ 0,,OI5054735-EI6578,00 energia+Nuclear+uma+controversia+ centenaria.html. Texto adaptado.

TEXTO 2 - O perigo mora... aqui
Não bastou o terremoto. Não bastou o tsunami. Veio o acidente nuclear para piorar a situação no Japão. Nossas angústias permanecem com o povo japonês, que agora, além de ter que recompor o país, precisa lidar com uma crise causada pelos riscos inerentes das usinas nucleares.
Há quase 40 anos, o Greenpeace alerta o mundo sobre os perigos da energia nuclear. Os inúmeros avisos, no entanto, não contribuem para minimizar a dor das pessoas que perderam suas famílias, amigos, casas, empregos. Por isso, antes de tudo, queremos mandar nosso mais profundo sentimento de solidariedade a todos os japoneses e seus familiares.
Olhando o desastre no Japão, fica claro que ao grau de devastação das forças da natureza junta-se agora a tragédia nuclear, fruto da imprevidência e da aposta num tipo de energia cuja essência é a destruição. Ela também está perto de nós, aqui no Brasil.
As usinas Angra I e II passam frequentemente por pequenos acidentes. Elas estão em terreno arenoso, próximas ao oceano e entre as duas maiores cidades do país.

Greenpeace <ciberativismo@greenpeace.org.br>

TEXTO 3 - Rosa de Hiroshima - Vinicius de Moraes

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada


TEMA 2: O BULLYING E SEUS EFEITOS PARA A SOCIEDADE

TEXTO 1 - Cordel Bullying: uma tortura social

De ponta a ponta no mundo
chove o conflito e a guerra
a ira, o ódio o massacre,
irrigam com sangue a Terra
e a quem se devia amar
em tanta briga se enterra
O homem, pela ganância,
escraviza, prende e mata
explora o suor alheio
espanca, suga e maltrata
querendo que a riqueza
seja só do magnata.
A onda de preconceito
que traz no berço o racismo
faz girar por todo o mundo
o mal do xenofobismo
espalha a homofobia
e dissemina o machismo.
Esses males sociais
cruéis, avassaladores,
pulam o muro da escola.
Com seus grilhões opressores
fomentam o bullying
criando efeitos arrasadores.
Por meio deste cordel
chamamos sua atenção
para debater o bullying
o violento vilão
cujas feridas abertas
são as larvas de um vulcão.
http://www.youtube.com/user/Vinypsoa

TEXTO 2
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/

TEXTO 3 - O que fazer para acabar com o bullying?
Para Mar' Júnior, o bullying começa dentro de casa. "Não é na escola. O bullying está no trabalho, na rua, na igreja, mas é fundamentado em casa. É da relação que se tem em casa que você vai sofrer ou praticar o bullying." Por isso a parceria entre a escola e as famílias deve ser afinada para tratar sobre o tema.

http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao



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