Tema
de Redação – FAAP – 2012 – 2º semestre - Vagas remanescentes
REDAÇÃO
Leia atentamente a coletânea de textos abaixo:
Os projetos de lei conhecidos
como SOPA e PIPA ‐ siglas de “Stop Online Piracy Act” e “Protect Intellectual
Property Act” ‐ surgiram de um esforço das indústrias fonográfica e de cinema
americanas para retomar as vendas que perdem com o compartilhamento gratuito de
seus produtos na internet. Bloqueando e punindo os piratas, as companhias
imaginam poder ressurgir das cinzas com a venda de conteúdo on‐line.
(...)
As leis de combate à pirataria
pretendem bloquear o acesso a sites que comercializam conteúdo pirata como
música, filmes e livros além de impedir empresas de pagamento de transferir
dinheiro para seus donos além de suspender imediatamente publicidade
relacionadas a eles. Motores de busca seriam solicitados a apagar links para
tais sites dos resultados e provedores seriam obrigados e interromper o acesso ‐
especialmente os estrangeiros.
Twitter e Facebook, por exemplo,
poderiam ser punidos por permitir que usários publiquem conteúdo
"proibido" nas redes sociais. Google poderia ser acusada de manter
anúncios publicitários e links para sites piratas nos seus serviços de internet.
Para proteger a propriedade
intelectual na web, a nova legislação pretende dar ao governo dos EUA maiores
de poderes para punir donos de "sites dedicados à pirataria ou produtos
falsificados".
Se aprovada da forma como foram
redigidas, as normas irão obrigar os sites a acharem um meio técnico de impedir
a distribuição do conteúdo sob pena de fechamento ou até cinco anos de prisão
para os organizadores do portal ou rede social.
Sem fazer distinção, qualquer
site conectado via hiperlink com outro site apontado como pirata pode, a pedido
do governo ou de empresas donas do conteúdo como gravadoras, editoras e
estúdios de filmes ser banido da internet.
Produtores de conteúdo e
estúdios de cinemas como Disney, Universal, Paramount e Warner Bros. e outros
gigantes apoiam a iniciativa. Google, Amazon, Facebook, eBay, Twitter, PayPal,
Zynga, Mozilla, entre outras gigante de internet, escreveram cartas ao
Congresso e fizeram manifestações on‐line.
[Entenda o que
são os projetos de lei antipirataria SOPA e PIPA.
http://oglobo.globo.com/tecnologia/entenda‐que‐sao‐os‐projetos‐de‐lei‐antipirataria‐sopa‐pipa‐3701327.
Acesso em 18/1/2012]
A internet é nossa grande praça
pública, aquele lugar das sociedades contemporâneas que não existe mais nas
cidades nem nas ruas — mas no computador. (...) O esforço para criar controles
oficiais na internet é tipico de ditaduras. O esforço para transformá‐la num
espaço da iniciativa privada também. Num caso, sacrifica‐se a liberdade em nome
de uma ideologia. No outro, sacrifica‐se a liberdade me nome da propriedade.
Quem perde é a humanidade. (...) Não sou um fanático do individualismo
contemporâneo. Mas vivemos num tempo de autonomia para os indivíduos, que têm
espaço para seu pensamento, sua existência, suas escolhas fundamentais e
secundárias, sua capacidade de reagir.
[Paulo
Moreira Leite. ‘A turma do SOPA não entendeu nada’.
http://colunas.revistaepoca.globo.com/paulomoreiraleite/2012/01/21/a‐turma‐do‐sopa‐nao‐entendeu‐nada/.
Acesso em 18/1/2012. Com adaptações]
A produção de conteúdos
informativos, artísticos ou de entretenimento demanda trabalho e investimentos.
Não dá frutos, como os da natureza, que se podem colher graciosamente.
Inviabilizar autores e organizações que se dedicam à criação desses produtos
não é um ato libertador, mas uma outra forma de obscurantismo.
[Editorial.
‘Direitos na rede’. Folha de São Paulo, 20/1/2012]
Proposição:
O mundo virtual está em polvorosa com os esforços políticos internacionais para a aprovação de leis rigorosas contra a pirataria online. Recentemente, projetos de lei polêmicos como o SOPA e o PIPA foram estratégica e temporariamente arquivados pelo Congresso americano. Apesar de fortes protestos, persiste outro projeto de mesma natureza – o Acta (sigla em inglês para Acordo Comercial Antipirataria) ‐ em busca da assinatura do governo de vários países. De um lado, a proteção dos direitos de propriedade intelectual e dos interesses comerciais dos produtores de música, filmes, artigos de moda e uma variedade de outros produtos alvos de pirataria, sobretudo on‐line. De outro, a defesa da liberdade de expressão contra leis que ameaçam o espaço democrático criado pela internet em vinte anos.
Considerando a polêmica apresentada e, se achar conveniente, os textos da coletânea acima, bem como os textos que serviram de base para as questões da prova, escreva uma redação de gênero dissertativo, em prosa, obediente à norma culta da Língua Portuguesa, sobre o tema:
Lei
Antipirataria Online: Uma Questão de Justiça ou um Risco à Liberdade?
Instruções:
1.
Adote um posicionamento claro sobre a questão expressa como tema.
2.
Exponha com clareza os argumentos que apoiam o seu posicionamento.
3.
Utilize uma focalização mais objetiva, optando pela terceira pessoa ou a
primeira pessoa do plural.
4.
Empregue somente a modalidade escrita culta da língua portuguesa.
5.
NÃO COPIE trechos da coletânea de textos. Utilize‐a de forma crítica,
construindo seu próprio discurso a partir das reflexões que ela estimula.
6.
Escreva somente a tinta azul ou preta.
7. Dê um título à sua redação.Conheça as apostilas do blog Veredas da Língua. Clique em uma das imagens abaixo e saiba como adquiri-las.
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