Prova de Língua Portuguesa – FAAP – 2012 – 1º
semestre
Para
responder as questões de 01 a 10, leia atentamente o soneto abaixo:
Nel mezzo del camin...
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha...
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
Hoje, segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
(Olavo Bilac)
01. O título do poema fora extraído de uma famosa
obra europeia. Aquela obra inicia assim:
Nel mezzo del camin de nostra vita
mi retrovai por una selva oscura:
ché la viritta via era smarrita.
(No meio do caminho de nossa vida
fui me encontrar em uma selva escura:
estava no caminho correto minha via perdida).
Estamos falando de:
a) "A Ilíada" – Homero
b) "A Eneida" – Vergílio
c) "A Divina Comédia" – Dante Alighieri
d) "A Odisséia" – Homero
e) "Orlando Furioso" – Ariosto
02. O poema pode ser dividido em três momentos: o
encontro dos amantes, a vida em comum dos amantes e a separação dos amantes.
a) primeiro quarteto, segundo quarteto e os dois
últimos tercetos;
b) os dois quartetos, o primeiro terceto e o último
terceto;
c) o primeiro quarteto, o segundo quarteto somado
ao primeiro terceto e o último terceto;
d) os dois quartetos somados ao primeiro terceto, o
último terceto com exclusão do último verso e o último verso;
e) os dois primeiros versos, o restante do poema
com exclusão do último verso e o último verso.
03. Observe as rimas, Chamemos "A" ao som
da palavra "fatigada"; "B" ao som da palavra "vinha";
"C" ao som da palavra "partida"; "D" ao som da
palavra "umedece"; "E" ao som da palavra "tremo". Então, o soneto ganha a seguinte posição rimática:
a) AAbb – Aabb – DCC – DEE
b) Abba – Abba – CCD – EED
c) bbAA – bbAA – CCD – EED
d) bAAb – bAAb – DDC – DDE
e) AbAb – AbAb – CDC – EDE
04. "Quiasmo" é figura de estilo em que
os termos se cruzam numa repetição invertida, tal qual as retas se cruzam na
formação de uma cruz ou X. Identifica o quiasmo:
a) ... vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha
b) E paramos de súbito na estrada
da vida
c) ... longos anos, presa à minha
a tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha
d) ... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece
e) E eu, solitário, volto a face, e tremo
05. Olavo Bilac filia‐se ao movimento poético do
Parnasianismo. São características do Parnasianismo a "Arte pela
Arte" – a beleza de um poema é o próprio poema; linguagem cuidada;
predileção pelo soneto; perfeição formal. O próprio Bilac defende sua escola
num poema Profissão de Fé do parnasianismo em cuja primeira estrofe se lê:
a) Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
b) Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve!
c) Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
d) Ah! plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento
e) Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
06.
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha...
Assinale a análise que não procede:
a) "fatigada e triste" é predicativo do
sujeito "tu";
b) "triste e fatigado" é predicativo do
sujeito "eu";
c) os dois últimos versos na ordem direta:
Tinhas a alma povoada de sonhos
E eu tinha a alma povoada de sonhos
d) "Alma" é objeto indireto do verbo ter;
e) repetição expressiva da conjunção "e"
a que chamamos polissíndeto:
E triste, e triste e fatigado
E a alma de sonhos
07.
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
a) estrada da vida
b) longos anos
c) a tua mão presa à minha e a vista deslumbrada
d) luz
e) teu olhar
08.
Hoje, segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
"Nem o pranto os teus olhos umedece". Na
voz passiva analítica:
a) Nem o pranto é umedecido pelos teus olhos;
b) Nem os teus olhos são umedecidos pelo pranto;
c) Nem se umedecem os teus olhos;
d) Nem se umedece o pranto;
e) Nem o pranto umedece os teus olhos.
09.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
"Voltar a face, tremer, ver o teu vulto e
desaparecer"
Só em uma alternativa o imperativo está errado:
a) Volta a face, treme, vê o teu vulto e
desaparece;
b) Volte a face, trema, veja o seu vulto e
desapareça;
c) Voltemos a face, tremamos, vejamos nosso vulto e
desapareçamos;
d) Voltai a face, tremei, vede o vosso vulto e
desaparecei;
e) Voltam a face, tremam, vejam o seu vulto e
desaparecem.
10. Certamente outro poeta inspirou‐se no poema "Nel Mezzo Del Camin" de Olavo Bilac para escrever este soneto:
a)
Argila
Nascemos um para o outro, dessa argila
De que são feitas as criaturas raras;
Tens legendas pagãs nas carnes claras
E eu tenho a alma dos faunos na pupila...
Se um dia eu fosse teu e fosses minha,
O nosso amor conceberia um mundo
E do teu ventre nasceriam deuses...
Raul de Leoni
b)
Soneto
Ó Virgens que passais, ao Sol‐poente,
Pelas estradas ermas, a cantar!
Eu quero ouvir uma canção ardente,
Que me transporte ao meu perdido Lar.
Cantai, nessa voz onipotente,
O Sol que tomba, aureolando o Mar,
A fartura da seara reluzente,
O vinho, a Graça, a formosura, o luar!
c)
Duas almas
Ó tu que vens de longe, ó tu, que vens cansada,
Entra, e, sob este teto encontrarás carinho:
Eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho,
Vives sozinha sempre, e nunca foste amada...
E
amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa,
Essa
estrada sem fim, deserta, imensa e nua,
Podes
partir de novo, ó nômade formosa!
Já
não serei tão só, nem irás tão sozinha.
Há
de ficar comigo uma saudade tua...
Hás de levar contigo uma saudade minha..
Alceu Wamosy
d)
Suave Caminho
Assim . . . Ambos assim, no mesmo passo,
iremos percorrendo a mesma estrada;
tu ‐ no meu braço trêmulo amparada,
eu ‐ amparado no teu lindo braço.
E assim, ligados pelos bens supremos,
que para mim o teu carinho trouxe,
placidamente pela Vida iremos
Calcando mágoas, afastando espinhos,
como se a escarpa desta Vida fosse
o mais suave de todos os caminhos.
Mário Pederneiras
e)
Assim Seja
Fecha os olhos e morre calmamente!
Morre sereno do Dever cumprido!
Nem o mais leve, nem um só gemido
traia, sequer, o teu Sentir latente.
Morre com o teu Dever! Na alta
confiança de quem triunfou e sabe quem descansa
desdenhando de toda a Recompensa!
Cruz e Sousa
Língua Portuguesa – Etapa Complementar
Para responder às questões de 46 a 60, leia
atentamente o primeiro capítulo, extraído do livro "Dom Casmurro" de
Machado de Assis.
Capítulo 1
Do Título
Uma
noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da
Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu.
Cumprimentou‐me, sentou‐se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou
recitando‐me versos.
A
viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus.
Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro
vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no
bolso.
‐
Continue, disse eu acordando.
‐
Já acabei, murmurou ele.
‐
São muito bonitos.
Vi‐lhe
fazer um gesto para tirá‐los outra vez do bolso, mas não passou do gesto;
estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou
alcunhando‐me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos
reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me
zanguei. Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, chamam‐me
assim, alguns em bilhetes: "Dom Casmurro, domingo vou jantar com
você." ‐ "Vou para Petrópolis, Dom Casmurro; a casa é a mesma da Renânia;
vê se deixas essa caverna do Engenho Novo, e vai lá passar uns quinze dias
comigo." ‐ "Meu caro Dom Casmurro, não cuide que o dispenso do teatro
amanhã; venha e dormirá aqui na cidade; dou‐lhe camarote, dou‐lhe chá, dou‐lhe
cama; só não lhe dou moça."
Não
consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas
no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia,
para atribuir‐me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando!
Também não achei melhor título para a minha
narração ‐ se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo. O meu
poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço,
sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão
isso dos seus autores; alguns nem tanto.
46. Este capítulo inicial de "Dom
Casmurro", porque o assunto é ainda o livro ou a linguagem, e não a
história ou a narrativa, poderemos chamá‐lo preâmbulo:
a) epistolar b) metalinguístico c) temático d) elíptico e) futurístico
47. Neste capítulo, o narrador explica o motivo por
que chamou "Dom Casmurro" ao seu livro. O nome do livro e todo o
capítulo indicam tratar‐se de um romance de personagem. O narrador que conta
sua história é:
a) Escobar b) Pádua c) José Dias d) Capitu e) Bento Santiago
48. "... encontrei no trem da central um rapaz
aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu". Cumprimentar com um ligeiro movimento de chapéu
significava, naquela época, o conhecimento:
a) hipócrita b) superficial c) íntimo d) profundo e) duradouro
49. Assinale a alternativa errada:
a) "Cumprimentou‐me, sentou‐se ao pé de
mim". Sentou‐se perto de mim, ao meu lado;
b) "... falou da lua e dos ministros".
Falou de vários assuntos; não parava de falar;
c) "Vi‐lhe fazer um gesto para tirá‐los outra
vez do bolso...". Vi‐lhe fazer um gesto e nunca Vi‐o fazer um gesto. O
verbo "ver" exige o pronome indireto "lhe";
d) "Os vizinhos... não gostam dos meus hábitos
reclusos". Reclusos: fechados, próprios de quem vive em convento, clausura
ou prisão;
e) "Os vizinhos... deram curso à
alcunha". Dar curso à alcunha é propagar o apelido.
50. "Não consultes o dicionário". O
último parágrafo do capítulo instaura um processo narrativo dialógico que
persiste até o final do livro. É um diálogo simulado entre o narrador e:
a) Capitu – olhos de cigana oblíqua e dissimulada;
b) Bentinho – personagem esquizóide;
c) José Dias, que amava diálogos e superlativos;
d) um eventual leitor;
e) Dona Glória – mãe de Bentinho.
51. "Dom veio por ironia, para atribuir‐me
fumos de fidalgo". "Fumo", no texto, é:
a) mistura de gás, vapor de água e partículas
tênues, que se eleva dos corpos em combustão;
b) partículas tenuíssimas de água que se despenha,
formando uma espécie de nuvem;
c) aparência;
d) tabaco para fumar;
e) aquilo que se esvaece, que é transitório tal
qual na frase: a vida é fumo que passa.
52. "O meu poeta do trem ficará sabendo que
não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar
que a obra é sua. Há livros que apenas terão isso dos seus autores, alguns nem
tanto". Ironia sutil. Existem autores que:
a) se irritam facilmente;
b) oferecem título à obra alheia;
c) são poetas mas não contam histórias;
d) apenas sabem dar título a suas obras;
e) plagiam.
53. "Uma noite destas, vindo da cidade para o
Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu
conheço de vista e de chapéu". Vamos destacar a oração principal do período:
a) Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho
Novo;
b) ...vindo da cidade para o Engenho Novo;
c) ... que eu conheço de vista e de chapéu;
d) Uma noite destas, encontrei no trem da Central
um rapaz aqui do bairro;
e) ... um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de
vista e de chapéu.
54. "Vi‐lhe fazer um gesto para tirar os
versos outra vez do bolso, mas não passou do gesto...".
Vamos iniciar o período com a terceira oração, sem
perturbar o sentido que lhe deu o autor:
a) Não passou do gesto, embora lhe visse fazer um
gesto para tirar os versos outra vez do bolso;
b) Não passou do gesto, porque lhe vi fazer um
gesto para tirar os versos outra vez do bolso;
c) Não passou do gesto, a fim de que lhe visse
fazer um gesto para tirar os versos outra vez do bolso;
d) Não passou do gesto, quando lhe vi fazer um
gesto para tirar os versos outra vez do bolso;
e) Não passou do gesto, à medida que lhe vi fazer
um gesto para tirar os versos outra vez do bolso.
55. "Sucedeu, porém, que como eu estava
cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele
interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso".
A conjunção "porém" – coordenada
adversativa, nega, por ser adversativa, uma ideia anterior:
a) Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho
Novo;
b) ... encontrei no trem da Central um rapaz;
c) cumprimentou‐me;
d) a viagem era curta;
e) e os versos pode ser que não fossem inteiramente
maus.
56. "Sucedeu...". O sujeito do verbo suceder é uma oração a que
chamamos subordinada substantiva subjetiva. Vamos destacá‐la:
a) que fechei os olhos três ou quatro vezes;
b) como eu estava cansado;
c) tanto bastou;
d) para que ele interrompesse a leitura;
e) e metesse os versos no bolso.
57. " – Continue, disse eu acordando.
– Já acabei, murmurou ele".
O discurso é direto. Quem fala é o próprio
personagem. Vamos construir o discurso indireto em que o narrador fale pelo
personagem:
a) Disse eu acordando que continue. Ele murmurou
que já acabou;
b) Disse eu acordando que continuasse. Ele murmurou
que já havia acabado;
c) Disse eu acordando que deveria continuar. Ele
murmurou que já acabava;
d) Disse eu acordando que continuaria. Ele murmurou
que já acabaria;
e) Disse eu acordando: Continuai. Ele murmurou: Já
acabarei.
58. "Não consultes dicionário".
O verbo está empregado no imperativo negativo,
segunda pessoa do singular (tu). Passando a frase para o imperativo afirmativo,
respeitando a mesma pessoa (tu), escreveríamos assim:
a) consultes dicionário;
b) consulte dicionário;
c) consulta dicionário;
d) consultas dicionário;
e) consultai dicionário.
59. Os críticos são unânimes em reconhecer Machado
de Assis como o maior ou um dos maiores representantes de:
a) o Naturalismo Científico;
b) a Poesia Parnasiana;
c) o Romance Surrealista;
d) o Romance Psicológico;
e) o Romance Romântico.
60. Todos os trechos abaixo foram extraídos do
romance "Dom Casmurro", exceto um que deve ser assinalado:
a) Eia! chora os dois recentes mortos, se tens
lágrimas. Se só tens riso, ri‐te! É a mesma coisa. O cruzeiro, que a linda
Sofia não quis fitar, como lhe pedia Rubião, está assaz alto para não discernir
os risos e as lágrimas dos homens;
b) Cheguei a casa, abri a porta devagarzinho, subi
pé ante pé, e meti‐me no gabinete; iam dar seis horas. Tirei o veneno do bolso,
fiquei em mangas de camisa, e escrevi ainda uma carta...;
c) ... e ficamos a olhar um para o outro...
Confissão de crianças, tu valias bem duas ou três páginas, mas quero ser
poupado. Em verdade, não falamos nada; o muro falou por nós;
d) Todo eu era olhos e coração, um coração que
desta vez ia sair, com certeza, pela boca fora. Não podia tirar os olhos
daquela criatura de quatorze anos, alta, forte e cheia, apertada em um vestido
de chita, meio desbotado;
e) Enfim, chegou a hora da encomendação e da
partida. Sancha quis despedir‐se do marido, e o desespero daquele lance
consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas.
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