Instituto Mauá
de Tecnologia – Vestibular 2014 – Prova de Língua Portuguesa e Redação
Sem
ultrapassar vinte linhas, componha uma redação com o título:
Minha futura
fachada.
QUESTÕES
DISSERTATIVAS
Os textos a
seguir servem de base para as questões 01 a 06:
Texto I - O Polítipo
Uma
existência impossível!
Se
o Boaventura se achava numa repartição pública, tomavam-no, infalivelmente,
pelo contínuo; nas igrejas passava sempre pelo sacristão; nos cafés, se
acontecia levantar-se da mesa sem chapéu, bradava-lhe logo um consumidor,
segurando-lhe o braço:
–
Garçom! Há meia hora que reclamo que me sirva.
Se
ia provar um paletó à loja do alfaiate, enquanto estivesse em mangas de camisa,
era só a ele que se dirigiam as pessoas chegadas depois. Nas muitas vezes que
foi preso como suposto autor de vários crimes, a autoridade afiançava sempre
que ele tinha diversos retratos na polícia. Verdade era que as fotografias não
se pareciam entre si, mas todas se pareciam com Boaventura.
Num
clube familiar, quando o infeliz, já no corredor, reclamava do porteiro o seu
chapéu para retirar-se, uma senhora de nervos fortes chegou-se por detrás dele
na ponta dos pés e ferrou-lhe um beliscão.
–
Pensas que não vi o teu escândalo com a viúva Sarmento, grandíssimo velhaco?!
O
mísero voltara-se inalteravelmente, sem a menor surpresa. Ah! Ele já estava
mais habituado àqueles enganos.
(Aluísio de Azevedo)
Texto II - O homem e sua fachada
Tenho
uma fachada na universidade, outra nas rodas mundanas, outra no quarto de meu
bem.
Trabalho
agora num tipo ideal de fachada. Permeável, sonora e elástica.
Mutável,
segundo o olhar de quem a contempla e a luz da paisagem para a qual se abre.
Especialmente projetada para servir de aparência a algum edifício invisível.
Insusceptível de ser reproduzida.
Mas
não me peçam que a termine tão cedo. O material é fluido. Vou trabalhando nela
como posso, dia e noite. Com certa demora, pois há sempre pequenos incidentes. Por exemplo: meto um prego, ele perfura o
Azul. Tento fixar um tijolo, ele cai no Vazio.
Mas
não desanimo. Minha paciência é grande. Vão ver depois que esplêndida fachada
vai ser a minha.
(Aníbal M. Machado)
Questão 01. Quanto
ao conteúdo, o que há de comum entre os textos I e II?
Questão 02. Por
quem o Boaventura pode ter sido tomado no último dos enganos narrados no texto
I?
Questão 03. Que
sentido tem a palavra fachada no texto II?
Questão 04. Siga
o modelo: (i) Eu trago uma foto dele.
(ii) Nós trouxemos uma foto dele.
a) (i)
Eu proponho outra fachada.
(ii)
b) (i)
Eu me entretenho com o polítipo.
(ii)
Questão 05. Responda
com base no texto II:
Em que circunstâncias o aspecto da fachada do homem
podia se transformar?
Questão 06. Aquela senhora fez questão de chamar o Boaventura de velhaco.
Reescreva a frase acima, com as devidas
modificações, substituindo fez questão por
a) insistiu;
b) limitou-se.Conheça as apostilas de gramática do blog Veredas da Língua. Clique em uma das imagens abaixo e saiba como adquiri-las.
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