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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Tema de Redação – FGV – 2016 – 2º semestre – ADMINISTRAÇÃO

Tema de Redação – FGV – 2016 – 2º semestre – ADMINISTRAÇÃO


Desigualdade de gênero trava avanço econômico

Em países do mundo todo, há um desequilíbrio entre homens e mulheres quanto ao emprego do tempo. Os homens passam mais tempo trabalhando para ganhar dinheiro. As mulheres fazem a maior parte do trabalho não remunerado —cozinhar, limpar e cuidar dos filhos. Esse trabalho não remunerado é essencial para que famílias e sociedades funcionem. Mas também é menos valorizado que o trabalho remunerado, e, quando é de responsabilidade das mulheres, as impede de fazer outras coisas.
Em todo o mundo, as mulheres dedicam em média 4,5 horas por dia ao trabalho não remunerado. Isso é mais do que o dobro da carga de trabalho doméstico dos homens, segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os homens passam muito mais tempo no trabalho remunerado e também em atividades de lazer.
Países ricos, como os EUA, tendem a ter uma menor disparidade de gênero no trabalho não remunerado do que os países mais pobres, como o México. O Japão, que tem uma das maiores disparidades, adotou iniciativas para aumentar o número de mulheres que recebem para trabalhar, algo que seus líderes consideram essencial para o crescimento econômico. Em comparação às mulheres, os homens dos países escandinavos são os que mais tempo dedicam às atividades domésticas. Índia, México, Turquia e Japão estão na outra ponta desse ranking. Na Noruega, as mulheres dedicam um pouco mais de 3,5 horas por dia a tarefas não remuneradas, enquanto os homens dedicam três horas. Na Índia, por outro lado, as mulheres passam seis horas diárias fazendo trabalhos domésticos, e os homens menos de uma hora. Vê-se, então, que uma disparidade que se costuma avaliar apenas do ponto de vista moral, tem consequências econômicas importantes.
Se uma mulher não pôde frequentar a escola, seus filhos são menos saudáveis e mais propensos a permanecer na pobreza. As mulheres poderiam receber mais educação e fazer mais trabalhos remunerados se os homens dedicassem mais tempo ao trabalho não remunerado, ou se ambos tivessem menos afazeres domésticos.

Claire Cain Miller, do New York Times - Folha de S. Paulo, 05/03/2016. Adaptado.

Com base nos estímulos aqui apresentados, bem como em outras informações que você considere relevantes, redija uma dissertação em prosa, na qual você discuta o tema Desigualdade de gênero no trabalho e desenvolvimento econômico no Brasil, argumentando de modo a expor seu ponto de vista sobre o assunto.


 Instruções:

• A redação deverá seguir as normas da língua escrita culta.
• O texto da redação deverá ter, no mínimo, 20 e, no máximo, 30 linhas escritas. Redações fora desses limites não serão corrigidas e receberão nota zero.
• A redação terá nota zero, caso haja fuga total ao tema ou à estrutura definidos na proposta apresentada.
• A redação deverá ser redigida com letra legível e, obrigatoriamente, com caneta de tinta azul ou preta. Redações que não seguirem essas instruções não serão corrigidas, recebendo, portanto, nota zero.
• É recomendável dar um título a sua redação.



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