TEMA DE REDAÇÃO – PUC-CAMPINAS – 2012
I. Dos cuidados gerais a serem tomados pelos
candidatos:
1. Leia
atentamente as propostas, escolhendo uma
das três para sua prova de Redação.
2.
Escreva, na primeira linha do formulário de redação, o número da proposta
escolhida. A colocação de um título é optativa, a não ser quando expressamente
solicitada.
3. Redija
seu texto a tinta (em preto).
4.
Apresente o texto redigido com letra legível (cursiva ou de forma), em padrão
estético conveniente (margens, paragrafação etc.).
5. Não coloque o seu nome na folha de
redação.
6. Tenha
como padrão básico o mínimo de 30 (trinta) linhas.
II. Da elaboração da redação:
1.
Atenda, com cuidado, em todos os seus aspectos, à proposta escolhida. Às redações
que não atenderem à proposta (adequação ao tema e ao tipo de composição) será
atribuída nota zero.
2.
Empregue nível de linguagem apropriado à sua escolha.
3.
Estruture seu texto utilizando recursos gramaticais e vocabulário adequados.
Lembre-se de que o uso correto de pronomes e de conjunções mantém a coesão
textual.
4. Seja
claro e coerente na exposição de suas ideias.
PROPOSTA I – DISSERTAÇÃO
Leia o editorial abaixo
procurando apreender o tema nele desenvolvido. Em seguida, elabore uma
dissertação na qual você exporá, de modo claro e coerente, suas ideias acerca
desse tema.
A boliviana
Idalena Furtado vive há cinco anos no Brasil e, como tantos outros imigrantes
sul-americanos, veio trabalhar numa confecção de roupas no bairro paulistano do
Bom Retiro.
Seu relato, publicado nesta Folha, descreve
condições análogas às de uma situação de trabalho escravo. Trabalhava 15 horas
por dia. Comia sobre a máquina de costura e dormia em um cômodo,“todo mundo
amontoado”.
Aliciados em seus países de origem, bolivianos,
peruanos e paraguaios se juntam a trabalhadores brasileiros para viver em
oficinas clandestinas, sem direito a férias e a um dia de descanso semanal,
enredados numa espiral de dívidas e degradação. O ambiente de clausura em que
trabalham não poderia oferecer maior contraste com o das lojas de grife para as
quais fornecem seus produtos.
Vistorias do Ministério do Trabalho
responsabilizaram algumas marcas conceituadas por compactuar com o abuso. Nas
oficinas que confeccionam roupas para suas lojas, verificou-se um regime de
hiperexploração do trabalho: funcionários das empresas clandestinas tinham, por
exemplo, de pedir autorização para deixar o local onde costuravam e viviam.
Relatos das condições nas chamadas “sweatshops”
(oficinas-suadouro), em especial nos países em desenvolvimento, renderam
publicidade negativa a marcas de artigos esportivos, brinquedos e roupas que,
para uma sociedade ofuscada pelo brilho do consumo, parecem assim ainda
associadas a prazer, desejo e sedução.
O consumidor raras vezes tem acesso à realidade
que pode ocultar-se sob a aparência reluzente. A inclinação para o “consumo
consciente” – trate-se de móveis de madeira certificada, empresas com
responsabilidade social ou selos atestando compromisso contra o trabalho
infantil – é algo relativamente recente no Brasil.
Depende, para fortalecer-se, do empuxo de
fiscalização do Estado, que revela o avesso de algumas grifes. Ciente de fatos
assim, o consumidor também se torna responsável, como pagante, pela degradação
de seres humanos.
(Adaptado: Folha de S. Paulo.
A2 opinião, sábado, 20 de agosto de 2011)
PROPOSTA II - DISSERTAÇÃO
Atente para o texto seguinte:
De quem é, afinal, a internet?
A pergunta se justifica: há um árduo debate sobre
a possibilidade de haver algum efetivo controle sobre as matérias divulgadas
pela internet. Há quem defenda a liberação absoluta de todos os espaços de
navegação, em nome da democracia e do direito universal à informação; mas há
quem alegue os riscos que muitas matérias podem representar para a coletividade
e defenda, por isso, algum mecanismo de controle. De fato, ao navegarmos,
encontramos de tudo: verdades e mentiras, arte e pornografia, informações
confiáveis e notícias maliciosas, campanhas justas e mobilizações
preconceituosas. Haverá alguma medida a ser tomada? Qual? E por quem? E em nome
de quê, ou de quem?
Redija uma dissertação,
em prosa clara e coerente, sobre o texto acima, dando especial atenção às
perguntas que o finalizam. Para isso, busque formular propostas que possam, a
seu ver, responder adequadamente a essas perguntas.
PROPOSTA III - NARRAÇÃO
Atente para a seguinte situação:
Um menino de dez ou onze anos, quase maltrapilho,
atravessa uma movimentada praça da cidade carregando nos ombros uma grande
caixa de isopor, cheia de picolés. Tropeça, cai e todos os picolés se espalham
pelo chão. O garoto não sabe o que fazer: outros meninos chegam correndo para
se apossar dos sorvetes, mas um policial, um padre e um motoboy que iam
passando intervêm.
Escreva uma redação na qual você desenvolverá a cena
em que ocorre a intervenção. Ao narrar, mostre como agem e o que dizem as
várias personagens envolvidas, bem como o que acaba resultando dessa intervenção.
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