Tema de redação – UMC – 2014
1. Leia, com atenção, a proposta.
2. Utilize o espaço destinado para fazer o
rascunho da redação.
3. Antes de passar a redação para a folha
definitiva, leia as instruções impressas na mesma.
PROPOSTA:
Faça uma redação, obedecendo o gênero textual
indicado.
Orientações para a produção de seu texto.
1. Seu texto deve ter aproximadamente 25
linhas;
2. Não se esqueça de dar um título sugestivo
ao texto;
3.Não copie trechos dos excertos de textos;
4. Sua produção textual será avaliada com
base nos seguintes critérios:
- Domínio da língua portuguesa culta;
- Compreensão da proposta de redação e
domínio do gênero de texto solicitado;
- Seleção, organização e construção de
argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o tema proposto;
- Emprego de organizadores textuais
necessários à construção da argumentação;
- Utilização adequada das marcas de
segmentação textual: título, paragrafação, pontuação e outros sinais gráficos.
Observação: A redação valerá no máximo 100
pontos, sendo que cada critério especificado acima poderá atingir de zero a 20
pontos, desclassificando-se o candidato que totalizar pontuação menor que 20 ao
final da avaliação.
Proposta
A
crise na saúde pública do Brasil é uma realidade que afeta cotidianamente a
população, sobretudo as populações mais carentes. O Governo Federal, em 2013,
criou o programa Mais Médico que provocou muitas questões controversas. Leia os
textos e produza um artigo de opinião sobre o assunto.
Texto 1
Editorial do jornal Folha de S. Paulo
Guerrilha
médica
Dada a celeuma, é natural que governo federal e entidades
médicas continuem sem se entender quanto à filosofia e à oportunidade do
programa Mais Médicos.
É
inaceitável, porém, que as associações de classe tenham decidido fazer a lei
com suas próprias mãos, criando uma série de empecilhos burocráticos para não
emitir o registro dos profissionais estrangeiros --o que atrasa ainda mais o
início do programa. Marcada para esta semana, a estreia de 682 médicos precisou
ser adiada por causa dessa disputa infrutífera.
Não
importa o que pensem os médicos, o Planalto baixou uma medida provisória que
obriga os conselhos regionais da categoria a expedir os registros mesmo para
profissionais que não tenham passado pelo processo de validação do diploma.
Medidas provisórias, como se sabe, têm força de lei.
Se a
classe não está de acordo, conta com várias possibilidades de ação. Pode tentar
convencer o Congresso a rejeitar a regra; se não conseguir, como parece mais
provável, tem ainda a oportunidade de recorrer à Justiça.
Há
argumentos jurídicos para questionar não só o conteúdo da iniciativa --um
advogado com verve poderia descrevê-la como uma ameaça à saúde pública, por exemplo--,
mas também sua forma.
Em tese,
medidas provisórias precisam atender ao duplo critério de relevância e
urgência. É difícil demonstrar urgência no programa, contudo, sendo secular a
falta de médicos nos rincões do país.
A maior
ausência é de planejamento, mas os conselhos não podem ignorar a presunção de
legalidade do instrumento legislativo e inventar procedimentos com o único
intuito de descumpri-lo. Agindo dessa maneira, retiram-se do campo da
divergência democrática para flertar com um delito.
Médicos
não estão acostumados com isso, mas às vezes é preciso reconhecer a derrota.
Ainda que o governo venha sendo populista e pouco sério nessa novela, parece
inatacável o argumento de que é legítimo e necessário levar profissionais de
saúde, incluindo os cubanos, a lugares onde os brasileiros não estão dispostos
a ir.
Fariam
melhor os conselhos se parassem de boicotar a emissão dos registros e se
concentrassem em aprimorar o Mais Médicos.
É preciso
insistir que levar um profissional com um estetoscópio a lugares carentes é
mero paliativo - embora muito necessário -, que fica muito aquém de resolver a
contento os problemas da saúde.
Como o
tema entrou na agenda pública, os médicos deveriam pressionar o governo por
seus pleitos legítimos, como a destinação de mais verbas ao setor e a criação
da carreira de médico do SUS.
Texto
2
Leia também:
Tema de redação — FUVEST - 2014
Temas de redação — FUVEST — 2009 - 2012
Temas de redação — Mackenzie - 2014
TEMAS DE REDAÇÃO DO ENEM – 2010 A 2011
TEMAS DE REDAÇÃO DO ENEM – 2006 A 2009
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