Tema de redação – UECE – 2011 – 2º semestre
Segundo Rui Tavares, ―Há qualquer coisa no ideal
universitário que o torna difícil de explicar, apesar de ser tão simples. O
ideal universitário é as ideias. Ideias sobre como são as coisas, sobre como
funcionam, sobre como deveriam funcionar, ideias sobre ideias.
Nessa perspectiva de que a universidade é um dos
espaços onde se discutem as grandes questões que influenciam a vida dos
cidadãos, você, como aspirante a uma vaga na UECE, deve dar sua contribuição
para o debate de problemas que preocupam a sociedade atual. Esse é um dos
requisitos para seu ingresso nesta universidade no vestibular de 2011.2.
Escolha um dos temas apresentados abaixo e, a partir das ideias sugeridas pelos
textos de apoio, posicione-se criticamente.
Escreva um artigo de opinião, apresentando argumentos
capazes de dar sustentação à tese que você escolheu para defender.
TEMA
1 - ENERGIA NUCLEAR: VANTAGENS E RISCOS
TEXTO
1 - Radiação que salva vidas
Em linhas gerais, a radioatividade consiste no fato de
que os núcleos dos átomos de alguns elementos químicos como urânio, rádio e
tório são instáveis devido a um excesso de energia que apresentam. Para atingir
uma situação de maior estabilidade, esses núcleos emitem constantemente
partículas alfa, partículas beta e raios gama. Esses decaimentos radioativos
são causados por mudanças nas configurações nucleares de modo a produzir uma
situação de menor energia. Esses minerais que emitem radiação são conhecidos
como isótopos radioativos. Existe muita polêmica sobre a sua utilização, mas o
fato é que o uso deles vem ajudando a humanidade há quase 100 anos das mais
variadas formas possíveis.
Na indústria uma técnica chamada gamagrafia é utilizada
para controle de qualidade. A técnica consiste em fazer radiografias de
componentes metálicos e verificar se há defeitos ou rachaduras no corpo das
peças. É ferramenta crucial para verificar se há fadigas em asas e turbinas de
aviões. Os métodos tradicionais de esterilização de materiais hospitalares usam
altas temperaturas e isso inviabilizaria a esterilização de seringas, luvas
cirúrgicas, gazes e material descartável em geral. Assim, as empresas
farmacêuticas utilizam fontes radioativas de grande porte para esterilizar esse
material sem destruí-lo.
Até mesmo na agricultura temos a utilização de
radioisótopos, chamados traçadores radioativos, para os mais diversos fins. É
possível controlar pragas fazendo os insetos ingerirem doses ínfimas desses
traçadores e mapear onde estão as populações ―marcadas‖. A marcação de insetos com radioisótopos também é
muito útil para a identificação de qual predador se alimenta de determinado
inseto indesejável. Neste caso o predador é usado em vez de inseticidas nocivos
à saúde. Também é muito comum a utilização de radiação gama para esterilizar os
respectivos machos de determinadas espécies evitando assim a proliferação. Isso
sem contar que se pode aplicar irradiação para a conservação de produtos
agrícolas, como batata, cebola, alho e feijão. Após irradiados, esses alimentos
podem ser armazenados por até um ano sem apodrecer.
Fonte:http://terramagazine.terra.com.br/interna/
0,,OI5054735-EI6578,00 energia+Nuclear+uma+controversia+ centenaria.html. Texto
adaptado.
TEXTO
2 - O perigo mora... aqui
Não bastou o terremoto. Não bastou o tsunami. Veio o
acidente nuclear para piorar a situação no Japão. Nossas angústias permanecem
com o povo japonês, que agora, além de ter que recompor o país, precisa lidar
com uma crise causada pelos riscos inerentes das usinas nucleares.
Há quase 40 anos, o Greenpeace alerta o mundo sobre os
perigos da energia nuclear. Os inúmeros avisos, no entanto, não contribuem para
minimizar a dor das pessoas que perderam suas famílias, amigos, casas,
empregos. Por isso, antes de tudo, queremos mandar nosso mais profundo
sentimento de solidariedade a todos os japoneses e seus familiares.
Olhando o desastre no Japão, fica claro que ao grau de
devastação das forças da natureza junta-se agora a tragédia nuclear, fruto da
imprevidência e da aposta num tipo de energia cuja essência é a destruição. Ela
também está perto de nós, aqui no Brasil.
As usinas Angra I e II passam frequentemente por
pequenos acidentes. Elas estão em terreno arenoso, próximas ao oceano e entre
as duas maiores cidades do país.
Greenpeace
<ciberativismo@greenpeace.org.br>
TEXTO
3 - Rosa de Hiroshima - Vinicius de
Moraes
Pensem
nas crianças
Mudas
telepáticas
Pensem
nas meninas
Cegas
inexatas
Pensem
nas mulheres
Rotas
alteradas
Pensem
nas feridas
Como
rosas cálidas
Mas,
oh, não se esqueçam
Da
rosa da rosa
Da
rosa de Hiroshima
A
rosa hereditária
A
rosa radioativa
Estúpida
e inválida
A
rosa com cirrose
A
anti-rosa atômica
Sem
cor sem perfume
Sem
rosa, sem nada
TEMA
2: O BULLYING E SEUS EFEITOS PARA A SOCIEDADE
TEXTO
1 - Cordel Bullying: uma tortura social
De
ponta a ponta no mundo
chove
o conflito e a guerra
a
ira, o ódio o massacre,
irrigam
com sangue a Terra
e
a quem se devia amar
em
tanta briga se enterra
O
homem, pela ganância,
escraviza,
prende e mata
explora
o suor alheio
espanca,
suga e maltrata
querendo
que a riqueza
seja
só do magnata.
A
onda de preconceito
que
traz no berço o racismo
faz
girar por todo o mundo
o
mal do xenofobismo
espalha
a homofobia
e
dissemina o machismo.
Esses
males sociais
cruéis,
avassaladores,
pulam
o muro da escola.
Com
seus grilhões opressores
fomentam
o bullying
criando
efeitos arrasadores.
Por
meio deste cordel
chamamos
sua atenção
para
debater o bullying
o
violento vilão
cujas
feridas abertas
são
as larvas de um vulcão.
http://www.youtube.com/user/Vinypsoa
TEXTO
2
Bullying é uma situação que se caracteriza por
agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por
um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na
palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma
denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão,
intimidação, humilhação e maltrato.
http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/
TEXTO
3 - O que fazer para acabar com o bullying?
Para Mar' Júnior, o bullying começa dentro de casa.
"Não é na escola. O bullying está no trabalho, na rua, na igreja, mas é
fundamentado em casa. É da relação que se tem em casa que você vai sofrer ou
praticar o bullying." Por isso a parceria entre a escola e as famílias
deve ser afinada para tratar sobre o tema.
http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao
Leia também:
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