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domingo, 31 de agosto de 2014

UFG - 2012 - 1º Semestre - 1º Fase - Prova de Língua Portuguesa

Prova de Língua Portuguesa - UFG - 2012 - 1º Semestre - 1º Fase

LÍNGUA PORTUGUESA

Leia o texto a seguir para responder às questões 01 e 02.

Texto 1
BEHR, Nicolas. Restos vitais. Disponível em: <http://www.nicolasbehr.com.br/>. Acesso em: 28 set. 2011. [Adaptado].

QUESTÃO 01 - As escolhas lexicais subvertem uma característica típica do gênero “receita” em favor da composição do poema de Nicolas Behr. Que característica é essa?

(A) Voz de comando do locutor, para instaurar os conflitos de geração.
(B) Uso de qualificadores, como “fervido” e “erótico”, para descrever os ingredientes da receita.
(C) Presença de elementos, como “e” e “ou”, para vincular as ações do leitor.
(D) Linguagem direta e objetiva, para promover a figurativização.
(E) Norma culta e formal, para compor as etapas da receita.

QUESTÃO 02 - Os versos “sirva o poema simples/ ou com ilusões” resumem a temática do texto. Essa temática e o recurso utilizado para expressá-la são, respectivamente,

(A) singularidade – paráfrase.      (B) carnavalização – ironia.
(C) musicalidade – metrificação.  (D) erotização – paródia.     (E) poeticidade – metalinguagem.

QUESTÃO 03 - Leia o texto a seguir.

Texto 2

Errata: correções a uma carta

Onde se lê “minha amadinha”, leia-se “prezada senhora”.
Onde se lê “para sempre”, leia-se “ruminando ressentimentos e vomitando mágoas”.
Onde se lê “te amo tanto”, leia-se “bater primeiro as claras em neve”.
Basta corrigir, não precisa responder...

SOARES, Jorge Coelho. Textos “quase poéticos”. In: Cult. São Paulo:Bregantini, ed. 152, nov. 2010. p. 74. [Adaptado].

Que sentimento motivou o eu lírico a elaborar a “errata”?

(A) Culpa por expressar ressentimentos a respeito de fatos passados.
(B) Arrependimento pelas declarações dirigidas à mulher amada.
(C) Tristeza por ter seu afeto menosprezado por sua musa inspiradora.
(D) Vaidade pelas sensações amorosas despertadas na destinatária da carta.
(E) Desespero pela falta de resposta às suas pretensões românticas.

Leia o texto a seguir para responder às questões de 04 a 06.

Texto 3

FAZER PLÁSTICO DE LEITE E VINAGRE

O melhor: conforme mostram os ingredientes, é biodegradável.

O plástico não é uma substância, é um estado de espírito. De espírito molecular: o que define o comportamento físico dos plásticos que a gente conhece é a sua natureza de polímeros, ou seja, o fato de eles serem formados por looongas cadeias de moléculas com a mesma unidade se repetindo por muitas e muitas vezes. Por isso mesmo, tanto faz se a fonte das supercadeias moleculares é o petróleo ou um bom leitinho.

DIFICULTÔMETRO
Tempo - 1 - 2 - 3 - 4 -5
Materiais - 1 - 2 - 3 - 4 -5
Habilidade - 1 - 2 - 3 - 4 -5

VOCÊ VAI PRECISAR DE:

s 0,5 litro de leite s 1 colher
s 1 frigideira s 20 ml de vinagre branco
s luvas de borracha s água
s 1 panela

PASSO A PASSO:
1- Coloque o leite na panela e comece a esquentá-lo em fogo brando. Não o deixe ferver. Quando estiver a ponto de borbulhar, adicione o vinagre.
2- Mexa a mistura até que apareçam calombos branco-amarelados nela, enquanto o líquido começa a clarear.
3- Desligue o fogo e espere a panela esfriar. Passe a mistura pela peneira de maneira a ficar apenas com os agregados.
4- Coloque a luva e lave os calombos com água. Você pode juntá-los numa única massa. Se apertados com firmeza, vão grudar uns nos outros.
5- Parabéns: você já tem seu plástico feito com caseína, uma proteína do leite. Dá para moldá-lo como quiser e fazer até utensílios de cozinha com ele. Mas saiba que o material não é muito resistente e quebra fácil.

LOPES, José. Superinteressante. São Paulo: Abril, jul. 2011, p. 33.

QUESTÃO 04 - No texto, a defesa do caráter biodegradável do plástico feito de leite e vinagre está baseada no fato de que

(A) a consistência dos elementos agregados facilita a sua manipulação.
(B) a mistura resulta de ingredientes bioquimicamente diferentes.
(C) o utensílio moldado com esse material tem boa aceitação no mercado.
(D) o plástico derivado do petróleo tem alto teor poluente.
(E) a peneiração da mistura ocorre em temperatura ambiente.

QUESTÃO 05 - No processo argumentativo, a expressão “looongas cadeias de moléculas” auxilia o leitor a

(A) reconhecer elementos organicamente elaborados.
(B) vislumbrar a repetição dos segmentos geradores dos polímeros.
(C) acatar um procedimento economicamente viável.
(D) antecipar pausas entre os experimentos científicos.
(E) construir o conceito de enzimas pautado em uma experiência caseira.

QUESTÃO 06 - Ao afirmar que “o plástico não é uma substância, é um estado de espírito”, o autor traz uma definição baseada

(A) na alteração de cor inerente à formação dos calombos.
(B) na variação do valor de pH da mistura.
(C) no resultado de um comportamento químico.
(D) no tempo exigido para a manipulação de uma substância.
(E) na diversidade de objetos moldados com a massa de caseína.

QUESTÃO 07 - Leia o cartaz a seguir.

Texto 4
Disponível em:<www.bc.ufg.br>. Acesso em: 21 set. 2011.

Uma das estratégias para o convencimento do leitor do cartaz está baseada na

(A) oposição entre genialidade e vandalismo.
(B) relação entre alegria e serenidade.
(C) combinação entre otimismo e pessimismo.
(D) distinção entre livro e pintura.
(E) separação entre ocupação e ócio.

Releia os Textos 1, 2, 3 e 4 para responder às questões de 08 a 10.

QUESTÃO 08 - Os textos apresentados aproximam-se quanto à participação dos integrantes no processo interlocutivo, caracterizada pela

(A) identificação do interlocutor.
(B) troca de papéis entre locutor e interlocutor.
(C) presença de um mediador.
(D) falta de uma voz de autoridade e poder.
(E) interlocução direta.

QUESTÃO 09 - Nos textos, predomina um mesmo tipo de sequência textual. Esse tipo é identificado e definido, respectivamente, como:

(A) injuntivo – apresentação de procedimentos a serem seguidos, a fim de se alcançar determinado objetivo.
(B) narrativo – reconstrução de uma sequência de acontecimentos ancorada no espaço e no tempo.
(C) descritivo – detalhamento de objetos e paisagens com vistas à ambientação de ações.
(D) argumentativo – defesa de um argumento para persuadir alguém a aderir a um ponto de vista.
(E) expositivo – explicitação de fatos e ideias, a fim de justificar determinados conteúdos.

QUESTÃO 10 - Uma característica vincula os textos apresentados ao mesmo universo discursivo. Que recurso auxilia o estabelecimento dessa vinculação?

(A) Enumeração dos elementos descritivos de determinado evento.
(B) Escolha de informações relevantes para definir o projeto de texto.
(C) Opção pelo modo imperativo para orientar o interlocutor.
(D) Combinação das palavras pertencentes ao mesmo campo semântico.
(E) Recorrência da negação como elemento de referenciação textual.
LITERATURA BRASILEIRA

QUESTÃO 11 - Leia o trecho apresentado a seguir.

                Com os emigrados de Portugal veio também para o Brasil a praga dos ciganos. Gente ociosa e de poucos escrúpulos, ganharam eles aqui reputação bem merecida dos mais refinados velhacos: ninguém que tivesse juízo se metia com eles em negócios, porque tinha certeza de levar carolo*. A poesia de seus costumes e de suas crenças, de que muito se fala, deixaram-na da outra banda do oceano; para cá só trouxeram maus hábitos, esperteza e velhacaria, e se não, o nosso Leonardo pode dizer alguma coisa a respeito. Viviam em quase completa ociosidade; não tinham noite sem festa.

*Levar carolo: ser enganado; ser passado para trás.

ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. São Paulo: Martin Claret, 1999. p. 35.

Quanto ao posicionamento do narrador, esse trecho constitui uma exceção no contexto do romance. O que lhe confere esse caráter de exceção é o fato de o narrador

(A) declarar-se contrariamente à vinda dos ciganos para o Brasil, pois, no geral, ele se mostra favorável à aculturação promovida pelos “emigrados de Portugal”.
(B) ressentir-se da falta de poesia dos costumes e das crenças ciganas, pois essa poesia já inspirara anteriormente a obra de escritores do Romantismo.
(C) queixar-se dos “maus hábitos, esperteza e velhacaria” das gentes ciganas, aos quais atribui as más inclinações do protagonista Leonardo.
(D) responsabilizar a falta de escrúpulos dos ciganos pela decadência moral da sociedade fluminense, na qual aponta a reprodução dessa conduta inescrupulosa.
(E) emitir um juízo crítico severo e depreciativo sobre o povo cigano, já que a imparcialidade constitui a regra de seu ponto de vista.

QUESTÃO 12 - Os gêneros textuais circulam no mundo com características próprias e exercem determinadas funções sociais, em conformidade com as quais os gêneros literários se transformam e se reconfiguram. Nesse sentido, em I – Juca Pirama, de Gonçalves Dias, a função social do gênero épico de exaltar um povo ou retratá-lo em sua totalidade deixa de se realizar plenamente porque

(A) o protagonista do poema, o prisioneiro Tupi, representa ideais ainda presentes no século XIX.
(B) os escritores do século XIX já não se dedicam a longas narrativas em versos.
(C) o tempo do poema, no enredo narrado, desenvolve ações em sentido linear.
(D) os leitores do século XIX já não se sentem representados em narrativas heroicas.
(E) o espaço representado – as selvas tropicais brasileiras – expressa valores de uma cultura extinta.

QUESTÃO 13 - No conjunto de poemas de Minigrafias, de Luís Araujo Pereira, o tom predominante de ironia e humor faz com que

(A) o estar no mundo do eu lírico seja sarcástico em relação à vida.
(B) o entendimento de mundo do eu lírico se restrinja ao seu ponto de vista.
(C) a perspectiva do eu lírico interfira na compreensão do mundo.
(D) a compreensão do eu lírico seja ambígua a respeito do mundo.
(E) a visão de mundo do eu lírico seja discordante da que prevalece na sociedade.

QUESTÃO 14 - Leia os trechos apresentados a seguir.

ZÉ PAULO
Álvares, essa é a nossa condição. Hoje só existe poesia no inútil, no inacabado...
ÁLVARES
No meu tempo já era assim.
ZÉ PAULO
Eu sei, mas não havia ainda o Grande Ciclo da Produção e do Consumo.
[…]
ZÉ PAULO
[…] horário de pico é aquele em que se atinge o máximo congestionamento das vias...
[...]
ÁLVARES
Mas como aconteceu tudo isso?
ZÉ PAULO
Aconteceu como acontece com todas as cidades da América. É muito simples: elas foram entregues aos automóveis... Ou melhor, aos combustíveis fósseis!
[…]
ÁLVARES
[...] Existem fontes imemoriais, é a elas que devemos recorrer...
[...]
ÁLVARES
O que é isso?
ZÉ PAULO
Material para escavação.
ÁLVARES
E posso saber o que é que vamos escavar?
ZÉ PAULO
Alguma dor não contaminada.

MARTINS, Alberto. Uma noite em cinco atos. São Paulo: Editora 34, 2009. p. 49; p. 73; p. 81; p. 96-97.

Os questionamentos sobre o fazer literário presentes nos trechos transcritos interagem com a crítica de Zé Paulo à realidade das cidades da América. Essa interação torna-se evidente, pois

(A) o modo como Zé Paulo define “horário de pico” torna-se metáfora da condição ambígua da poesia contemporânea, fiel a fontes fossilizadas de inspiração e resultante do “Grande Ciclo da Produção e do Consumo”.
(B) a crítica ao excessivo uso dos combustíveis fósseis que, por sua origem, deveriam ser gastos com parcimônia, estende-se à da produção literária em massa, que também esgota recursos criativos não renováveis.
(C) a ideia da poluição causada pelo uso abusivo de combustíveis fósseis remete à contaminação das “fontes imemoriais” da inspiração poética, o que resulta na inutilidade característica da poesia contemporânea.
(D) o fim dos combustíveis fósseis, fontes não renováveis de energia, e o esgotamento da inspiração poética no século XXI justificam-se igualmente no excesso de exploração das fontes originais de produção.
(E) o “máximo congestionamento” a que se refere Zé Paulo atinge tanto as vias urbanas quanto as de inspiração, o que justifica a tarefa da “escavação” em busca das “fontes imemoriais” da criação poética.

QUESTÃO 15 - Em Mãos de Cavalo, de Daniel Galera, o emprego do fluxo de consciência cria um efeito de fusão da fala da personagem à do narrador. Esse efeito está explícito no seguinte trecho:

(A) "'Não esquenta, eu sou médico'. Nunca em sua vida aquelas palavras tinham soado tão artificiais saindo de sua boca. Eu sou um médico." (p. 153)
(B) "A mão dela espalhou na pele a gota vermelha que tinha escorrido quase até o umbigo. Hermano gravou a cena toda mentalmente. Sabia que jamais ia esquecer aquilo." (p. 142)
(C) "Era Naiara, a irmã menor do Bonobo. Ele começou a ver tudo de fora, como uma câmera instalada no teto do quarto." (p. 139)
(D) "Hermano fazia de tudo para evitar Naiara em público. Se afastava imediatamente quando ela aparecia, e se as circunstâncias não permitiam, dava um jeito de não trocarem palavra." (p. 164)
(E) "Reconhecia a irracionalidade dessa sensação, mas sabia também que a razão não tem poder sobre certas emoções e portanto cultivou a sensação de traição sem procurar sufocá-la." (p. 163)

QUESTÃO 16 - Murilo Rubião, em sua Obra completa, tece críticas a determinadas situações observadas por ele em seu contexto histórico, mas que alcançam diversas realidades políticas do século XX. Nesse sentido, no conto “A cidade” observa-se uma crítica que

(A) metaforiza, na acusação de conspiração sofrida pelo protagonista, os regimes políticos autoritários que restringem a liberdade de expressão dos cidadãos, como o ocorrido no salazarismo, em Portugal.
(B) evidencia, ao apresentar o apoio dos moradores à prisão do protagonista, as práticas de favorecimento e cooptação da população por meio de uma agenda populista, a exemplo da Espanha franquista.
(C) alegoriza, na reação dos moradores e da polícia em relação à chegada de um personagem que causa repugnância, as práticas de segregação de um grupo étnico, a exemplo do Apartheid, na África do Sul.
(D) permite, pela observação do comportamento violento dos policiais na narrativa, comparar a atitude de tais personagens a ações de repressão, como as da Gestapo, a polícia política da Alemanha nazista.
(E) enfatiza, por estabelecer uma rivalidade entre os moradores e o protagonista, as disparidades socioculturais entre nações vizinhas, como o ocorrido na ocupação da Palestina por Israel.

QUESTÃO 17 - Em I - Juca Pirama, de Gonçalves Dias, o andamento do enredo caracteriza uma obra híbrida entre o trágico e o épico porque

(A) os episódios expressam uma divergência entre os ideais românticos e a cultura indígena.
(B) as ações exprimem a fragilidade do prisioneiro e sua consequente punição, mas isso é superado por sua reação guerreira.
(C) as atitudes do herói explicitam uma indecisão entre a morte honrada e o salvamento do pai.
(D) os eventos narrados evidenciam o amor e a dedicação do prisioneiro ao pai, mas priorizam o sentimento tribal do guerreiro.
(E) o desenlace da narrativa representa uma convergência entre sentimento filial e ação guerreira.

QUESTÃO 18 - Leia os trechos a seguir.

Procura um apoio, mas não encontra. A tontura é demais. Cai no chão, sobre a calçada […]
[…]
“Que tombo, gurizinho. Não chora, não chora, deixa eu ver.”
[…]
“Deixa a vó ver. Não é nada.”
[...]
“Porque tem o sangue bom e o sangue ruim, sabia? O sangue ruim é esse sangue escuro que tá saindo aí, é sangue sujo, ele corre por fora, assim, perto da pele, entendeu?” […] “O sangue bom é diferente, é bem clarinho, quase rosa, e ele passa nas veias bem grossas, no fundo, por dentro da carne da gente, assim.”
[…]
Quanto mais pensa nisso, menos intenso é seu mal-estar diante dos machucados. Em sua imaginação há uma imagem elaborada de todas as veias e artérias percorrendo seu interior como uma rede de encanamento […]. Passa o dedo no sangue da perna e depois une as pontas do indicador e do polegar,
sentindo como colam uma na outra.

GALERA, Daniel. Mãos de Cavalo. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 17; 18-19.

Mãos de Cavalo, de Daniel Galera, narra várias situações de queda, estabelecendo uma relação entre dor física e sofrimento psicológico. Nos trechos transcritos, essa relação ocorre em diálogo com um conhecimento biológico, a qual evidencia a associação entre

(A) a tontura sentida pela personagem, em decorrência da perda de sangue na queda, e a experimentação do prazer de não se abalar diante das situações difíceis impostas pela vida.
(B) o calibre da veia do garoto e a superação dos seus problemas físicos; o calibre da artéria, com maior pressão sanguínea, e os impasses psicológicos da personagem.
(C) o sangue pobre em HbO2 e sua capacidade de coagulação, indicada por sua viscosidade, e a absorção das experiências positivas e negativas relacionadas às quedas vividas pela personagem.
(D) o sangue pobre em HbO2 e o sofrimento físico que precisa ser superado; o sangue rico em HbO2, que circula pelas artérias, e o necessário aprendizado psicológico.
(E) a intensidade da perda de sangue pobre em HbO2 e a alteração do fluxo sanguíneo, decorrente da intensa atividade física, e a aprendizagem do prazer causado pela superação de um problema.

QUESTÃO 19 - Manuel Antônio de Almeida situa os acontecimentos narrados em Memórias de um sargento de milícias nas primeiras décadas do século XIX, período em que a sede da monarquia portuguesa se fixou no Brasil. Escrito à moda de uma crônica de costumes, esse romance

(A) reproduz, em quadros descritivos da sociedade carioca, o contexto histórico de seu tempo narrativo, comparando os aspectos negativos do reinado de D. João VI aos do Brasil de D. Pedro II.
(B) recria, por meio da crítica às instituições jurídicas e religiosas e da caricatura de seus tipos sociais mais expressivos, o contexto sócio-histórico vigente no Rio de Janeiro do início do século XIX.
(C) representa, na crítica à situação das personagens negras, o problema da escravidão no Brasil de D. João VI, defendida por setores dominantes da economia colonial e combatida pelos aliados ingleses.
(D) explicita, no modo como se refere à cultura do povo cigano, o problema da miscigenação resultante do processo de imigração iniciado no século XIX, com a transferência da corte portuguesa para o Brasil.
(E) retrata, em imagens da corte joanina, aspectos culturais do Brasil colonial, opondo suas descrições literárias à história visual da vida privada no Brasil apresentada nas gravuras de Debret.

QUESTÃO 20 - Há diversas possibilidades de compreensão do fenômeno fantástico em Literatura. Tzvetan Todorov, em seu livro Introdução à literatura fantástica, afirma: “Há um fenômeno estranho que se pode explicar de duas maneiras, por meio de causas naturais e sobrenaturais. A possibilidade de se hesitar entre os dois criou o efeito fantástico.”

TODOROV, Tzvetan. Introdução à literatura fantástica. São Paulo: Perspectiva, 1992. p. 31.

Nos contos de Murilo Rubião, o efeito fantástico, tal como afirma Todorov, efetiva-se por

(A) empregar as experiências incomuns das personagens e o tempo da narrativa para criticar a realidade política de sua época.
(B) indeterminar o desfecho, permitindo ao leitor uma interpretação excêntrica da história narrada.
(C) ampliar a fronteira da realidade, introduzindo elementos extraordinários no cotidiano narrado.
(D) construir um horizonte maravilhoso entre ficção e realidade, sugerindo uma deturpação dos fatos históricos.
(E) explorar situações absurdas que estabelecem uma distorção entre o espaço da narrativa e as ações das personagens.




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