Tema
de Redação – FGV – 2016 – 1º semestre – ADMINISTRAÇÃO
O jeitinho brasileiro
foi promovido de vergonha nacional a centro da cultura estratégica brasileira.
E com ensinamentos a serem divulgados mundo afora.
Pelo menos ao se levar
em conta que o modo de agir peculiar ao citado jeitinho foi tema de palestra a
empresários ligados à Câmara de Comércio França Brasil, em São Paulo. O
professor responsável pela análise foi o francês Pierre Fayard, do Instituto Franco-Brasileiro
de Administração de Empresas (IFBAE), estudioso das culturas estratégicas e
professor da Universidade de Poitiers, na França.
“É um tema que parece
pequeno, mas é grande. O jeitinho tem componentes que são vistos como
negativos, mas também há alguns que são bem positivos. É uma coisa bem
milagrosa para nós franceses”, disse ele.
Segundo Fayard, o
jeitinho se caracteriza por uma mistura de capacidade de achar solução para
qualquer problema sem desistir facilmente, cordialidade e uma certa
amoralidade: “Na cultura do jeitinho, a cabeça está aberta a qualquer possibilidade,
regular ou não. Vai dar certo e, se não der, ainda não chegou ao fim”.
Para ele, é espantoso
como, durante o período hiperinflacionário dos anos 1980 e 1990, faziam-se
negócios no Brasil, o que considera que seria impossível na Alemanha ou na
França.
Adeptos do jeitinho
fogem do conflito direto e, usando de simpatia, adaptam-se às ações do outro
para atingir um objetivo específico, algo que lembra os ensinamentos do general
chinês Sun Tzu (544 a.C.-496 a.C.), que escreveu o clássico A Arte da Guerra, diz.
Devido a sua insistência
em andar fora da linha, o jeitinho, quando bem aplicado, tende a ficar
invisível. Enquanto EUA e países da Europa glorificam a figura do herói e há
literatura explicando suas estratégias, o fenômeno do jeitinho brasileiro, até agora,
foi estudado apenas do ponto de vista sociológico, por autores como Roberto
DaMatta. Mas, para evitar que o jeitinho ultrapasse o mundo corporativo e
descambe para escândalos nos negócios, Fayard diz que a estratégia brasileira
deve ser mais estudada. Segundo o professor, na estratégia do jeitinho existem
virtudes e limitações. Entre seus defeitos estão seu egoísmo e sua visão de
curto prazo.
Folha de S. Paulo 20/08/2015. Adaptado.
No texto aqui apresentado, um professor francês pesa as virtudes e os
defeitos do “jeitinho brasileiro”, no intuito de recuperá-lo como comportamento
estratégico, no âmbito do trabalho e das empresas. Considerando as ideias por
ele expostas, redija uma dissertação em prosa, argumentando de modo a deixar
claro seu ponto de vista sobre o tema: Jeitinho brasileiro: estratégia válida no mundo do
trabalho?
Instruções:
– A redação deverá seguir as normas da língua escrita culta*.
– O texto deverá ter, no mínimo, 20 e, no máximo, 30 linhas escritas.
– Redações fora desses limites não serão corrigidas e receberão nota
zero.
– A redação também terá nota zero, caso haja fuga total ao tema ou à
estrutura definidos na proposta de redação.
– Dê um título a sua redação.
– A redação deverá ser redigida na folha de respostas, com letra legível
e, obrigatoriamente, com caneta de tinta azul ou preta.
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