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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Tema de Redação – FGV – 2016 – 1º semestre – ADMINISTRAÇÃO

Tema de Redação – FGV – 2016 – 1º semestre – ADMINISTRAÇÃO


Jeitinho brasileiro é promovido a estratégia no mundo dos negócios

O jeitinho brasileiro foi promovido de vergonha nacional a centro da cultura estratégica brasileira. E com ensinamentos a serem divulgados mundo afora.
Pelo menos ao se levar em conta que o modo de agir peculiar ao citado jeitinho foi tema de palestra a empresários ligados à Câmara de Comércio França Brasil, em São Paulo. O professor responsável pela análise foi o francês Pierre Fayard, do Instituto Franco-Brasileiro de Administração de Empresas (IFBAE), estudioso das culturas estratégicas e professor da Universidade de Poitiers, na França.
“É um tema que parece pequeno, mas é grande. O jeitinho tem componentes que são vistos como negativos, mas também há alguns que são bem positivos. É uma coisa bem milagrosa para nós franceses”, disse ele.
Segundo Fayard, o jeitinho se caracteriza por uma mistura de capacidade de achar solução para qualquer problema sem desistir facilmente, cordialidade e uma certa amoralidade: “Na cultura do jeitinho, a cabeça está aberta a qualquer possibilidade, regular ou não. Vai dar certo e, se não der, ainda não chegou ao fim”.
Para ele, é espantoso como, durante o período hiperinflacionário dos anos 1980 e 1990, faziam-se negócios no Brasil, o que considera que seria impossível na Alemanha ou na França.
Adeptos do jeitinho fogem do conflito direto e, usando de simpatia, adaptam-se às ações do outro para atingir um objetivo específico, algo que lembra os ensinamentos do general chinês Sun Tzu (544 a.C.-496 a.C.), que escreveu o clássico A Arte da Guerra, diz.
Devido a sua insistência em andar fora da linha, o jeitinho, quando bem aplicado, tende a ficar invisível. Enquanto EUA e países da Europa glorificam a figura do herói e há literatura explicando suas estratégias, o fenômeno do jeitinho brasileiro, até agora, foi estudado apenas do ponto de vista sociológico, por autores como Roberto DaMatta. Mas, para evitar que o jeitinho ultrapasse o mundo corporativo e descambe para escândalos nos negócios, Fayard diz que a estratégia brasileira deve ser mais estudada. Segundo o professor, na estratégia do jeitinho existem virtudes e limitações. Entre seus defeitos estão seu egoísmo e sua visão de curto prazo.

Folha de S. Paulo 20/08/2015. Adaptado.

No texto aqui apresentado, um professor francês pesa as virtudes e os defeitos do “jeitinho brasileiro”, no intuito de recuperá-lo como comportamento estratégico, no âmbito do trabalho e das empresas. Considerando as ideias por ele expostas, redija uma dissertação em prosa, argumentando de modo a deixar claro seu ponto de vista sobre o tema: Jeitinho brasileiro: estratégia válida no mundo do trabalho?

Instruções:

– A redação deverá seguir as normas da língua escrita culta*.
– O texto deverá ter, no mínimo, 20 e, no máximo, 30 linhas escritas.
– Redações fora desses limites não serão corrigidas e receberão nota zero.
– A redação também terá nota zero, caso haja fuga total ao tema ou à estrutura definidos na proposta de redação.
– Dê um título a sua redação.
– A redação deverá ser redigida na folha de respostas, com letra legível e, obrigatoriamente, com caneta de tinta azul ou preta.



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