UNESP 2010 – Meio do ano – 1º Fase – Prova de Língua Portuguesa
Instrução: As
questões de números 01 a 05 tomam por base o seguinte fragmento do
livro Reflexões sobre a linguagem, de Noam Chomsky (1928-):
Por
que estudar a linguagem? Há muitas respostas possíveis e, ao focalizar algumas
delas, não pretendo, é claro, depreciar outras ou questionar sua legitimidade.
Algumas pessoas, por exemplo, podem simplesmente achar os elementos da
linguagem fascinantes em si mesmos e querer descobrir sua ordem e combinação, sua
origem na história ou no indivíduo, ou os modos de sua utilização no
pensamento, na ciência ou na arte, ou no intercurso social normal. Uma das
razões para estudar a linguagem – e para mim, pessoalmente, a mais premente
delas – é a possibilidade instigante de ver a linguagem como “um espelho do
espírito”, como diz a expressão tradicional. Com isto não quero apenas dizer
que os conceitos expressados e as distinções desenvolvidas no uso normal da
linguagem nos revelam os modelos do pensamento e o universo do “senso comum”
construídos pela mente humana. Mais intrigante ainda, pelo menos para mim, é a
possibilidade de descobrir, através do estudo da linguagem, princípios abstratos
que governam sua estrutura e uso, princípios que são universais por necessidade
biológica e não por simples acidente histórico, e que decorrem de características
mentais da espécie. Uma língua humana é um sistema de notável complexidade.
Chegar a conhecer uma língua humana seria um feito intelectual extraordinário
para uma criatura não especificamente dotada para realizar esta tarefa. Uma
criança normal adquire esse conhecimento expondo-se relativamente pouco e sem treinamento
específico. Ela consegue, então, quase sem esforço, fazer uso de uma estrutura
intrincada de regras específicas e princípios reguladores para transmitir seus pensamentos
e sentimentos aos outros, provocando nestes ideias novas, percepções e juízos
sutis.
(Noam Chomsky. Reflexões
sobre a linguagem. Trad. Carlos Vogt. São Paulo: Editora Cultrix, 1980.)
Questão 01 - No início do
fragmento, Chomsky afirma que há muitos motivos para estudar a linguagem e
aponta alguns deles. Releia o fragmento e, a seguir, assinale a única
alternativa que contém um objetivo de estudo da linguagem não mencionado pelo
autor:
(A) verificar os
modos de utilização dos elementos da linguagem no pensamento.
(B) descobrir os
efeitos da utilização dos elementos da linguagem humana sobre os animais
próximos ao homem.
(C) descobrir a
ordem e combinação dos elementos da linguagem.
(D) identificar
a origem dos elementos da linguagem na história.
(E) verificar os
modos de utilização dos elementos da linguagem na ciência e na arte.
Questão 02 - Lendo
atentamente o fragmento apresentado, percebemos que Chomsky considera que os
princípios abstratos e universais que regem a linguagem decorrem de
características mentais da espécie. Isso significa que considera a linguagem
ligada
(A) ao plano da
divindade.
(B) a acidentes
históricos.
(C) a fenômenos
aleatórios da natureza.
(D) ao plano
biológico.
(E) à
necessidade de sobrevivência.
Questão 03 - No terceiro
período do texto, o autor emprega três vezes o possessivo “sua”. Considerando
que os possessivos apresentam nos textos uma função anafórica, ou seja, fazem
referência a um termo oracional anterior, aponte a alternativa que indica o
núcleo desse termo:
(A) elementos. (B) linguagem. (C) pessoas. (D) ordem. (E) ciência.
Questão 04 - Chomsky usa para
explicar seu ponto de vista uma expressão tradicional: a linguagem como “espelho
do espírito”. O autor quer dizer, ao utilizar tal imagem,
(A) que a
linguagem é o melhor meio de comunicação entre os homens.
(B) que o estudo
da linguagem tem de se basear em fundamentos rigorosamente científicos.
(C) que
descobrir como a linguagem funciona pode conduzir ao conhecimento de como o
pensamento funciona.
(D) que a
linguagem, como um espelho, pode revelar o espírito, mas não em sua totalidade.
(E) que o homem
tem um modo de ser peculiaríssimo que não se revela pela linguagem.
Questão 05 - Aponte a alternativa
que apresenta, respectivamente, a as acepções utilizadas pelo autor no emprego
das palavras “depreciar” e “questionar” em: “Há muitas respostas possíveis e,
ao focalizar algumas delas, não pretendo, é claro, depreciar outras ou
questionar sua legitimidade.”
(A) desprezar –
garantir. (B) valorizar –
desvalorizar.
(C) menosprezar –
refutar. (D) marginalizar
– negar. (E) desvalorizar
– discutir.
Instrução: As
questões de números 06 a 10 tomam por base uma passagem do livro Palhaços,
do docente e pesquisador da UNESP Mario Fernando Bolognesi:
[...]
O circo é a exposição do corpo humano em seus limites biológico e social. O espetáculo
fundamenta-se na relação do homem com a natureza, expondo a dominação e a
superação humanas. O adestramento de feras é demonstração do controle do homem sobre
o mundo natural, confirmando, assim, a sua superioridade sobre as demais espécies
animais. Acrobacias, malabarismos, equilibrismos e ilusionismos diversos deixam
evidente a capacidade humana de superação de seus próprios limites. Mas, ao apresentar
espetacularmente a superação, terminam por confirmar a contingência natural da
existência, expressa na sublimidade do corpo altivo, distante do cotidiano.
Os
riscos dos artistas circenses são reais, dentro do contexto espetaculoso de
cada função. No espetáculo, os artistas não apresentam “interioridades”; eles
são puro corpo exteriorizado, sublime ou grotesco, que se realiza e se extingue
na dimensão mesma do seu gesto. Eles não são atores a interpretar um “outro”,
uma realidade externa e distante. O espetáculo, assim, se aproxima de um ritual
que se repete e que evidencia a possibilidade concreta de fracasso. A emoção da
plateia então oscila entre uma possível frustração diante do malogro do
acrobata e a sugestão de superação de limites presente cada número. Um
trapezista pode cair, como acontece vez ou outra. Por isso o público não afasta
o olhar das evoluções aéreas. Estabelece-se, assim, uma relação ritualística que
encontra eco, em última instância, nas estruturas coletivas de sobrevivência e necessidade
de transposição dos percalços do cotidiano. Se o artista falha, ele é aplaudido
porque ao menos tentou. Ele ousou, e isso já é o bastante para impulsionar a fantasia
coletiva da superação.
Os
números cômicos, por sua vez, ao explorar os estereótipos e situações extremas,
evidenciam os limites psicológicos e sociais do existir. Eles trabalham, no
plano simbólico, com tipos que não deixam de ser máscaras sociais
biologicamente determinadas (os palhaços são desajeitados, lerdos, fisicamente
deformados, estúpidos etc.). Esses limites se revelam com o riso espontâneo que
escancara as estreitas fronteiras do social. Quando os palhaços entram no
picadeiro, o olhar espetaculoso se desloca objetivamente para a realidade
diária da plateia.
[...]
[...]
O movimento de superação da natureza e a possibilidade (quando não a
capacidade) de subjugar as limitações biológicas e de criticar as máscaras
sociais garantem a legitimidade do exercício do sonho. Está aberto, no
espetáculo de circo, o terreno da utopia.
(Mario Fernando
Bolognesi. Palhaços. São Paulo: Editora da Unesp, 2003.)
Questão 06 - Mas, ao
apresentar espetacularmente a superação, terminam por confirmar a contingência
natural da existência, expressa na sublimidade do corpo altivo, distante do
cotidiano.
Examine as
quatro afirmações seguintes:
I. Os feitos dos
artistas circenses superam a limitação física do homem.
II. Os artistas
do circo são homens comuns e fazem o mesmo que os homens comuns.
III. A superação
das limitações físicas pelos artistas circenses acaba comprovando essas mesmas
limitações nas pessoas comuns.
IV. O homem
comum se sente humilhado ante os feitos espetaculares dos artistas circenses.
Marque a
alternativa que aponta todas as afirmações coincidentes com a opinião
manifestada pelo autor no trecho mencionado:
(A) I e II. (B)
I e III. (C) I e IV. (D) I, II e IV. (E) II, III e IV.
Questão 07 - Aponte, entre as
características abaixo, todas aquelas que, segundo a exposição do autor,
diferenciam o artista circense do ator:
I. Os riscos são
reais. II. O artista
representa a si mesmo.
III. O artista
se apresenta a um público específico. IV. O artista
não revela “interioridades”.
(A) I e II. (B)
I e III. (C) I e IV. (D) I, II e IV. (E) II, III e IV
Questão 08 - Pelo que se
depreende do posicionamento assumido pelo autor em todo o fragmento, o emprego
da palavra utopia, no final,
(A) chama a
atenção para o fato de que a superação dos limites físicos do homem pelos
artistas circenses introduz o espectador no terreno do sonho e da fantasia.
(B) inspira as
pessoas à prática do bem e de ações em prol da felicidade geral de todos em
todas as partes.
(C) demonstra
que todo espetáculo circense é fingido e que os limites físicos jamais são
superados.
(D) leva a
imaginar uma sociedade ideal, onde todas as pessoas tenham os mesmos direitos e
as mesmas obrigações.
(E) revela que o
espectador não é capaz de ver o circo como realmente é, mas tão somente como o
quer imaginar.
Questão 09 - No segundo
parágrafo do fragmento, foram utilizados pelo autor os termos:
I. Ritual. II.
Fracasso. III. Malogro. IV. Fantasia.
Marque a
alternativa que indica, entre os termos acima, todos aqueles que o autor
associa à ideia de frustração da expectativa do público:
(A) I e II. (B)
II e III. (C) II e IV. (D) I, III e IV. (E) II, III e IV.
Questão 10 - Está aberto, no
espetáculo de circo, o terreno da utopia.
Na oração, “o
terreno da utopia” exerce a função sintática de:
(A) objeto
direto. (B) complemento
nominal. (C) sujeito.
(D) predicativo do sujeito. (E) predicativo do objeto.
(D) predicativo do sujeito. (E) predicativo do objeto.
Instrução: As
questões de números 11 a 15 tomam por base o soneto Acrobata
da dor, do poeta simbolista brasileiro Cruz e Sousa (1861-1898):
Acrobata da Dor
Gargalha, ri,
num riso de tormenta,
como um palhaço,
que desengonçado,
nervoso, ri, num
riso absurdo, inflado
de uma ironia e
de uma dor violenta.
Da gargalhada
atroz, sanguinolenta,
agita os guizos,
e convulsionado
Salta, gavroche,
salta clown, varado
pelo estertor
dessa agonia lenta...
Pedem-te bis e
um bis não se despreza!
Vamos! retesa os
músculos, retesa,
nessas macabras
piruetas d’aço...
E embora caias
sobre o chão, fremente,
afogado em teu
sangue estuoso e quente,
ri! Coração,
tristíssimo palhaço.
(João da Cruz e
Sousa. Obra completa. Rio de Janeiro: Editora Aguilar, 1961.)
Questão 11 - O soneto Acrobata
da dor revela, entre outras, uma das características notáveis do estilo
poético de Cruz e Sousa, que é a grande presença de adjetivos, colocados antes
ou após os substantivos a que se referem. Observe estes cinco exemplos
retirados do texto:
I. Riso absurdo. II. Gargalhada
atroz. III. Agonia
lenta. IV. Macabras
piruetas. V. Tristíssimo
palhaço.
Aponte os dois
exemplos em que o adjetivo precede o substantivo:
(A) I e II. (B)
II e III. (C) I e III. (D) II e IV. (E) IV e V
Questão 12 - Cruz e Sousa
utiliza o verso tradicionalmente empregado no soneto, o decassílabo de origem
italiana. Aponte a alternativa cujo verso apresenta o esquema acentual
1-4-6-10:
(A) Da
gargalhada atroz, sanguinolenta.
(B) Agita os
guizos, e convulsionado.
(C) Nessas
macabras piruetas d’aço.
(D) Vamos!
Retesa os músculos, retesa.
(E) De uma
ironia e de uma dor violenta.
Questão 13 - No poema, os
conceitos relacionados com a alegria e o riso, característicos da imagem dos
palhaços, são aproximados de conceitos como dor, tristeza, agonia, sangue.
Aponte a alternativa que melhor justifica essa aproximação de conceitos
contraditórios:
(A) As imagens
de “palhaço” e “coração” apontam a um mesmo significado, o próprio homem,
apresentado como um ser cuja imagem de alegria apenas disfarça tristezas,
dores, sofrimentos.
(B) O “palhaço”
é comparado com o “acrobata” que caiu, donde a ocorrência de imagens
relacionadas com sangue e dor.
(C) O poema de
Cruz e Sousa constitui uma alegoria da vida circense em todos os seus aspectos.
(D) É
tradicional na literatura explorar o tema do palhaço sob os vieses da superação
e da frustração.
(E) Os poetas
simbolistas tinham uma tendência doentia a utilizar temas relacionados com dor,
sangue e sofrimento.
Questão 14 - Como se verifica
na leitura atenta do soneto, o eu-lírico dirige-se ao coração servindo-se do
tratamento de segunda pessoa do singular (tu, te, ti, contigo). Se utilizasse o
tratamento de segunda pessoa do plural, o último terceto assumiria a seguinte
forma:
(A) E embora
caiais sobre o chão, fremente, / afogado em vosso sangue estuoso e quente, /
rides! coração, tristíssimo palhaço.
(B) E embora
caisteis sobre o chão, fremente, / afogado em vosso sangue estuoso e quente, /
riais! coração, tristíssimo palhaço.
(C) E embora
caís sobre o chão, fremente, / afogado em vosso sangue estuoso e quente, /
riais! coração, tristíssimo palhaço.
(D) E embora
caiais sobre o chão, fremente, / afogado em seu sangue estuoso e quente, /
riai! coração, tristíssimo palhaço.
(E) E embora
caiais sobre o chão, fremente, / afogado em vosso sangue estuoso e quente, /
ride! coração, tristíssimo palhaço.
Questão 15 - O Simbolismo se
caracterizou, entre outros aspectos, pela exploração dos sons da língua para
estabelecer nos poemas uma musicalidade característica, por meio de diferentes
processos de repetição de sons ao longo dos versos e em estrofes inteiras. Na primeira
estrofe do soneto de Cruz e Sousa nota-se esse procedimento de repetição, especialmente
no
I. primeiro
verso. II. segundo
verso. III. terceiro
verso. IV. quarto
verso.
(A) I e II. (B)
I e III. (C) I e IV. (D) I, II e IV. (E) II, III e IV.
Instrução: As
questões de números 16 a 20 tomam por base uma matéria assinada
por Danilo Albergaria na revista eletrônica COMCIÊNCIA:
Cinema e Telejornalismo:
Convergência de Linguagens para Divulgar Ciência
Encampando
um ponto de vista em que um vídeo de divulgação científica não deve apenas
ensinar e informar, mas também entreter, motivar e gerar curiosidade, Iara
Cardoso defendeu a convergência das linguagens telejornalística e
cinematográfica para incrementar as produções de vídeo voltadas para a ciência:
“A convergência é possível, é necessária, e cada vez mais acessível com as
novas tecnologias digitais”, disse a jornalista em apresentação durante o Foro
Iberoamericano de Comunicação e Divulgação Científica, que ocorreu na Unicamp
entre os dias 23 e 25 de novembro.
A
ideia de mesclar linguagens aparentemente distantes surgiu quando Cardoso começou
a produzir o vídeo SitRaios, encomendado pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) para divulgar a ciência por trás de um software que localizava mais facilmente
descargas elétricas atmosféricas nas linhas de energia e possibilitava um religamento
mais rápido da eletricidade. “Seria maçante produzir esse vídeo da maneira tradicional.
Então, introduzimos, num vídeo que usualmente estaria destinado a ser muito
próximo do telejornalismo, a linguagem do cinema. Utilizamos conceitos como o de
revelação e de aumento de expectativa – introduzimos uma narrativa, enfim”,
afirma Cardoso. Além da roteirista e diretora, a equipe, enxuta, teve apenas
mais um editor e um cinegrafista. “Esse tipo de convergência não demanda mais recursos
do que uma produção tradicional”, defende.
As
produções de cinema são tradicionalmente mais dispendiosas do que vídeos jornalísticos.
Porém, contrariando o que o senso comum pensa sobre os custos dos vídeos que
incorporam linguagens cinematográficas, Cardoso esclarece que os custos de produção
tornaram-se mais acessíveis com o surgimento das novas tecnologias digitais. Ela
aponta, por exemplo, que tornaram-se amplamente acessíveis as câmeras digitais,
hoje largamente utilizadas tanto no cinema quanto na produção jornalística. “Os
próprios cineastas estão, cada vez mais, filmando com o suporte digital”,
afirma. Outra facilidade está na edição digital: “Mesmo quem ainda não aderiu
ao suporte digital nas filmagens nunca deixa de utilizar a edição digital, que
se tornou imprescindível. Perto da edição em computadores, os antigos métodos
tornaram-se inviáveis”, avalia.
Enquanto
o suporte tecnológico facilita a convergência e aproxima linguagens, o que é
realmente fundamental, na visão da jornalista, são as ideias por trás do vídeo:
são elas, as concepções, que vão formar um roteiro interessante, as bases do
apelo dos vídeos de ciência para o grande público. Segundo a diretora, a incorporação
da dramaticidade, do suspense – ferramentas usuais na narrativa ficcional –
ajudam um vídeo a tornar mais atraente uma teoria ou explicação científica. Ao
mesmo tempo, se feita com o devido preparo e seriedade, não compromete a
qualidade da informação transmitida — pelo contrário, a potencializa.
(Danilo
Albergaria. Cinema e telejornalismo: convergência de linguagens para divulgar
ciência. COMCIÊNCIA, www.comciencia.br, 26.11.2009.)
Questão 16 - O texto
apresentado se encontra em uma conceituada revista eletrônica de divulgação
científica e revela como tema central:
(A) A
importância do cinema para a divulgação científica.
(B) O caráter
essencial do estilo telejornalístico no que se refere a divulgar conteúdos de
ordem científica.
(C) A
importância da convergência das linguagens telejornalística e cinematográfica
para a divulgação da ciência.
(D) A
inviabilidade da tecnologia analógica na criação de vídeos de divulgação
científica.
(E) O incremento
da produtividade na criação de vídeos por meio da tecnologia digital.
Questão 17 - Para a
jornalista entrevistada, a divulgação de ciência
(A) deve ser
subjetiva, mas sem perder o caráter objetivo, porque a ciência é essencialmente
objetiva.
(B) não deve
apenas ensinar e informar, mas também entreter, motivar e gerar curiosidade.
(C) precisa
basear-se um pouco na poesia e no lirismo, cuja linguagem sentimental pode ser
excelente para a clareza das informações.
(D) não tem
necessariamente de provocar curiosidade, mas deve limitar-se a informar
diretamente.
(E) só pode ser
feita eficazmente com o emprego da própria linguagem científica.
Questão 18 - Examine as
seguintes opiniões sobre a tecnologia digital:
I. A tecnologia
digital encarece os custos de produção.
II. A tecnologia
digital torna mais acessíveis os custos de produção.
III. É
preferível continuar empregando a tecnologia analógica para a produção de
vídeos.
IV. A edição
digital tornou-se imprescindível.
Indique quais
dessas opiniões são assumidas pela jornalista entrevistada:
(A) I e II. (B)
I e III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) II, III e IV.
Questão 19 - Numerosas
palavras da língua inglesa tornaram-se comuns em nosso idioma em virtude da
tecnologia da comunicação e da computação. No segundo parágrafo do texto
apresentado, encontra-se a palavra inglesa software, que o jornalista
não colocou em
itálico, como é
praxe no caso das palavras de origem estrangeira.
Indique a
alternativa que descreve corretamente a abrangência do significado atribuído a
essa palavra no texto:
(A) Um novo
sistema operacional para computador utilizado pela Aneel para controlar a
distribuição de energia no país.
(B) Um programa
de computador para previsão e captação de descargas atmosféricas.
(C) Um
equipamento tecnológico destinado a religar a eletricidade após apagões de
qualquer natureza.
(D) Um
equipamento de vídeo denominado SitRaios, destinado a filmar as descargas
elétricas atmosféricas nas linhas de transmissão de energia e avaliar sua potência.
(E) Um programa
de computador que permitia localizar mais facilmente descargas elétricas
atmosféricas nas linhas de energia e possibilitava um religamento mais rápido
da eletricidade.
Questão 20 - O vocábulo suspense,
que o português tomou emprestado da língua inglesa (e esta, por sua vez, da
língua francesa), é empregado no último parágrafo do texto no sentido de:
(A) Recurso
tecnológico de suspensão do ator ou de objetos em cena por meio de cordas ou
cabos invisíveis.
(B) Expediente
cinematográfico de colagem, num filme, de cenas de filmes anteriores.
(C) Apresentação
do desfecho da narrativa logo no início, para não deixar margem de dúvida ao
leitor.
(D) Técnica
cinematográfica que procura gerar tensão no espectador, ao deixar por maior ou
menor tempo sem solução uma ou mais sequências de ações.
(E) Desfecho de
uma narrativa de cinema, televisão ou literatura, em que o conflito não é
solucionado.
GABARITO
1 – B 2 – D 3 – A 4 – C 5 – E 6 – B 7 – D 8 – A 9 – B 10 – C
11 – E 12 – D 13 – A 14 – E 15 – B 16 – C 17 – B 18 – D 19 – E 20 – D
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