ACADEMIA BARRO BRANCO
– 2016 – PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA
27. Leia a tira.
De acordo com a
norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, com:
(A) canalisar ...
transformar esta
(B) canalizar ...
transformá-la
(C) canalisar ...
transformar-na
(D) canalizar ...
transformar-lhe
(E) canalisar ...
transformar ela
Leia o texto para
responder às questões de números 28 a 31.
Seleção artificial
As
guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina (bombasticamente) de
explosão demográfica: os que ficam em casa aproveitam a deixa para
multiplicar-se. E como os que partem são agora escolhidos entre os mais aptos
de físico e de espírito, imagine o pobre leitor o que não será isso para a
evolução do Homo sapiens...
(Mário Quintana. Da
preguiça como método de trabalho, 2013)
28. De acordo com o
narrador, as guerras não ajudam a remediar a explosão demográfica, porque
(A) os guerreiros são
fracos física e mentalmente.
(B) elas deveriam
envolver os mais aptos fisicamente.
(C) os homens perdem o
controle da situação.
(D) a escolha dos que
vão combater é feita aleatoriamente.
(E) os seres humanos
não deixam de se multiplicar.
29. Com o enunciado final
do texto – ... imagine o pobre leitor o que não será isso para a evolução do Homo
sapiens... –, o narrador sugere que
(A) as gerações
futuras serão melhores que a atual.
(B) as guerras
determinam um aprimoramento da espécie.
(C) a evolução do Homo
sapiens poderá estar comprometida.
(D) a evolução do Homo
sapiens se dará com o fim das guerras.
(E) as guerras
cooperam com a evolução do Homo sapiens.
30. O artigo definido
serve para particularizar uma informação, especificando-a, conforme
corretamente indicado em:
(A) As guerras não
ajudam muito a remediar...
(B) ... os que
ficam em casa aproveitam...
(C) E como os que
partem são agora escolhidos...
(D) ... imagine o pobre
leitor...
(E) ... o que
não será isso para a evolução do Homo sapiens...
31. Eliminando-se o sinal
de dois-pontos em – As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina de
explosão demográfica: os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-se.
–, o trecho permanece correto, quanto à pontuação e ao sentido, em:
(A) As guerras não
ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão demográfica, pois os que
ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-se.
(B) As guerras não
ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão demográfica conclusão os
que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-se.
(C) As guerras não
ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão demográfica, entretanto
os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-se.
(D) As guerras não
ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão demográfica caso os que
ficam em casa aproveitem a deixa para multiplicar-se.
(E) As guerras não
ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão demográfica. Enquanto os
que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-se.
Leia o poema de
Augusto dos Anjos para responder às questões de números 32 a 35.
À mesa
Cedo à sofreguidão do
estômago. É a hora
De comer. Coisa
hedionda! Corro. E agora,
Antegozando a
ensanguentada presa,
Rodeada pelas moscas
repugnantes,
Para comer meus
próprios semelhantes
Eis-me sentado à mesa!
Como porções de carne
morta... Ai! Como
Os que, como eu, têm
carne, com esse assomo
Que a espécie humana
em comer carne tem!...
Como! E pois que a
Razão me não reprime,
Possa a terra
vingar-se do meu crime
Comendo-me também.
(Augusto dos Anjos. Eu
e outras poesias, 2011)
32. Ao descrever a hora da
refeição, o eu lírico reconhece
(A) incômodo com as
moscas que o impedem de se dedicar à degustação plena da carne.
(B) impaciência com
aquelas pessoas que preferem se alimentar sem consumir carne.
(C) semelhança entre a
sua carne e a da comida preparada, o que lhe causa repugnância.
(D) alívio ao pensar
que comer carne é um crime menor, comparado a outros mais graves.
(E) sensação de
saciedade e bem-estar, após sentar-se à mesa para ingerir porções de carne.
33. Observe como o poema
inicia cada uma das estrofes: “Cedo à sofreguidão do estômago.” e “Como porções
de carne morta...”. O fato de se omitir o agente das orações faz com que os
enunciados
(A) redundem ao
mostrar a ação do eu lírico, que a aceita sem perplexidade.
(B) mostrem que não
existe, na realidade, a crueldade imaginada na ação.
(C) subestimem a
potência do eu lírico e o inabilitem para concretizar essa ação.
(D) enfatizem a
própria ação, centro das contradições vividas pelo eu lírico.
(E) considerem a ação
como uma verdade absoluta, portanto inquestionável.
34. Afirma-se que a poesia
de Augusto dos Anjos é marcada pela melancolia e pelo negativismo. No poema
lido, isso se comprova com
(A) a ideia de morte e
decomposição da matéria orgânica.
(B) a busca pela
espiritualidade e pela paz interior.
(C) a aceitação da
morte como modo de dar sentido à vida.
(D) o bom humor com
que o eu lírico alude à comida.
(E) a idealização da
morte para amenizar o sofrimento.
35. Na segunda estrofe, as
formas verbais “têm” e “tem”, em destaque, referem-se, correta e
respectivamente, a
(A) “carne” e “esse
assomo”.
(B) “porções de carne
morta” e “carne”.
(C) “eu” e “esse
assomo”.
(D) “que” e “Que”.
(E) “os” e “a espécie
humana”.
Leia o texto para
responder às questões de números 36 a 42.
Dados pessoais, uma
questão política
No
mundo, foram vendidos 1,424 bilhão de smartphones em 2015; 200 milhões a
mais que no ano anterior. Um terço da humanidade carrega um computador no
bolso. Manipular esse aparelho tão prático é algo de tal forma óbvio que quase nos
faz esquecer o que ele nos impõe em troca e sobre o que repousa toda a economia
digital: as empresas do Vale do Silício oferecem aplicativos a usuários que, em
contrapartida, lhes entregam seus dados pessoais. Localização, histórico da
atividade on-line, contatos etc. são coletados sem pudor, analisados e
revendidos a anunciantes publicitários felizes em mirar as “pessoas certas,
transmitindo-lhes sua mensagem certa no momento certo”, como alardeia a direção
do Facebook. “Se é gratuito, então você é o produto”, já anunciava um slogan
dos anos 1970.
Enquanto
as controvérsias sobre vigilância se multiplicam desde as revelações de Edward
Snowden em 2013, a extorsão de dados com objetivos comerciais quase não é
percebida como uma questão política, ou seja, ligada às escolhas comuns e
podendo se tornar objeto de uma deliberação coletiva. Fora das associações
especializadas, ela praticamente não mobiliza ninguém. Talvez porque é pouco
conhecida.
Nos
anos 1970, o economista norte-americano Dallas Smythe avisava que qualquer
pessoa arriada diante de uma tela é um trabalhador que ignora a si próprio. A
televisão, explica, produz uma mercadoria, a audiência, composta da atenção dos
telespectadores, que as redes vendem para os anunciantes. “Você contribui com
seu tempo de trabalho não remunerado e, em troca, recebe os programas e a
publicidade”. O labor não pago do internauta se mostra mais ativo do que o do
espectador. Nas redes sociais, nós mesmos convertemos nossas amizades, emoções,
desejos e cólera em dados que podem ser explorados por algoritmos. Cada perfil,
cada “curtir”, cada tweet, cada solicitação, cada clique derrama uma
gota de informação de valor no oceano dos servidores refrigerados instalados
pela Amazon, pelo Google e pela Microsoft em todos os continentes.
(Pierre Rimbert. Le
Monde Diplomatique Brasil, setembro de 2016)
36. A intenção do autor do
texto é
(A) convencer os
internautas a adquirirem novos produtos, ocasionando aumento significativo nas
vendas de smartphones.
(B) promover uma
crítica quanto à manipulação dos dados pessoais dos internautas, para fins de
publicidade e comércio digital.
(C) estabelecer um
enfrentamento direto em relação à ação de associações especializadas que coíbem
o comércio digital.
(D) mostrar o quanto
são improdutivas para os internautas as controvérsias quanto ao uso de
informações sigilosas na internet.
(E) enfatizar a
importância do comércio digital a partir do aumento de publicidade na internet
como deliberação coletiva.
37. Nas passagens do
primeiro parágrafo – Manipular esse aparelho tão prático é algo de tal
forma óbvio… – e – Localização, histórico da atividade on-line, contatos etc.
são coletados sem pudor… –, os termos em destaque significam, respectivamente,
(A) controlar e
autorização.
(B) utilizar e
intenção.
(C) adulterar e
interesse.
(D) manusear e
constrangimento.
(E) acionar e
controle.
38. De acordo com o texto,
o que se expressa em – O labor não pago do internauta se mostra mais ativo do
que o do espectador. (3o parágrafo) – ocorre porque
(A) a internet
propicia uma maior interação ao usuário da rede.
(B) a televisão
comercializa produtos que o espectador não deseja.
(C) o internauta tem
uma visão mais crítica do papel de consumidor.
(D) o espectador
responde mais rápido ao apelo comercial.
(E) o comércio pela
internet atende melhor ao perfil do consumidor.
39. Na frase – as empresas
do Vale do Silício oferecem aplicativos a usuários que, em contrapartida, lhes
entregam seus dados pessoais. (1o parágrafo) –, os pronomes em
destaque referem-se, correta e respectivamente, a
(A) empresas e
aplicativos.
(B) usuários e
leitores.
(C) empresas e
usuários.
(D) aplicativos e
leitores.
(E) usuários e
aplicativos.
40. No texto, emprega-se a
linguagem figurada com o propósito de intensificar o sentido de uma informação
em:
(A) No mundo, foram
vendidos 1,424 bilhão de smartphones em 2015; 200 milhões a mais que no
ano anterior.
(B) ... felizes em
mirar as “pessoas certas, transmitindo-lhes sua mensagem certa no momento
certo”...
(C) ... a extorsão de
dados com objetivos comerciais quase não é percebida como uma questão
política...
(D) ... oferecem
aplicativos a usuários que, em contrapartida, lhes entregam seus dados
pessoais.
(E) ... cada clique
derrama uma gota de informação de valor no oceano dos servidores
refrigerados...
41. Chama-se conversão –
ou derivação imprópria – o emprego de uma palavra fora de sua classe gramatical
normal. Na passagem – Cada perfil, cada “curtir”, cada tweet, cada solicitação,
cada clique derrama uma gota de informação de valor... (3o parágrafo) –, o
termo que exemplifica esse processo de derivação é:
(A) perfil. (B)
“curtir”. (C) tweet. (D) solicitação. (E) clique.
42. Leia a charge.
Fazendo uma leitura
comparativa entre a charge e o texto Dados pessoais, uma questão política,
conclui-se que
(A) os dois insistem
em ponderar que a utilização dos smartphones deveria ter uma regulação
política.
(B) a charge
diferencia-se do texto, porque este se limita a discutir a questão do roubo de
informações pessoais.
(C) os dois trazem uma
advertência quanto ao uso excessivo dos smartphones e seus prejuízos à
vida pessoal.
(D) o texto é menos
incisivo do que a charge no que diz respeito à dependência das pessoas aos smartphones.
(E) os dois têm em
comum a ideia de que o uso do smartphone está regulado por questões de
ordem econômica.
Leia o texto para
responder às questões de números 43 a 50.
O
presbítero Eurico era o pastor da pobre paróquia de Carteia. Descendente de uma
antiga família bárbara, gardingo1 na corte de Vítiza, depois de ter sido
tiufado2 ou milenário3 do exército visigótico vivera os ligeiros dias da
mocidade no meio dos deleites da opulenta Toletum. Rico, poderoso, gentil, o
amor viera, apesar disso, quebrar a cadeia brilhante da sua felicidade.
Namorado de Hermengarda, filha de Favila, duque de Cantábria, e irmã do
valoroso e depois tão célebre Pelágio, o seu amor fora infeliz. O orgulhoso
Favila não consentira que o menos nobre gardingo pusesse tão alto a mira dos
seus desejos. Depois de mil provas de um afeto imenso, de uma paixão ardente, o
moço guerreiro vira submergir todas as suas esperanças. Eurico era uma destas
almas ricas de sublime poesia a que o mundo deu o nome de imaginações
desregradas, porque não é para o mundo entendê-las. Desventurado, o seu coração
de fogo queimou-lhe o viço da existência ao despertar dos sonhos do amor que o
tinham embalado. A ingratidão de Hermengarda, que parecera ceder sem resistência
à vontade de seu pai, e o orgulho insultuoso do velho prócer4 deram em terra
com aquele ânimo, que o aspecto da morte não seria capaz de abater. A
melancolia que o devorava, consumindo-lhe as forças, fê-lo cair em longa e
perigosa enfermidade, e, quando a energia de uma constituição vigorosa o
arrancou das bordas do túmulo, semelhante ao anjo rebelde, os toques belos e
puros do seu gesto formoso e varonil transpareciam-lhe a custo através do véu de
muda tristeza que lhe entenebrecia a fronte. O cedro pendia fulminado pelo fogo
do céu.
Educado
na crença viva daqueles tempos; naturalmente religioso porque poeta, foi
procurar abrigo e consolações aos pés d’Aquele cujos braços estão sempre
abertos para receber o desgraçado que neles vai buscar o derradeiro refúgio. Ao
cabo das grandezas cortesãs, o pobre gardingo encontrara a morte do espírito, o
desengano do mundo. A cabo da estreita senda da cruz, acharia ele, porventura,
a vida e o repouso íntimos?
O
moço presbítero, legando à catedral uma porção dos senhorios que herdara
juntamente com a espada conquistadora de seus avós, havia reservado apenas uma
parte das próprias riquezas. Era esta a herança dos miseráveis, que ele sabia
não escassearem na quase solitária e meia arruinada Carteia.
(Alexandre Herculano. Eurico,
o presbítero, 1988)
1 gardingo: nobre
visigodo que exercia altas funções na corte dos príncipes
2 tiufado: o
comandante de uma tropa de mil soldados, no exército godo
3 milenário: seguidor
da crença de que a segunda vinda de Cristo se daria no ano 1000
4
prócer: indivíduo importante, influente; magnata
O que levou Eurico a
dedicar-se ao sacerdócio foi um expediente para
(A) ajudar na expansão
da fé cristã em época em que faltavam sacerdotes.
(B) curar a ferida
deixada pelo amor impossível por Hermengarda.
(C) atender a um
pedido de Favila, a quem devia inúmeros favores.
(D) enriquecer
rapidamente, já que as igrejas dispunham de riquezas.
(E) atender aos
desejos de sua família, que condenava o namoro do jovem.
44. A ideia de que Eurico
descende de uma família de guerreiros está corretamente expressa em:
(A) ... que herdara
juntamente com a espada conquistadora de seus avós...
(B) ... vivera os
ligeiros dias da mocidade no meio dos deleites da opulenta Toletum.
(C) Educado na crença
viva daqueles tempos; naturalmente religioso porque poeta...
(D) ... ele sabia não
escassearem na quase solitária e meia arruinada Carteia.
(E) Eurico era uma
destas almas ricas de sublime poesia a que o mundo deu o nome de imaginações
desregradas...
45. A perífrase é uma
figura de linguagem por meio da qual se cria um torneio de palavras a fim de
expressar uma ideia. Essa figura está presente em:
(A) O orgulhoso Favila
não consentira que o menos nobre gardingo pusesse tão alto a mira dos seus
desejos.
(B) Depois de mil
provas de um afeto imenso, de uma paixão ardente, o moço guerreiro vira
submergir todas as suas esperanças.
(C) Desventurado, o
seu coração de fogo queimou-lhe o viço da existência ao despertar dos sonhos do
amor que o tinham embalado.
(D) ... foi procurar
abrigo e consolações aos pés d’Aquele cujos braços estão sempre abertos para
receber o desgraçado que neles vai buscar o derradeiro refúgio.
(E) Era esta a herança
dos miseráveis, que ele sabia não escassearem na quase solitária e meia
arruinada Carteia.
46. A expressão destacada
em – Namorado de Hermengarda, filha de Favila, duque de Cantábria, e
irmã do valoroso e depois tão célebre Pelágio, o seu amor fora infeliz. (1o
parágrafo) –, está entre vírgulas, regra de pontuação que se repete em:
(A) Venha logo, querida
Romilda, assistir comigo a esse lindo pôr-do-sol nesta praia.
(B) Ana era míope, ou
seja, não enxergava muito bem, sobretudo pessoas inconvenientes.
(C) Foi na primavera, estação
das flores, que conheci a beleza das músicas do Japão.
(D) Há objeções a sua
candidatura, a saber, seu mau humor, sua antipatia e sua indiferença.
(E) Aconteceu que, durante
a partida de futebol, o jogador passou mal e deixou o jogo.
47. No trecho – A
ingratidão de Hermengarda, que parecera ceder sem resistência à vontade de
seu pai... (1o parágrafo) –, mantém-se a expressão em destaque inalterada, com
o uso do acento indicativo da crase, se o verbo “ceder” for substituído por
(A) atender. (B) concordar.
(C) discordar. (D) afastar-se. (E) contestar.
48. A ideia contida em –
... [Eurico era] naturalmente religioso porque poeta... (2o parágrafo) – pode
ser expressa da seguinte forma:
(A) Eurico era poeta,
mas era naturalmente religioso.
(B) Embora Eurico
fosse poeta, era naturalmente religioso.
(C) Como Eurico era
poeta, era também naturalmente religioso.
(D) Quanto mais era
poeta, mais naturalmente Eurico era religioso.
(E) Desde que fosse
poeta, Eurico era naturalmente religioso.
49. No trecho – A
melancolia que o devorava, consumindo-lhe as forças, fê-lo cair em longa e
perigosa enfermidade... (1o parágrafo) –, as informações em destaque
expressam
(A) hipótese. (B)
consequência. (C) contradição. (D) oposição. (E) finalidade.
50.
No
que diz respeito à colocação das palavras na oração, chama-se de ordem inversa
aquela que sai do esquema sujeito-verbo-complemento, conforme exemplifica a
seguinte passagem do texto:
(A) O presbítero
Eurico era o pastor da pobre paróquia de Carteia.
(B) ... o moço
guerreiro vira submergir todas as suas esperanças.
(C) Eurico era uma
destas almas ricas de sublime poesia...
(D) O cedro pendia
fulminado pelo fogo do céu.
(E) A cabo da estreita
senda da cruz, acharia ele, porventura, a vida e o repouso íntimos?
Leia o poema de Oswald
de Andrade para responder às questões de números 51 e 52.
Erro de português
Quando o português
chegou
Debaixo de uma bruta
chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.
(www.jornaldepoesia.jor.br)
51. De acordo com o
sentido do poema, entende-se que o título
(A) condena a
empreitada de colonização e a falta de pudor dos indígenas.
(B) sugere a
ignorância dos nativos do Brasil, pois desconheciam o português.
(C) enaltece a
institucionalização dos costumes europeus no Brasil.
(D) ironiza a situação
de descoberta do Brasil e os costumes portugueses.
(E) critica o fato de
os portugueses pretenderem viver sem roupas como os índios.
52. De acordo com o poema,
há equivalência de sentido substituindo-se
(A) “Quando o
português chegou” por “Se o português chegasse”.
(B) “Debaixo de uma
bruta chuva” por “Debaixo de uma forte chuva”.
(C) “Vestiu o índio”
por “Despiu o índio”.
(D) “Que pena!” por
“Penosamente!”.
(E) “Fosse uma manhã
de sol” por “Como era uma manhã de sol”.
53. O combate à corrupção
entrou na agenda pública ocupando boa parte dos noticiários e das discussões
políticas nas redes sociais. __________, porém, é a relação entre acesso à
informação pública e o papel da participação direta dos __________ e cidadãs na
gestão pública para monitorar os gastos de dinheiro público, orientar
investimentos, definir políticas __________, entre outros. As novas tecnologias
têm um papel crucial na agenda anticorrupção e na promoção da transparência e participação.
(http://politica.estadao.com.br.
Adaptado)
De acordo com a
norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
(A) Menos discutida
... cidadões ... prioritários
(B) Menas discutida
... cidadães ... prioritário
(C) Menos discutido
... cidadões ... prioritária
(D) Menas discutido
... cidadãos ... prioritárias
(E) Menos discutida
... cidadãos ... prioritárias
54. Leia a charge.
Em conformidade com a
norma-padrão, as lacunas da fala da personagem devem ser preenchidas,
respectivamente, com:
(A) As ... à ... atrás
(B) Às ... à ... atraz
(C) As ... a ... atráz
(D) Às ... à ... atrás
(E)
As ... a ... atrás
Instituição responsável pela elaboração da prova: VUNESP
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