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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

ACADEMIA BARRO BRANCO – 2016 – PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA

ACADEMIA BARRO BRANCO – 2016 – PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA


27. Leia a tira.


(Folha de S.Paulo, 28.09.2016. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, com:

(A) canalisar ... transformar esta
(B) canalizar ... transformá-la
(C) canalisar ... transformar-na
(D) canalizar ... transformar-lhe
(E) canalisar ... transformar ela

Leia o texto para responder às questões de números 28 a 31.

Seleção artificial

As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina (bombasticamente) de explosão demográfica: os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-se. E como os que partem são agora escolhidos entre os mais aptos de físico e de espírito, imagine o pobre leitor o que não será isso para a evolução do Homo sapiens...

(Mário Quintana. Da preguiça como método de trabalho, 2013)

28. De acordo com o narrador, as guerras não ajudam a remediar a explosão demográfica, porque

(A) os guerreiros são fracos física e mentalmente.
(B) elas deveriam envolver os mais aptos fisicamente.
(C) os homens perdem o controle da situação.
(D) a escolha dos que vão combater é feita aleatoriamente.
(E) os seres humanos não deixam de se multiplicar.

29. Com o enunciado final do texto – ... imagine o pobre leitor o que não será isso para a evolução do Homo sapiens... –, o narrador sugere que

(A) as gerações futuras serão melhores que a atual.
(B) as guerras determinam um aprimoramento da espécie.
(C) a evolução do Homo sapiens poderá estar comprometida.
(D) a evolução do Homo sapiens se dará com o fim das guerras.
(E) as guerras cooperam com a evolução do Homo sapiens.

30. O artigo definido serve para particularizar uma informação, especificando-a, conforme corretamente indicado em:

(A) As guerras não ajudam muito a remediar...
(B) ... os que ficam em casa aproveitam...
(C) E como os que partem são agora escolhidos...
(D) ... imagine o pobre leitor...
(E) ... o que não será isso para a evolução do Homo sapiens...

31. Eliminando-se o sinal de dois-pontos em – As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão demográfica: os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-se. –, o trecho permanece correto, quanto à pontuação e ao sentido, em:

(A) As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão demográfica, pois os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-se.
(B) As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão demográfica conclusão os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-se.
(C) As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão demográfica, entretanto os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-se.
(D) As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão demográfica caso os que ficam em casa aproveitem a deixa para multiplicar-se.
(E) As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão demográfica. Enquanto os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-se.

Leia o poema de Augusto dos Anjos para responder às questões de números 32 a 35.

À mesa

Cedo à sofreguidão do estômago. É a hora
De comer. Coisa hedionda! Corro. E agora,
Antegozando a ensanguentada presa,
Rodeada pelas moscas repugnantes,
Para comer meus próprios semelhantes
    Eis-me sentado à mesa!

Como porções de carne morta... Ai! Como
Os que, como eu, têm carne, com esse assomo
Que a espécie humana em comer carne tem!...
Como! E pois que a Razão me não reprime,
Possa a terra vingar-se do meu crime
    Comendo-me também.

(Augusto dos Anjos. Eu e outras poesias, 2011)

32. Ao descrever a hora da refeição, o eu lírico reconhece

(A) incômodo com as moscas que o impedem de se dedicar à degustação plena da carne.
(B) impaciência com aquelas pessoas que preferem se alimentar sem consumir carne.
(C) semelhança entre a sua carne e a da comida preparada, o que lhe causa repugnância.
(D) alívio ao pensar que comer carne é um crime menor, comparado a outros mais graves.
(E) sensação de saciedade e bem-estar, após sentar-se à mesa para ingerir porções de carne.

33. Observe como o poema inicia cada uma das estrofes: “Cedo à sofreguidão do estômago.” e “Como porções de carne morta...”. O fato de se omitir o agente das orações faz com que os enunciados

(A) redundem ao mostrar a ação do eu lírico, que a aceita sem perplexidade.
(B) mostrem que não existe, na realidade, a crueldade imaginada na ação.
(C) subestimem a potência do eu lírico e o inabilitem para concretizar essa ação.
(D) enfatizem a própria ação, centro das contradições vividas pelo eu lírico.
(E) considerem a ação como uma verdade absoluta, portanto inquestionável.

34. Afirma-se que a poesia de Augusto dos Anjos é marcada pela melancolia e pelo negativismo. No poema lido, isso se comprova com

(A) a ideia de morte e decomposição da matéria orgânica.
(B) a busca pela espiritualidade e pela paz interior.
(C) a aceitação da morte como modo de dar sentido à vida.
(D) o bom humor com que o eu lírico alude à comida.
(E) a idealização da morte para amenizar o sofrimento.

35. Na segunda estrofe, as formas verbais “têm” e “tem”, em destaque, referem-se, correta e respectivamente, a

(A) “carne” e “esse assomo”.
(B) “porções de carne morta” e “carne”.
(C) “eu” e “esse assomo”.
(D) “que” e “Que”.
(E) “os” e “a espécie humana”.

Leia o texto para responder às questões de números 36 a 42.

Dados pessoais, uma questão política

No mundo, foram vendidos 1,424 bilhão de smartphones em 2015; 200 milhões a mais que no ano anterior. Um terço da humanidade carrega um computador no bolso. Manipular esse aparelho tão prático é algo de tal forma óbvio que quase nos faz esquecer o que ele nos impõe em troca e sobre o que repousa toda a economia digital: as empresas do Vale do Silício oferecem aplicativos a usuários que, em contrapartida, lhes entregam seus dados pessoais. Localização, histórico da atividade on-line, contatos etc. são coletados sem pudor, analisados e revendidos a anunciantes publicitários felizes em mirar as “pessoas certas, transmitindo-lhes sua mensagem certa no momento certo”, como alardeia a direção do Facebook. “Se é gratuito, então você é o produto”, já anunciava um slogan dos anos 1970.
Enquanto as controvérsias sobre vigilância se multiplicam desde as revelações de Edward Snowden em 2013, a extorsão de dados com objetivos comerciais quase não é percebida como uma questão política, ou seja, ligada às escolhas comuns e podendo se tornar objeto de uma deliberação coletiva. Fora das associações especializadas, ela praticamente não mobiliza ninguém. Talvez porque é pouco conhecida.
Nos anos 1970, o economista norte-americano Dallas Smythe avisava que qualquer pessoa arriada diante de uma tela é um trabalhador que ignora a si próprio. A televisão, explica, produz uma mercadoria, a audiência, composta da atenção dos telespectadores, que as redes vendem para os anunciantes. “Você contribui com seu tempo de trabalho não remunerado e, em troca, recebe os programas e a publicidade”. O labor não pago do internauta se mostra mais ativo do que o do espectador. Nas redes sociais, nós mesmos convertemos nossas amizades, emoções, desejos e cólera em dados que podem ser explorados por algoritmos. Cada perfil, cada “curtir”, cada tweet, cada solicitação, cada clique derrama uma gota de informação de valor no oceano dos servidores refrigerados instalados pela Amazon, pelo Google e pela Microsoft em todos os continentes.

(Pierre Rimbert. Le Monde Diplomatique Brasil, setembro de 2016)

36. A intenção do autor do texto é

(A) convencer os internautas a adquirirem novos produtos, ocasionando aumento significativo nas vendas de smartphones.
(B) promover uma crítica quanto à manipulação dos dados pessoais dos internautas, para fins de publicidade e comércio digital.
(C) estabelecer um enfrentamento direto em relação à ação de associações especializadas que coíbem o comércio digital.
(D) mostrar o quanto são improdutivas para os internautas as controvérsias quanto ao uso de informações sigilosas na internet.
(E) enfatizar a importância do comércio digital a partir do aumento de publicidade na internet como deliberação coletiva.

37. Nas passagens do primeiro parágrafo – Manipular esse aparelho tão prático é algo de tal forma óbvio… – e – Localização, histórico da atividade on-line, contatos etc. são coletados sem pudor… –, os termos em destaque significam, respectivamente,

(A) controlar e autorização.
(B) utilizar e intenção.
(C) adulterar e interesse.
(D) manusear e constrangimento.
(E) acionar e controle.

38. De acordo com o texto, o que se expressa em – O labor não pago do internauta se mostra mais ativo do que o do espectador. (3o parágrafo) – ocorre porque

(A) a internet propicia uma maior interação ao usuário da rede.
(B) a televisão comercializa produtos que o espectador não deseja.
(C) o internauta tem uma visão mais crítica do papel de consumidor.
(D) o espectador responde mais rápido ao apelo comercial.
(E) o comércio pela internet atende melhor ao perfil do consumidor.

39. Na frase – as empresas do Vale do Silício oferecem aplicativos a usuários que, em contrapartida, lhes entregam seus dados pessoais. (1o parágrafo) –, os pronomes em destaque referem-se, correta e respectivamente, a

(A) empresas e aplicativos.
(B) usuários e leitores.
(C) empresas e usuários.
(D) aplicativos e leitores.
(E) usuários e aplicativos.

40. No texto, emprega-se a linguagem figurada com o propósito de intensificar o sentido de uma informação em:

(A) No mundo, foram vendidos 1,424 bilhão de smartphones em 2015; 200 milhões a mais que no ano anterior.
(B) ... felizes em mirar as “pessoas certas, transmitindo-lhes sua mensagem certa no momento certo”...
(C) ... a extorsão de dados com objetivos comerciais quase não é percebida como uma questão política...
(D) ... oferecem aplicativos a usuários que, em contrapartida, lhes entregam seus dados pessoais.
(E) ... cada clique derrama uma gota de informação de valor no oceano dos servidores refrigerados...

41. Chama-se conversão – ou derivação imprópria – o emprego de uma palavra fora de sua classe gramatical normal. Na passagem – Cada perfil, cada “curtir”, cada tweet, cada solicitação, cada clique derrama uma gota de informação de valor... (3o parágrafo) –, o termo que exemplifica esse processo de derivação é:

(A) perfil. (B) “curtir”. (C) tweet. (D) solicitação. (E) clique.

42. Leia a charge.

(Gazeta do Povo, 23.08.2016. Adaptado)

Fazendo uma leitura comparativa entre a charge e o texto Dados pessoais, uma questão política, conclui-se que

(A) os dois insistem em ponderar que a utilização dos smartphones deveria ter uma regulação política.
(B) a charge diferencia-se do texto, porque este se limita a discutir a questão do roubo de informações pessoais.
(C) os dois trazem uma advertência quanto ao uso excessivo dos smartphones e seus prejuízos à vida pessoal.
(D) o texto é menos incisivo do que a charge no que diz respeito à dependência das pessoas aos smartphones.
(E) os dois têm em comum a ideia de que o uso do smartphone está regulado por questões de ordem econômica.

Leia o texto para responder às questões de números 43 a 50.

O presbítero Eurico era o pastor da pobre paróquia de Carteia. Descendente de uma antiga família bárbara, gardingo1 na corte de Vítiza, depois de ter sido tiufado2 ou milenário3 do exército visigótico vivera os ligeiros dias da mocidade no meio dos deleites da opulenta Toletum. Rico, poderoso, gentil, o amor viera, apesar disso, quebrar a cadeia brilhante da sua felicidade. Namorado de Hermengarda, filha de Favila, duque de Cantábria, e irmã do valoroso e depois tão célebre Pelágio, o seu amor fora infeliz. O orgulhoso Favila não consentira que o menos nobre gardingo pusesse tão alto a mira dos seus desejos. Depois de mil provas de um afeto imenso, de uma paixão ardente, o moço guerreiro vira submergir todas as suas esperanças. Eurico era uma destas almas ricas de sublime poesia a que o mundo deu o nome de imaginações desregradas, porque não é para o mundo entendê-las. Desventurado, o seu coração de fogo queimou-lhe o viço da existência ao despertar dos sonhos do amor que o tinham embalado. A ingratidão de Hermengarda, que parecera ceder sem resistência à vontade de seu pai, e o orgulho insultuoso do velho prócer4 deram em terra com aquele ânimo, que o aspecto da morte não seria capaz de abater. A melancolia que o devorava, consumindo-lhe as forças, fê-lo cair em longa e perigosa enfermidade, e, quando a energia de uma constituição vigorosa o arrancou das bordas do túmulo, semelhante ao anjo rebelde, os toques belos e puros do seu gesto formoso e varonil transpareciam-lhe a custo através do véu de muda tristeza que lhe entenebrecia a fronte. O cedro pendia fulminado pelo fogo do céu.
Educado na crença viva daqueles tempos; naturalmente religioso porque poeta, foi procurar abrigo e consolações aos pés d’Aquele cujos braços estão sempre abertos para receber o desgraçado que neles vai buscar o derradeiro refúgio. Ao cabo das grandezas cortesãs, o pobre gardingo encontrara a morte do espírito, o desengano do mundo. A cabo da estreita senda da cruz, acharia ele, porventura, a vida e o repouso íntimos?
O moço presbítero, legando à catedral uma porção dos senhorios que herdara juntamente com a espada conquistadora de seus avós, havia reservado apenas uma parte das próprias riquezas. Era esta a herança dos miseráveis, que ele sabia não escassearem na quase solitária e meia arruinada Carteia.

(Alexandre Herculano. Eurico, o presbítero, 1988)

1 gardingo: nobre visigodo que exercia altas funções na corte dos príncipes
2 tiufado: o comandante de uma tropa de mil soldados, no exército godo
3 milenário: seguidor da crença de que a segunda vinda de Cristo se daria no ano 1000
4 prócer: indivíduo importante, influente; magnata

O que levou Eurico a dedicar-se ao sacerdócio foi um expediente para

(A) ajudar na expansão da fé cristã em época em que faltavam sacerdotes.
(B) curar a ferida deixada pelo amor impossível por Hermengarda.
(C) atender a um pedido de Favila, a quem devia inúmeros favores.
(D) enriquecer rapidamente, já que as igrejas dispunham de riquezas.
(E) atender aos desejos de sua família, que condenava o namoro do jovem.

44. A ideia de que Eurico descende de uma família de guerreiros está corretamente expressa em:

(A) ... que herdara juntamente com a espada conquistadora de seus avós...
(B) ... vivera os ligeiros dias da mocidade no meio dos deleites da opulenta Toletum.
(C) Educado na crença viva daqueles tempos; naturalmente religioso porque poeta...
(D) ... ele sabia não escassearem na quase solitária e meia arruinada Carteia.
(E) Eurico era uma destas almas ricas de sublime poesia a que o mundo deu o nome de imaginações desregradas...

45. A perífrase é uma figura de linguagem por meio da qual se cria um torneio de palavras a fim de expressar uma ideia. Essa figura está presente em:

(A) O orgulhoso Favila não consentira que o menos nobre gardingo pusesse tão alto a mira dos seus desejos.
(B) Depois de mil provas de um afeto imenso, de uma paixão ardente, o moço guerreiro vira submergir todas as suas esperanças.
(C) Desventurado, o seu coração de fogo queimou-lhe o viço da existência ao despertar dos sonhos do amor que o tinham embalado.
(D) ... foi procurar abrigo e consolações aos pés d’Aquele cujos braços estão sempre abertos para receber o desgraçado que neles vai buscar o derradeiro refúgio.
(E) Era esta a herança dos miseráveis, que ele sabia não escassearem na quase solitária e meia arruinada Carteia.

46. A expressão destacada em – Namorado de Hermengarda, filha de Favila, duque de Cantábria, e irmã do valoroso e depois tão célebre Pelágio, o seu amor fora infeliz. (1o parágrafo) –, está entre vírgulas, regra de pontuação que se repete em:

(A) Venha logo, querida Romilda, assistir comigo a esse lindo pôr-do-sol nesta praia.
(B) Ana era míope, ou seja, não enxergava muito bem, sobretudo pessoas inconvenientes.
(C) Foi na primavera, estação das flores, que conheci a beleza das músicas do Japão.
(D) Há objeções a sua candidatura, a saber, seu mau humor, sua antipatia e sua indiferença.
(E) Aconteceu que, durante a partida de futebol, o jogador passou mal e deixou o jogo.

47. No trecho – A ingratidão de Hermengarda, que parecera ceder sem resistência à vontade de seu pai... (1o parágrafo) –, mantém-se a expressão em destaque inalterada, com o uso do acento indicativo da crase, se o verbo “ceder” for substituído por

(A) atender. (B) concordar. (C) discordar. (D) afastar-se. (E) contestar.

48. A ideia contida em – ... [Eurico era] naturalmente religioso porque poeta... (2o parágrafo) – pode ser expressa da seguinte forma:

(A) Eurico era poeta, mas era naturalmente religioso.
(B) Embora Eurico fosse poeta, era naturalmente religioso.
(C) Como Eurico era poeta, era também naturalmente religioso.
(D) Quanto mais era poeta, mais naturalmente Eurico era religioso.
(E) Desde que fosse poeta, Eurico era naturalmente religioso.

49. No trecho – A melancolia que o devorava, consumindo-lhe as forças, fê-lo cair em longa e perigosa enfermidade... (1o parágrafo) –, as informações em destaque expressam

(A) hipótese. (B) consequência. (C) contradição. (D) oposição. (E) finalidade.

50. No que diz respeito à colocação das palavras na oração, chama-se de ordem inversa aquela que sai do esquema sujeito-verbo-complemento, conforme exemplifica a seguinte passagem do texto:

(A) O presbítero Eurico era o pastor da pobre paróquia de Carteia.
(B) ... o moço guerreiro vira submergir todas as suas esperanças.
(C) Eurico era uma destas almas ricas de sublime poesia...
(D) O cedro pendia fulminado pelo fogo do céu.
(E) A cabo da estreita senda da cruz, acharia ele, porventura, a vida e o repouso íntimos?

Leia o poema de Oswald de Andrade para responder às questões de números 51 e 52.

Erro de português

Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.

(www.jornaldepoesia.jor.br)

51. De acordo com o sentido do poema, entende-se que o título

(A) condena a empreitada de colonização e a falta de pudor dos indígenas.
(B) sugere a ignorância dos nativos do Brasil, pois desconheciam o português.
(C) enaltece a institucionalização dos costumes europeus no Brasil.
(D) ironiza a situação de descoberta do Brasil e os costumes portugueses.
(E) critica o fato de os portugueses pretenderem viver sem roupas como os índios.

52. De acordo com o poema, há equivalência de sentido substituindo-se

(A) “Quando o português chegou” por “Se o português chegasse”.
(B) “Debaixo de uma bruta chuva” por “Debaixo de uma forte chuva”.
(C) “Vestiu o índio” por “Despiu o índio”.
(D) “Que pena!” por “Penosamente!”.
(E) “Fosse uma manhã de sol” por “Como era uma manhã de sol”.

53. O combate à corrupção entrou na agenda pública ocupando boa parte dos noticiários e das discussões políticas nas redes sociais. __________, porém, é a relação entre acesso à informação pública e o papel da participação direta dos __________ e cidadãs na gestão pública para monitorar os gastos de dinheiro público, orientar investimentos, definir políticas __________, entre outros. As novas tecnologias têm um papel crucial na agenda anticorrupção e na promoção da transparência e participação.

(http://politica.estadao.com.br. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:

(A) Menos discutida ... cidadões ... prioritários
(B) Menas discutida ... cidadães ... prioritário
(C) Menos discutido ... cidadões ... prioritária
(D) Menas discutido ... cidadãos ... prioritárias
(E) Menos discutida ... cidadãos ... prioritárias

54. Leia a charge.

(Gazeta do Povo, 09.08.2016. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da fala da personagem devem ser preenchidas, respectivamente, com:

(A) As ... à ... atrás
(B) Às ... à ... atraz
(C) As ... a ... atráz
(D) Às ... à ... atrás
(E) As ... a ... atrás



Instituição responsável pela elaboração da prova: VUNESP
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