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quinta-feira, 3 de maio de 2018

ACADEMIA BARRO BRANCO – 2011 – PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA

ACADEMIA BARRO BRANCO – 2011 – PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA


Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 41 a 43.

Várias vezes, no decorrer do último século, previu-se a morte dos livros e do hábito de ler. O avanço do cinema, da televisão, da internet, tudo isso iria tornar a leitura obsoleta. No Brasil da virada do século XX para o XXI, o vaticínio até parecia razoável: o sistema de ensino em franco declínio e sua tradição de fracasso na missão de formar leitores, o pouco apreço dado à instrução como valor fundamental e até dados muito práticos, como a falta e a pobreza de bibliotecas públicas e o alto preço dos exemplares impressos aqui, conspiravam (conspiram, ainda) para que o contingente de brasileiros dados aos livros minguasse de maneira irremediável. Contra todas as expectativas, porém, vem surgindo uma nova e robusta geração de leitores no país – movida, sim, por sucessos globais como as séries Harry Potter, Crepúsculo e Percy Jackson.

(Veja, 18.05.2011. Adaptado.)

41. A palavra vaticínio foi empregada no texto com o sentido de “previsão”, mas, em sentido próprio, significa

(A) julgamento. (B) estatística. (C) profecia. (D) diagnóstico. (E) declaração.

42. A função argumentativa do advérbio sim, no trecho ...movida, sim, por sucessos globais... é a de

(A) confirmar as expectativas mencionadas anteriormente.
(B) introduzir uma ressalva, tendo em vista o tipo de obra citado em seguida.
(C) permitir que se encerre o texto com uma exemplificação.
(D) exaltar a qualidade dos títulos preferidos dos leitores brasileiros.
(E) servir como pausa, para que o autor possa citar títulos de filmes.

43. O conectivo porém estabelece, entre o último período do texto e as informações precedentes, uma relação de

(A) ratificação. (B) conclusão. (C) síntese. (D) causa. (E) oposição.

Instrução: Leia o poema para responder às questões de números 44 a 48.

Mãos dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

(Carlos Drummond de Andrade. Obra completa.)

44. Analise as afirmações, referentes ao eu lírico que se manifesta no poema.

I. Declara que no convívio social a realidade se revela nítida e inexorável.
II. Almeja alcançar o lirismo contemplativo.
III. Nega-se a viver num escapismo romântico e num pessimismo decadentista.
IV. Conclama seus parceiros a enfrentarem a vida de forma unida.

Está correto apenas o que se afirma em

(A) I e IV. (B) II e III. (C) I, II e III. (D) I, III e IV. (E) II e IV.

45. Depreende-se da leitura do poema que

(A) a realidade é insatisfatória, mas existe perspectiva de melhora.
(B) o mundo está caduco, por isso é inútil discorrer sobre ele.
(C) a mulher e a história não constituem assunto para poetas sérios.
(D) as drogas e o suicídio, por questões morais, não devem ser tema de poesia.
(E) a solidariedade no mundo de hoje é ilusória e está fadada ao fracasso.

46. Para o desenvolvimento formal do poema, contribui, de modo especial,

(A) o uso de frases nominais.
(B) o emprego de rimas internas.
(C) a utilização de elipses verbais.
(D) a repetição de estruturas.
(E) a inversão dos termos da oração.

47. A exortação contida no verso Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas também estaria expressa de maneira coerente e gramaticalmente correta na seguinte frase:

(A) Não se afastem muito, vades de mãos dadas.
(B) Não vos afastes muito, vás de mãos dadas.
(C) Não vos afasteis muito, ide de mãos dadas.
(D) Não se afastais muito, vais de mãos dadas.
(E) Não se afastam muito, vão de mãos dadas.

48. Esse poema pertence ao livro Sentimento do mundo, que ilustra bem uma geração de poetas, da qual também fizeram parte Vinícius de Moraes e Murilo Mendes, que se caracterizou, principalmente, por ter

(A) aberto o caminho para que a Semana de Arte Moderna pudesse ter ocorrido.
(B) rompido, na década de 1920, com os modelos da poesia parnasiana e simbolista.
(C) optado por uma linguagem regional, capaz de traduzir assuntos locais, em detrimento dos temas universais.
(D) mantido, a partir de 1930, as conquistas da década anterior, porém, de forma menos demolidora.
(E) rompido, a partir de 1950, com as teses defendidas pelos primeiros modernistas.

Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 49 a 51.

O Brasil na fossa

O Imperador dom Pedro II iniciou a construção de esgotos no Brasil em 1857. Só a inglesa Londres e a alemã Hamburgo dispunham, então, de sistemas de coleta de dejetos. O Rio de Janeiro, a capital imperial, tornou-se a terceira cidade do mundo a investir nessa infraestrutura. O pioneirismo nacional no quesito saneamento terminou aí. Mais de 150 anos depois, 45% dos domicílios brasileiros ainda permanecem desconectados do sistema de escoamento. Nesses lares, 90 milhões de pessoas usam fossas sépticas ou, pior, despejam seus excrementos em valas a céu aberto ou diretamente nos rios e no mar.

(Veja, 25.05.2011.)

49. A estratégia usada pelo redator para atrair a atenção do leitor foi dar ao texto um título

(A) contraditório, opondo na fossa (negativo) a fossas sépticas (positivo).
(B) enigmático, usando uma frase nominal, o que é incomum na linguagem jornalística.
(C) crítico, apesar de o texto conter pelo menos dois elogios ao Brasil.
(D) cômico, baseado na comparação entre a capital imperial e duas cidades europeias.
(E) ambíguo, tendo em vista os sentidos denotativo e conotativo da expressão na fossa.

50. Considerado o contexto, o advérbio então pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido, pela expressão

(A) nesse caso.
(B) naquela época.
(C) nesses lugares.
(D) consequentemente.
(E) realmente.

51. Reproduz-se uma informação do texto de modo correto e coerente em:

(A) A construção, no Brasil, de esgotos foram iniciados por dom Pedro o imperador.
(B) As cidades que disporam de coleta de dejetos antes que o Brasil fizesse foi Londres e Hamburgo.
(C) A primeira cidade a investir em sistema de coleta de esgoto, depois de Londres e Hamburgo, foi o Rio de Janeiro.
(D) A conexão com o sistema de esgotos foi feito, em muitos lares, através de fossas sépticas.
(E) A nível de esgoto, constitui ainda uma solução para milhões de pessoas as chamadas valas a céu aberto.

Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 52 a 54.

Meu benzinho adorado (...) eu te peço por tudo o que há de mais sagrado que você me escreva uma cartinha sim dizendo como é que você vai que eu não sei eu ando tão zaranza por causa do teu abandono eu choro e um dia pego tomo um porre danado que você vai ver e aí nunca mais mesmo que você me quer e sabe o que eu faço eu vou-me embora para sempre e nunca mais vejo esse rosto lindo que eu adoro porque você é toda a minha vida e eu só escrevo por tua causa ingrata (...) do teu definitivo e sempre amigo...

(Vinícius de Moraes. Antologia poética, 1981.)

52. Os procedimentos adotados na construção desse texto têm por finalidade

(A) simular o tom espontâneo da língua falada, para tornar mais autêntica uma declaração de amor.
(B) imitar o português mal escrito, para expressar a submissão do emissor diante de sua amada.
(C) contestar, por meio de uma falsa carta de amor, as normas gramaticais da língua culta.
(D) expressar um sentimento que é tão sem sentido quanto a linguagem utilizada para traduzi-lo.
(E) ironizar as pessoas que escrevem de modo incompreensível por desconhecimento da gramática.

53. O substantivo porre pertence à variante popular da língua, assim como, tendo em vista o contexto, a forma verbal

(A) peço. (B) choro. (C) pego. (D) faço. (E) vejo.

54. A correta pontuação de uma das frases do texto é:

(A) Meu benzinho adorado, eu te peço, por tudo o que há de mais sagrado, que você me escreva uma cartinha.
(B) Sim dizendo, como é que você vai? Que, eu não sei, eu ando tão zaranza por causa do teu abandono.
(C) Eu choro e um dia, pego: tomo um porre danado que você vai ver e aí, nunca mais, mesmo que você me quer.
(D) Sabe o que eu faço? Eu vou-me embora, para sempre e nunca mais, vejo esse rosto lindo, que eu adoro!
(E) Você é toda a minha vida e eu, só escrevo por tua causa ingrata.

Instrução: Para responder às questões de números 55 a 57, leia a estrofe, que faz parte de um poema de Camões.

O prado, as flores brancas e vermelhas
Está suavemente apresentando;
As doces e solícitas abelhas,
Com um brando sussurro vão voando;
As mansas e pacíficas ovelhas,
Do comer esquecidas, inclinando
As cabeças estão ao som divino
Que faz, passando, o Tejo cristalino.

(Luís Vaz de Camões. Obra completa, 1988.)

55. A estrofe exemplifica a lírica clássica portuguesa, na qual

(A) o mundo das realizações humanas é narrado em sua dimensão ideal e grandiosa.
(B) a natureza, pelo seu equilíbrio, deve servir como modelo para o homem.
(C) o espaço natural mimetiza o conflito amoroso do poeta, através das cantigas.
(D) o extravasamento dos sentimentos supera, de modo exacerbado, o domínio da razão.
(E) a descrição da natureza e de tudo que lhe diz respeito é feita de modo objetivo.

56. Considere as seguintes explicações para o recurso da inversão que ocorre no texto:

I. É uma característica do Classicismo renascentista que resulta da tentativa de imitar a sintaxe do Latim clássico.
II. Prende-se à necessidade de preservar as rimas, revelando uma preocupação com a perfeição formal.
III. Contribui de maneira decisiva para se alcançar a pretendida regularidade rítmica.

Está correto o que se afirma em

(A) I, apenas. (B) III, apenas. (C) I e II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III.

57. Um caso de posposição do sujeito em relação ao verbo ocorre no verso

(A) 1. (B) 3. (C) 5. (D) 7. (E) 8.

Instrução: Leia o texto, extraído de uma entrevista concedida a Clarice Lispector por Lygia Fagundes Telles, para responder às questões de números 58 a 60.

– Como nasce um conto? Um romance? Qual é a raiz de um texto seu?
– São perguntas que ouço com frequência. Procuro então simplificar essa matéria que nada tem de simples. Lembro que algumas ideias podem nascer de uma simples imagem. Ou de uma frase que se ouve por acaso. A ideia do enredo pode ainda se originar de um sonho. Tentativa vã de explicar o inexplicável, de esclarecer o que não pode ser esclarecido no ato da criação. A gente exagera (...) no fundo sabemos disso perfeitamente – tudo é sombra. Mistério. O artista é um visionário. Um vidente. Tem passe livre no tempo que ele percorre de alto a baixo em seu trapézio voador que avança e recua no espaço: tanta luta, tanto empenho que não exclui a disciplina. A paciência. A vontade do escritor de se comunicar com o seu próximo, de seduzir esse público que olha e julga. Vontade de ser amado. De permanecer. Nesse jogo ele acaba por arriscar tudo. Vale o risco? Vale se a vontade for cumprida com amor, é preciso se apaixonar pelo ofício, ser feliz nesse ofício. Se em outros aspectos as coisas falham (tantas falham) que ao menos fique a alegria de criar.

(Clarice Lispector. Entrevistas, 2007.)

58. A pergunta feita pela entrevistadora liga-se a um aspecto da criação literária que pode ser expresso pela palavra

(A) gratuidade. (B) perfeição. (C) efemeridade. (D) gênese. (E) perenidade.

59. Ao usar a expressão trapézio voador para representar o ofício de escritor, a entrevistada lança mão de uma figura de linguagem denominada

(A) personificação. (B) antítese. (C) metáfora. (D) eufemismo. (E) metonímia.

60. O pronome relativo que exerce a função de objeto direto, e não de sujeito, apenas no trecho

(A) que ouço com frequência (linha 3).
(B) que nada tem de simples (linha 4).
(C) que não pode ser esclarecido (linha 8).
(D) que avança e recua no espaço (linha 13).
(E) que não exclui a disciplina (linha 14).

Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 61 a 66.

Inocência não aparecia.
Mal saía do quarto, pretextando recaída de sezões: entretanto, não era seu corpo o doente, não; a sua alma, sim, essa sofria morte e paixão; e amargas lágrimas, sobretudo à noite, lhe inundavam o rosto.
– Meu Deus, exclamava ela, que será de mim? Nossa Senhora da Guia me socorra. Que pode fazer uma infeliz rapariga dos sertões contra tanta desgraça? Eu vivia tão sossegada neste retiro, amparada por meu pai... que agora tanto medo me mete... Deus do céu, piedade, piedade.
E de joelhos, diante do tosco oratório alumiado por esguias velas de cera, orava com fervor, balbuciando as preces que costumava recitar antes de se deitar.
Uma noite, disse ela:
– Quisera uma reza que me enchesse mais o coração... que mais me aliviasse o peso da agonia de hoje...
E, como levada de inspiração, prostrou-se murmurando:
Minha Nossa Senhora mãe da Virgem que nunca pecou, ide adiante de Deus. Pedi-lhe que tenha pena de mim... que não me deixe assim nesta dor cá dentro tão cruel. Estendei a vossa mão sobre mim. Se é crime amar a Cirino, mandai-me a morte. Que culpa tenho eu do que me sucede? Rezei tanto, para não gostar deste homem! Tudo... tudo... foi inútil! Por que então este suplício de todos os momentos? Nem sequer tem alívio no sono? Sempre ele... ele! (...)
Quando a lembrança de Cirino se lhe apresentava mais viva, estorcia-se de desespero. A paixão punha-lhe o peito em fogo...

(Visconde de Taunay, Inocência.)

61. Sobre o texto, afirma-se:
I. A protagonista apresenta características românticas, tais como a religiosidade e a disposição para o sacrifício em nome do amor.
II. A personagem principal não consegue realizar suas aspirações, tendo em vista que está submetida a um ambiente de estrutura conservadora e patriarcalista.
III. O narrador incorpora, em seu discurso, a linguagem coloquial com que as personagens se comunicam.

Está correto o que se afirma em

(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

62. O pretexto que Inocência usa para não sair de seu quarto é um problema de ordem

(A) moral. (B) familiar. (C) religiosa. (D) física. (E) psicológica.

63. O trecho do texto onde o pronome oblíquo sublinhado tem sentido de posse é:

(A) e amargas lágrimas (...) lhe inundavam o rosto.
(B) Nossa Senhora da Guia me socorra.
(C) que agora tanto medo me mete.
(D) Pedi-lhe que tenha pena de mim.
(E) estorcia-se de desespero.

64. No trecho Mal saía do quarto, pretextando recaída de sezões, o advérbio mal foi empregado na mesma acepção que na seguinte frase:

(A) Mal chegou da viagem de férias, teve de trabalhar.
(B) Como não queria parecer indiscreto, mal tocou no assunto.
(C) A palavra “literalmente” costuma ser mal empregada por muita gente.
(D) Estão caminhando mal as reformas políticas no Brasil.
(E) Mal refeito da gripe, entrou em campo debilitado.

65. Na primeira vez em que se dirige a Nossa Senhora, a protagonista usa um tratamento e, na segunda, outro. Uma das explicações é que, na segunda vez, ela

(A) usou verbos que devem ser conjugados de modo diferente do verbo empregado em sua primeira fala.
(B) encontrava-se agoniada, devido ao momento por que estava passando, por isso empregou mal os verbos.
(C) estava repetindo uma oração que devia saber de cor, já que era muito religiosa.
(D) intercalou em sua oração flexões verbais típicas da linguagem regional.
(E) pretendeu tornar seu pedido mais convincente, dando-lhe um tom mais solene e respeitoso.

66. O verbo no tempo mais-que-perfeito do indicativo pode ser empregado em frases optativas, isto é, que exprimem desejo. É o que ocorre no trecho do texto:

(A) essa sofria morte e paixão.
(B) Meu Deus, exclamava ela.
(C) Quisera uma reza.
(D) que me enchesse mais o coração.
(E) A paixão punha-lhe o peito em fogo.

Instrução: Leia o poema e responda às questões de números 67 a 70.

Tecendo a Manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo* para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

(João Cabral de Melo Neto. A educação pela pedra.)
* neologismo criado pelo autor, por meio da junção de “entre” + “entender”.

67. Analise as afirmações:
I. O poema caracteriza-se por ser fortemente orientado, em sua estruturação interna, pelo fenômeno linguístico da coesão.
II. A repetição sonora, principalmente a aliteração, contribui decisivamente para sugerir a ideia de entrelaçamento presente no poema.
III. O desenvolvimento do poema se faz num crescendo, simbolizando o processo da “construção” da manhã.
Está correto o que se afirma em

(A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) I e II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III.

68. A locução verbal vá tecendo e os gerúndios subsequentes encorpando, erguendo, entretendendo indicam uma ação durativa que

(A) ocorre simultaneamente ao momento da enunciação.
(B) se realiza de maneira progressiva.
(C) transcorre de maneira intermitente, isto é, com intervalos.
(D) se desenvolve em direção ao ponto em que se encontra o leitor.
(E) expressa uma hipótese impossível de se realizar.

69. O recurso da sinestesia (associação de palavras ou expressões em que ocorre combinação de sensações diferentes numa só impressão) pode ser identificado, de maneira mais evidente, na seguinte expressão:

(A) os fios de sol de seus gritos.
(B) uma teia tênue.
(C) se encorpando em tela.
(D) se erguendo tenda.
(E) toldo de um tecido tão aéreo.

70. Os recursos expressivos utilizados no poema podem ser interpretados como uma metáfora da

(A) incapacidade humana de apreciar os encantos da natureza.
(B) simplicidade da vida no campo, em oposição à agitação
urbana.
(C) importância da preservação dos costumes tradicionais.
(D) competição que move as ações humanas ao longo da história.
(E) conjunção de forças visando a um mesmo propósito.



















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