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sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Tema de Redação – FGV – 2018 – 1º semestre – ADMINISTRAÇÃO

Tema de Redação – FGV – 2018 – 1º semestre – ADMINISTRAÇÃO

Sem avanço em direitos humanos, Brasil é constrangido na ONU

Desde a última vez em que foi alvo de uma Revisão Periódica Universal (RPU) no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em 2012, o Brasil avançou muito pouco no enfrentamento das muitas violações desses direitos.
Na última sexta (5), o país foi submetido a mais uma RPU e teve de prestar contas sobre sua situação desde as recomendações de revisões anteriores.
O sistema não envolve sanções, mas a estratégia chamada naming and shaming: envergonhar o país, jogando luz em suas persistentes violações, para obter uma reação mais efetiva dos Estados, preocupados com sua reputação internacional (e a consequência, para os negócios, dessas mazelas expostas).
Salvo a criação do instituto das audiências de custódia (de uso ainda muito localizado), do Estatuto das Pessoas com Deficiência e do Sistema Nacional de Combate e Prevenção da Tortura, não há muito o que comemorar.
Desde 2012, aumentaram os homicídios, dos quais o país é recordista mundial com quase 60 mil casos em 2015.
A violência policial seguiu em escalada, com um incremento de 42% das mortes provocadas por policiais civis e militares entre 2012 e 2015 e a exposição internacional de brutalidade na repressão de protestos de rua.
Os presídios foram mais abarrotados, e somam mais de 654 mil detentos, segundo o Conselho Nacional de Justiça, o que fomenta violações.
O domínio de facções do crime organizado e a carnificina que as disputas entre elas provocaram em presídios do país nos últimos anos são a consequência mais sombria da massa carcerária abandonada à própria sorte.
Na sessão da ONU, a ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, anunciou que o Brasil vai reduzir em 10% a população carcerária até 2019. Trata-se de um compromisso tímido, anunciado sem maiores explicações.
Nos últimos anos, também emergiu com força a pauta do racismo institucional brasileiro, que expôs a maior vulnerabilidade dos negros a homicídios, tortura, violência policial e penas mais severas que as de seus pares brancos.
O tópico em que o país mais foi questionado foi o das políticas públicas voltadas para povos indígenas. Não é para menos. Na mesma semana em que um ataque a índios Gamela, no Maranhão, deixou dez feridos, teve início uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Funai-Incra, criada e dominada por deputados ruralistas, que se opõem à demarcação de terras indígenas, já em franca desaceleração desde o governo Dilma Rousseff (PT).
O país é signatário de boa parte dos tratados e convenções internacionais de direitos humanos. A exemplo do que ocorre internamente, com leis e estatutos elaborados à luz das mesmas premissas, boa parte dessas cartilhas nunca se cumpre. A revisão da ONU é o momento em que a distância entre o de jure* e o de facto* é colocada à prova .

Fernanda Mena, Folha de S. Paulo, 07/05/2017.
*Glossário:
“de jure”: de direito;
“de facto”: de fato.

Com base no texto e em outras informações que você julgue relevantes, redija um texto dissertativo-argumentativo, no qual você exponha seu ponto de vista sobre o tema: Presente e futuro dos direitos humanos no Brasil.

Instruções:

• A redação deverá seguir as normas da língua escrita culta.
• O texto da redação deverá ter, no mínimo, 20 e, no máximo, 30 linhas escritas. Redações fora desses limites não serão corrigidas e receberão nota zero.
• A redação terá nota zero, caso haja fuga total ao tema ou à estrutura definidos na proposta apresentada.
• Transcreva o rascunho da redação para a folha definitiva. O que estiver escrito na folha de rascunho não será considerado para a correção.
• A redação deverá ser redigida com letra legível e, obrigatoriamente, com caneta de tinta azul ou preta. Redações que não seguirem essas instruções não serão corrigidas, recebendo, portanto, nota zero.
• É recomendável dar um título a sua redação.


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Tema de Redação – FGV – 2017 – 2º semestre – ADMINISTRAÇÃO

Tema de Redação – FGV – 2017 – 2º semestre – ADMINISTRAÇÃO


16 de novembro de 2016. Oxford, Reino Unido. Hoje, o Dicionário Oxford anunciou pós-verdade como Palavra do Ano internacional de 2016. A Palavra do Ano do Dicionário Oxford é a palavra ou expressão escolhida por refletir, na linguagem, o corrente ano.
A cada ano, a equipe do Dicionário Oxford examina candidatas a palavra do ano e discute seus méritos, escolhendo uma que apreenda o ethos*, o estado de espírito ou as preocupações do ano em questão. As pesquisas linguísticas conduzidas pelos editores do Dicionário Oxford revelaram que o uso de pós-verdade aumentou cerca de 2000%, em relação a 2015.
O conceito de pós-verdade surgiu na década passada, mas observamos um pico na sua ocorrência, este ano, no contexto do referendo sobre a União Europeia, no Reino Unido, e da eleição presidencial, nos Estados Unidos.
O termo derivado pós-verdade é exemplo de uma extensão do significado do prefixo pós, que se tornou notória nos últimos anos. Em vez de se referir apenas a um tempo posterior a uma dada situação ou evento – como em pós-guerra e pós-jogo -, o prefixo, em pós-verdade, assume o sentido de “pertencente a um tempo no qual o conceito especificado [verdade] se tornou desimportante ou irrelevante, como ocorre, por exemplo, em pós-nacional e pós-racial”.
“Essa escolha não deveria surpreender, uma vez que ela reflete um ano dominado pela sobrecarga de discursos políticos e sociais”, disse Casper Grathwohl, presidente do Dicionário Oxford, que acrescentou: “Alimentada pela expansão das mídias sociais como fonte de notícias e pelo crescente descrédito dos fatos divulgados pelos meios oficiais e tradicionais, pós-verdade tornou-se cada vez mais corrente”. “Como o emprego do termo não mostra nenhum sinal de arrefecimento, eu não ficaria muito surpreso se pós-verdade se tornasse uma das palavras definidoras da era em que vivemos”, disse ainda Grathwohl.

https://www.oxforddictionaries.com Adaptado. Consultado em 28 de fevereiro de 2017.

*ethos: conjunto de normas, costumes ou valores de uma dada cultura ou comunidade.

Com base nas informações contidas no comunicado do Dicionário Oxford, acima reproduzido, e valendo-se, também, de outras informações que julgue relevantes, redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha seu ponto de vista sobre o tema: Vivemos na era da pós-verdade?

Instruções:

• A redação deverá seguir as normas da língua escrita culta.
• O texto da redação deverá ter, no mínimo, 20 e, no máximo, 30 linhas escritas. Redações fora desses limites não serão corrigidas e receberão nota zero.
• A redação terá nota zero, caso haja fuga total ao tema ou à estrutura definidos na proposta apresentada.
• Transcreva o rascunho da redação para a folha definitiva. O que estiver escrito na folha de rascunho não será considerado para a correção.
• A redação deverá ser redigida com letra legível e, obrigatoriamente, com caneta de tinta azul ou preta. Redações que não seguirem essas instruções não serão corrigidas, recebendo, portanto, nota zero.
• É recomendável dar um título a sua redação.

www.veredasdalingua.blogspot.com.br

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terça-feira, 17 de setembro de 2019

CITAÇÕES FAMOSAS - PARTE 4

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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Tema de Redação – FGV – 2017 – 1º semestre – ADMINISTRAÇÃO

Tema de Redação – FGV – 2017 – 1º semestre – ADMINISTRAÇÃO


Ser jovem hoje é pior do que antes, e pode piorar

Se formos considerar alguns dos principais desafios atuais —entre os quais a mudança do clima, a dívida pública e o mercado de trabalho—, uma conclusão óbvia emergirá: ser jovem hoje é relativamente pior do que era há um quarto de século. No entanto, na maioria dos países, a dimensão geracional é notável pela ausência, no debate político.
1- Vamos começar pela mudança no clima. Contê-la requer mudança de hábitos e investimento em redução de emissões para que as futuras gerações tenham um planeta habitável. O alarme foi acionado pela primeira vez em 1992, na Conferência Eco 92, no Rio de Janeiro, mas ao longo dos últimos 25 anos pouco foi feito para conter as emissões.
Dada a imensa inércia inerente ao efeito estufa, a distância entre comportamento responsável e irresponsável começará a resultar em diferença nas temperaturas dentro de apenas um quarto de século, e consequências graves surgirão dentro de apenas 50 anos. Qualquer pessoa que tenha mais de 60 anos hoje mal perceberá a diferença entre os dois cenários. Mas o destino da maioria dos cidadãos que hoje tenham menos de 30 anos será afetado de maneira fundamental. Com o tempo, o prazo adicional para ação obtido pelas gerações mais velhas terá de ser pago pelas mais novas.
2- Considere a dívida, a seguir. Desde 1990, a dívida pública cresceu em cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) na União Europeia e nos Estados Unidos (e muito mais no Japão). Dadas as taxas de juro quase zero, o arrasto que isso acarreta para as rendas é quase zero, por enquanto; mas, porque a inflação virtualmente inexiste e o crescimento é anêmico, houve uma estabilização no endividamento. Com isso, a redução de dívidas demorará mais do que se imaginava depois da crise financeira mundial, o que privará as gerações futuras do espaço fiscal de que necessitariam para investir em ações quanto ao clima ou na contenção de ameaças à segurança.
Os futuros aposentados representam outra forma de dívida. Os sistemas de repartição em vigor em muitos países são gigantescos esquemas de transferência intergeracional. É fato que todos contribuem enquanto estão trabalhando, e todos se tornam beneficiários na aposentadoria.
Mas a geração baby boom (as pessoas nascidas da metade dos anos 40 à metade dos anos 60) contribuiu pouco para o sistema de aposentadorias em regime de repartição, porque o crescimento econômico, o tamanho da população e a baixa expectativa de vida de seus pais tornavam fácil financiar as aposentadorias. Tudo isso agora se inverteu: o crescimento se desacelerou, a geração baby boom forma uma anomalia demográfica que pesa sobre seus filhos, e a expectativa é de que suas vidas sejam longas.
Os países nos quais reformas foram introduzidas cedo nos sistemas de aposentadoria conseguiram limitar o fardo que recai sobre os jovens e manter um equilíbrio razoavelmente justo entre as gerações. Mas os países nos quais as reformas foram postergadas permitiram que esse equilíbrio coloque os jovens em posição desvantajosa.
3- Por fim, considere o mercado de trabalho. Ao longo dos dez últimos anos, as condições pioraram consideravelmente para os novos ingressantes, em muitos países. O número de jovens classificados como “nem empregados e nem estudando ou em treinamento” é de 10,2 milhões nos Estados Unidos e de 14 milhões na União Europeia. Além disso, muitas das pessoas que ingressaram recentemente no mercado de trabalho vêm sofrendo de baixa segurança no emprego e de períodos repetidos de desemprego. Na Europa continental, especialmente, os trabalhadores jovens são os primeiros a sofrer durante as desacelerações econômicas.
Quanto a todas essas questões, - clima, dívida, aposentadorias e emprego -, as gerações mais jovens se saíram relativamente pior do que as mais velhas, nos desdobramentos dos últimos 25 anos. Um símbolo revelador é que muitas vezes a pobreza é maior entre os jovens do que entre os idosos.
Isso tudo deveria ser uma questão política importante, com implicações significativas para as finanças públicas, proteção social, política tributária e regulamentação do mercado de trabalho. Mas o novo conflito de gerações teve pouco efeito político direto. Mal é mencionado no debate eleitoral e em geral não resultou no surgimento de novos partidos ou movimentos.

Jean Pisani-Ferry, professor da Escola Hertie de Administração Pública, em Berlim, é comissário geral da France-Stratégie, instituição de consultoria política em Paris. Folha de S. Paulo, 06/02/2016. Adaptado.

No texto acima reproduzido, um estudioso da Administração Pública examina as perspectivas futuras dos jovens de hoje sob três aspectos fundamentais — a mudança climática, a dívida pública e o mercado de trabalho — para concluir que eles se encontram em situação pior que a dos jovens de gerações anteriores.
Tendo em conta as ideias apresentadas nesse texto e valendo-se de outras informações que você julgue relevantes, redija uma dissertação em prosa, argumentando de modo a expor seu ponto de vista sobre o tema A atual geração de jovens brasileiros e o futuro: expectativas e possibilidades.

Instruções:

• A redação deverá seguir as normas da língua escrita culta.
• O texto da redação deverá ter, no mínimo, 20 e, no máximo, 30 linhas escritas. Redações fora desses limites não serão corrigidas e receberão nota zero.
• A redação terá nota zero, caso haja fuga total ao tema ou à estrutura definidos na proposta apresentada.
• Transcreva o rascunho da redação para a folha definitiva. O que estiver escrito na folha de rascunho não será considerado para a correção.
• A redação deverá ser redigida com letra legível e, obrigatoriamente, com caneta de tinta azul ou preta. Redações que não seguirem essas instruções não serão corrigidas, recebendo, portanto, nota zero.
• É recomendável dar um título a sua redação.


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