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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

GABARITO – 25 Respostas iniciadas pela letra “Z”

GABARITO – 25 Respostas iniciadas pela letra “Z”

01. Zagueiro
02. Zeca Pagodinho
03. Zangão
04. Zebra
05. Zeca Urubu
06. Zangado
07. Zoologia
08. Zé Carioca
09. Zinco
10. Zurro
11. Zika vírus
12. Zarabatana
13. Zélia Gattai
14. Zelador
15. Zebu
16. Zé Ramalho
17. Zabumba
18. Zico
19. Zoofobia
20. Zumbi dos Palmares
21. Zodíaco 
22. Zeus
23. Zimbábue
24. Ziraldo
25. Zâmbia


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TEMA DE REDAÇÃO – PUC-RIO – 2016 – 2º Semestre

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REDAÇÃO

O exílio, uma experiência da modernidade - título do texto 1 da prova de Português e Literatura Brasileira - inspira o tema desta proposta de produção de texto.
Nos nossos dias, tanto a mídia, quanto a produção cultural de um modo geral têm apontado para a sensação de estranhamento e desconforto vivenciada pelos seres humanos diante das constantes mudanças do mundo e das suas vidas. Você considera que, na modernidade, vivemos como se estivéssemos em perene exílio?
Formule uma resposta para essa questão, produzindo um texto dissertativo-argumentativo, de cerca de 25 linhas, em que você apresente e justifique a sua posição, confrontando sua percepção e experiência com o que dizem os textos abaixo e os da prova de Português e Literatura Brasileira.
Seu texto deve, obrigatoriamente, RESUMIR e COMENTAR, pelo menos um trecho dos textos das provas − Redação e Português − seja para concordar seja para discordar da posição nele assumida. Não deixe de escrever a devida referencialização. Dê um título persuasivo ao seu texto.

Exílio(z) [do lat, exiliu.]. S.m. 1.expatriação, forçada ou voluntária; degredo, desterro. 2. O lugar onde reside o exilado. 3.Fig. Lugar afastado, solitário, ou desagradável de habitar.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3ª. ed. Curitiba: Positivo, 2004.
PLANTEL

Todos nós fomos golpeados naquela despedida. Não adianta dizer que não foi bem assim. Que maneiramos na expressão do pesar por vê-lo partir daquele jeito. Cabelo pintado, documento falso. Éramos todos velhos amigos. Este que fugia talvez fosse o único inocente do grupo. Na chamada para o voo, a união dos cinco como que pairava independente, vitoriosa. Quando Leo, ao se despedir, me beijou e o beijo bateu na minha orelha, pensei que os que ficavam tinham se rendido, enfim. Iam todos um pouco naquele corpo que agora já ultrapassava o portão de embarque, ali...

Noll, João Gilberto. Mínimos, múltiplos, comuns. São Paulo, Francis, 2003. p. 283.

A DOENÇA

Nunca morei longe do meu país.
Entretanto padeço de lonjuras.
Desde criança minha mãe portava essa doença.
Ela que me transmitiu.
Depois meu pai foi trabalhar num lugar que dava
Essa doença às pessoas.
Era um lugar sem nome nem vizinhos.
Diziam que ali era a unha do dedão do pé do fim
do mundo.
A gente crescia sem ter outra casa ao lado.
No lugar só constavam pássaros, árvores, o rio e
os seus peixes.
Havia cavalos sem freios dentro dos matos cheios
de borboletas nas costas.
O resto era só distância.
A distância seria uma coisa vazia que a gente
portava no olho.
E meu pai chamava de exílio.

BARROS, Manoel de. Ensaios fotográficos. 4ª.ed. Rio de Janeiro, Record, 2003. p.49.

www.veredasdalingua.blogspot.com.br

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01. Yellow
02. Yakisoba
03. Year
04. Yang
05. Yin
06. Yom Kippur
07. Yoga
08. Yakult
09. Yorkshire
10. Yoshi
11. Yalta
12. Youtube
13. Yves Saint-Laurent
14. Yoda
15. Yamaha
16. Yoko Ono
17. Yankee
18. Yeltsin
19. Yeti
20. Yangtsé
21. Yatreb
22. Yale
23. Yellostone
24. Youth
25. Yuppie

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TEMA DE REDAÇÃO – PUC-RIO – 2016 – 1º Semestre

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REDAÇÃO

No artigo O país das mil faces, Mario Vargas Llosa deixa transparecer a maneira como ele concebe o seu país. Ainda que se permita tecer algumas críticas em relação ao Peru, o escritor revela estar indissoluvelmente vinculado à sua terra natal.
Procurando estabelecer um diálogo com o escritor, produza um texto dissertativo-argumentativo — com cerca de 25 linhas — apresentando suas concepções sobre o Brasil. Seu texto deve, obrigatoriamente, RESUMIR e COMENTAR pelo menos algum trecho do artigo do escritor peruano seja para concordar com ele, seja para dele discordar no que diz respeito à ideia de nação acrescentando a devida referência. Além disso, pelo menos, uma das definições do conceito que aparecem nos textos da prova de Português e Literatura Brasileira deve ser inserida em sua redação, também com a inclusão do nome do seu autor. Dê ao seu texto um título que instigue a leitura.

A cidade onde nasci, Arequipa, no sul do Peru, em um vale dos Andes, foi famosa por seu espírito clerical e de revolta, por seus juristas e seus vulcões, a limpeza de seu céu, seus saborosos camarões e seu regionalismo. E também pela “nevada”, uma forma de neurose transitória que acomete os que nasceram ali. Um belo dia, o mais manso dos arequipanos para de responder aos cumprimentos, passa as horas de cara fechada, diz e comete os maiores disparates e por causa de uma simples divergência de opiniões, começa a ameaçar o seu melhor amigo. Ninguém estranha nem se irrita com isso, pois todos entendem que o sujeito está com a “nevada” e que no dia seguinte voltará a ser a pessoa inofensiva de sempre.
Embora minha família tenha me levado dali com um ano de idade e eu nunca tenha voltado a morar na cidade, sempre me senti bastante arequipano, e também acredito que as piadas que correm sobre nós no Peru — dizem que somos arrogantes e até mesmo loucos — são fruto da inveja. Pois não somos nós os que falamos o castelhano mais castiço do país? E não somos nós que temos esse verdadeiro monumento arquitetônico que é o Santa Catalina, um convento onde chegaram a morar quinhentas mulheres na época da colônia? Não fomos nós o cenário dos mais grandiosos terremotos e da maior quantidade de revoluções da história peruana?
Como sempre acontece com as famílias estrangeiras, viver em outro país fez com que se reforçasse o nosso patriotismo. Até os dez anos de idade, eu tinha certeza de que ser peruano era o melhor dos destinos. A ideia que eu então fazia do Peru tinha mais a ver com o país dos incas e dos conquistadores do que com o Peru real. Este eu só vim a conhecer em 1946. A família se mudou para Piura, onde meu avô tinha sido nomeado prefeito. Viajamos por estradas de terra, com uma parada em Arequipa. Recordo-me da emoção que senti ao chegar à minha cidade natal. Lembro de minha excitação ao ver o mar pela primeira vez, em Camaná. Resmunguei e enchi tanto que meus avós concordaram em parar o automóvel para que eu pudesse dar uma mergulhada no mar daquela praia brava e selvagem. Meu batismo marítimo não foi muito bem sucedido porque fui picado por um caranguejo. Mesmo assim, o meu amor à primeira vista pelo litoral peruano se manteve.
Anos depois...
Parti para a Europa e não voltei a morar no meu país de forma permanente até 1974. Entre os vinte e dois anos, idade que tinha quando parti, e os trinta e oito, que completei em minha volta, muitas coisas se passaram, e quando retornei eu era, em vários sentidos, uma pessoa totalmente diferente. Mas, no que se refere à relação como o meu país, acredito que continua a ser a mesma de minha adolescência. Uma relação que poderia ser definida com a ajuda de metáforas, mais do que de conceitos. O Peru é, para mim, uma espécie de doença incurável, e minha relação com ele é intensa, atritada, cheia daquela violência que caracteriza a paixão. O romancista Juan Carlos Onetti disse certa vez que a diferença entre mim e ele, como escritores, era que eu tinha com a literatura uma relação de matrimônio, e ele uma relação de adultério. Tenho a impressão de que minha relação com o Peru é mais adúltera do que conjugal. Ou seja: impregnada de suspeita, paixão e furor. Conscientemente, luto contra toda forma de “nacionalismo”, algo que me parece uma das grandes falhas humanas e que tem servido como álibi para os piores contrabandos. Mas não deixa de ser um fato que as coisas do meu país me deixam mais exasperado ou exaltado, e que o que nele acontece ou deixa de acontecer diz respeito a mim de uma maneira íntima e incontornável. É possível que, se fizesse um balanço, eu chegasse à conclusão de que, na hora de escrever, aquilo que do Peru se faz mais presente em mim são seus defeitos. E que também tenho sido um crítico severo, a ponto de cometer alguma injustiça, de tudo aquilo que o aflige. Mas creio que, sob essas críticas, reside uma solidariedade profunda. Embora já tenha me ocorrido odiar o Peru, esse ódio, como no verso de César Vallejo, foi sempre impregnado de ternura.

Lima, agosto de 1983
VARGAS LLOSA, Mario. Saberes e utopias: visões da América Latina. trad. Bernardo Ajzenberg, Rio de Janeiro, Objetiva, 2010.


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