Temas de Redação
- 1ª Fase – Unicamp – 2012
TEXTO
1
Imagine que, ao
navegar em uma página da internet especializada em orientação vocacional, você
encontra um fórum criado por concluintes do Ensino Médio para
discutir o que leva uma pessoa a investir na profissão de cientista. Um dos
participantes do fórum, que se autonomeia Estudante Paulista, postou o gráfico
reproduzido abaixo e escreveu o seguinte comentário:
Às 15h42, Estudante
Paulista escreveu:
Vejam este
gráfico! Ele mostra o resultado de uma pesquisa sobre o interesse de estudantes
de vários lugares do mundo pela carreira científica. Vocês não acham que essa
pesquisa reflete muito bem a realidade? Eu, por exemplo, sempre morei em São
Paulo e nunca pensei em ser cientista!
Você decide,
então, participar da discussão, postando um comentário sobre a
mesma pesquisa, em resposta à pessoa que assina como Estudante
Paulista. No comentário, você deverá:
• fazer uma
análise do gráfico, sugerindo o que pode ser concluído a partir dos resultados
da pesquisa;
•
posicionar-se frente à opinião do Estudante Paulista, levando em conta a
análise que você fez do gráfico.
Respostas de
estudantes de vários países à pergunta “Gostaria de ser cientista?”,
apresentadas em escala de 1 a 4. Quanto maior o número, maior a quantidade de
respostas positivas. Em destaque, os índices dos municípios brasileiros de Tangará
da Serra (MT) e São Caetano do Sul (SP).
(Adaptado
de Ciência Hoje, n. 282, vol. 47, jun. 2011, p. 59.)
TEXTO
2
Coloque-se no
lugar dos estudantes de uma escola que passou a monitorar as páginas de
seus alunos em redes sociais da internet (como o Orkut, o Facebook e o
Twitter), após um evento similar aos relatados na matéria reproduzida abaixo. Em
função da polêmica provocada pelo monitoramento, você resolve escrever
um manifesto e recebe o apoio de vários colegas. Juntos, decidem lê-lo
na próxima reunião de pais e professores com a direção da escola. Nesse manifesto,
a ser redigido na modalidade oral formal, você deverá necessariamente:
• explicitar o
evento que motivou a direção da escola a fazer o monitoramento;
• declarar e
sustentar o que você e seus colegas defendem, convocando pais, professores e
alunos a agir em conformidade com o proposto no documento.
Escolas
monitoram o que aluno faz em rede social
Durante uma aula vaga em uma escola
da Grande São Paulo, os alunos decidiram tirar fotos deitados em colchonetes
deixados no pátio para a aula de educação física. Um deles colocou uma imagem
no Facebook com uma legenda irônica, em que dizia: vejam as aulas que temos na
escola. Uma professora viu a foto e avisou a diretora. Resultado: o aluno teve de
apagá-la e todos levaram uma bronca.
O caso é um exemplo da luta que as
escolas têm travado com os alunos por conta do uso das redes sociais. Assuntos
relativos à imagem do colégio, casos de bullying virtual e até mensagens
em que, para a escola, os alunos se expõem demais, estão tendo de ser apagados
e podem acabar em punição. Em outra instituição, contam os alunos, um casal foi
suspenso depois de a menina pôr no Orkut uma foto deles se beijando nas
dependências da escola.
As escolas não comentaram os casos.
Uma delas diz que só pediu para apagar a foto porque houve um "tom ofensivo".
Como outras escolas consultadas, nega que monitore o que os alunos publicam nos
sites.
Exercícios - Como
professores e alunos são "amigos" nas redes sociais, a escola tem
acesso imediato às publicações.
Foi o que aconteceu com um aluno do
ABC paulista. Um professor soube da página que esse aluno criou com amigos no
Orkut. Nela, resolviam exercícios de geografia – cujas respostas acabaram copiadas
por colegas. O aluno teve de tirá-la do ar.
O caso é parecido com o de uma aluna
de 15 anos do Rio de Janeiro obrigada a apagar uma comunidade criada por ela no
Facebook para a troca de respostas de exercícios. Ela foi suspensa. Já o aluno
do ABC paulista não sofreu punição e o assunto ética na internet passou
a ser debatido em aula.
Transformar o problema em tema de
discussão para as aulas é considerado o ideal por educadores. "A atitude
da escola não pode ser policialesca, tem que ser preventiva e negociadora no
sentido de formar consciência crítica", diz Sílvia Colello, professora de
pedagogia da USP.
(Adaptado
de Talita Bedinelli & Fabiana Rewald, Folha de S. Paulo,
19/06/2011.)
TEXTO
3
Imagine-se na
posição de um leigo em informática que, ao ler a matéria Cabeça nas
nuvens, reproduzida abaixo, decide buscar informações sobre o que chamam de
computação em nuvem. Após conversar com usuários de computador e
ler vários textos sobre o assunto (alguns dos quais reproduzidos abaixo em I,
II e III), você conclui que o conceito é pouco conhecido e resolve elaborar um verbete
para explicá-lo. Nesse verbete, que será publicado em uma enciclopédia online
destinada a pessoas que não são especializadas em informática,
você deverá:
• definir computação
em nuvem, fornecendo dois exemplos para mostrar que ela já está presente em
atividades realizadas cotidianamente pela maioria dos usuários de computador;
• apresentar uma
vantagem e uma desvantagem que a aplicação da computação em nuvem poderá
ter em um futuro próximo.
Cabeça nas
nuvens
Quando foi convidado para participar
da feira de educação da Microsoft, Diogo Machado já sabia que projeto
desenvolver. O estagiário de informática da Escola Estadual Professor Francisco
Coelho Ávila Júnior, em Cachoeiro de Itapemirim (ES), estava cansado de ouvir
reclamações de alunos que perdiam arquivos no computador. Decidiu criar um
sistema para salvar trabalhos na própria internet, como ele já fazia com seus
códigos de programação. Dessa forma, se o computador desse pau, o conteúdo
ficaria seguro e
poderia ser acessado de qualquer máquina. A ideia do recém-formado técnico em
informática se baseava em clouding computing (ou computação em nuvem),
tecnologia que é a aposta de gigantes como Apple e Google para o armazenamento
de dados no futuro.
Em três meses, Diogo desenvolveu o Escola
na nuvem (escolananuvem.com.br), um portal em que estudantes e professores se
cadastram e podem armazenar e trocar conteúdos, como o trabalho de matemática
ou os tópicos da aula anterior. As informações ficam em um disco virtual,
sempre disponíveis para consulta via web.
(Extraído
de Galileu, no. 241, ago. 2011, São Paulo: Editora Globo, p. 79.)
I - “Você quer ter
uma máquina de lavar ou quer ter a roupa lavada?”
Essa pergunta resume de forma
brilhante o conceito de computação em nuvem, que foi abordado em um documentário
veiculado recentemente na TV.
(Adaptado
de http://toprenda.net/2010/04/computacao-em-nuvem-voce-ja-usa-e-nem-sabia.)
II - Vamos dizer que você é o executivo
de uma grande empresa. Suas responsabilidades incluem assegurar que todos os
seus empregados tenham o software e o hardware de que precisam
para fazer o seu trabalho. Comprar computadores para todos não é suficiente –
você também tem de comprar software ou licenças de software para
dar aos empregados as ferramentas que eles exigem.
Em breve, deve haver uma alternativa
para executivos como você. Em vez de instalar uma suíte de aplicativos em cada
computador, você só teria de carregar uma aplicação. Essa aplicação permitiria
aos trabalhadores logar-se em um serviço baseado na web que hospeda
todos os programas de que o usuário precisa para o seu trabalho. Máquinas
remotas de outra empresa rodariam tudo – de e-mail a processador de
textos e a complexos programas de análise de dados. Isso é chamado computação
em nuvem e poderia mudar toda a indústria de computadores.
Se você tem uma conta de e-mail com
um serviço baseado na web, como Hotmail, Yahoo! ou Gmail,
então você já teve experiência com computação em nuvem. Em vez de rodar um
programa de e-mail no seu computador, você se loga numa conta de e-mail
remotamente pela web.
(Adaptado de
Jonathan Strickland, Como funciona a computação em nuvem.Disponível em http://informatica.hsw.uol.com.br/computacao-em-nuvem.htm.)
III - A simples ideia de determinadas
informações ficarem armazenadas em computadores de terceiros (no caso, os fornecedores
de serviço), mesmo com documentos garantindo a privacidade e o sigilo, preocupa
pessoas, órgãos do governo e, principalmente, empresas. Além disso, há outras
questões, como o problema da dependência de acesso à internet: o que fazer
quando a conexão cair? Algumas companhias já trabalham em formas de sincronizar
aplicações off-line com on-line, mas tecnologias para isso ainda
precisam evoluir bastante.
(Adaptado
de O que é Cloud Computing? Disponível em:
http://www.infowester.com/cloudcomputing.php)
http://www.infowester.com/cloudcomputing.php)
Leia também:
Temas de redação – Unicamp – 1998
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