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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

"Ano Novo" – Ferreira Gullar

FELIZ ANO NOVO!


Ano Novo

Meia noite. Fim
de um ano, início
de outro. Olho o céu:
nenhum indício.

Olho o céu:
o abismo vence o
olhar. O mesmo
espantoso silêncio
da Via-Láctea feito
um ectoplasma
sobre a minha cabeça:
nada ali indica
que um ano novo começa.

E não começa
nem no céu nem no chão
do planeta:
começa no coração.

Começa como a esperança
de vida melhor
que entre os astros
não se escuta
nem se vê
nem pode haver:
que isso é coisa de homem
esse bicho
estelar
que sonha
(e luta)

(Ferreira Gullar)

 

www.veredasdalingua.blogspot.com.br

Leia também:

"Natal"– Olavo Bilac
"Herbarium"— Lygia Fagundes Telles 

"Brinquedos incendiados" — Cecília Meireles
"Metamorfose" — Luís Fernando Verissimo

Prova de Língua Portuguesa – FEI – 2015 - 1º semestre

Prova de Língua Portuguesa – FEI – 2015 - 1º semestre

PORTUGUÊS

Leia atentamente o texto “O verbo for”, de João Ubaldo Ribeiro, e responda a seguir:

            Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas. Acho inadmissível e mesmo chocante (no sentido antigo) um coroa não ser reacionário. Somos uma força histórica de grande valor. Se não agíssemos com o vigor necessário — evidentemente o condizente com a nossa condição provecta —, tudo sairia fora de controle, mais do que já está. O vestibular, é claro, jamais voltará ao que era outrora e talvez até desapareça, mas julgo necessário falar do antigo às novas gerações e lembrálo
às minhas coevas (ao dicionário outra vez; domingo, dia de exercício).
            O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia, sendo que esta não constava dos currículos do curso secundário e a gente tinha que se virar por fora. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessassem diretamente à carreira. Tudo escrito tão ruybarbosianamente quanto possível, com citações decoradas, preferivelmente. Os textos em latim eram As Catilinárias ou a Eneida, dos quais até hoje sei o comecinho.
            Havia provas escritas e orais. A escrita já dava nervosismo, da oral muitos nunca se recuperaram inteiramente, pela vida afora. Tirava-se o ponto (sorteava-se o assunto) e partia-se para o martírio, insuperável por qualquer esporte radical desta juventude de hoje. A oral de latim era particularmente espetacular, porque se juntava uma multidão, para assistir à performance do saudoso mestre de Direito Romano Evandro Baltazar de Silveira. Franzino, sempre de colete e olhar vulpino (dicionário, dicionário), o mestre não perdoava. (...)
            Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e me designassem para a banca de português, com prova oral e tudo. Eu tinha fama de professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças pálidos e trêmulos diante de mim. Uma bela vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas. A prova oral era bestíssima. Mandava-se o candidato ler umas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiam ler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante. Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra "for" tanto podia ser do verbo "ser" quanto do verbo "ir".
            Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser.
            — Esse "for" aí, que verbo é esse?
            Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do círculo, depois ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente.
            — Verbo for.
            — Verbo o quê?
            — Verbo for.
            — Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo.
            — Eu fonho, tu fões, ele fõe – recitou ele, impávido. — Nós fomos, vós fondes, eles fõem. (...)

1ª Questão. Pode-se depreender de “Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser” (fim do 4º parágrafo do texto):

(A) nada pode deter o desejo de uma pessoa que se dedica a conquistar seus objetivos.
(B) conhecer bem a flexão dos verbos faz com que um aluno supere todas as suas dificuldades.
(C) o candidato, por sua postura destemida, conseguiria superar os obstáculos impostos pela vida.
(D) ao distinguir o verbo, o candidato evidenciaria seu profundo conhecimento da língua.
(E) o narrador não assegura ao ensino formal a total responsabilidade pela aprendizagem da língua pelos alunos.

2ª Questão. O comentário sobre o “irônico destino” (início do 4º parágrafo do texto) sugere que:

(A) a experiência do aluno que se torna professor é irônica, porque ele não dominava adequadamente o idioma.
(B) sua experiência completamente frustrante como aluno levou-o a almejar a atividade docente.
(C) sua experiência bem-sucedida como aluno levou-o a conquistar o seu lugar natural de professor.
(D) o destino confirmou as expectativas do aluno, levando-o à atividade docente.
(E) o destino contradisse as expectativas do aluno, que não se imaginava exercendo a atividade docente.

3ª Questão. O trecho “Eu tinha fama de professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças pálidos e trêmulos diante de mim” (4º parágrafo do texto) pressupõe uma visão da educação segundo a qual:

(A) é preciso retomar práticas educacionais que ameacem os estudantes, a fim de que eles estudem bastante e dediquem-se a aprender os conteúdos fundamentais.
(B) a aprendizagem deve estar baseada em relações de respeito entre professor e alunos e não ser pautada pelo medo.
(C) cabe ao professor intimidar seus alunos, a fim de que eles rendam o necessário.
(D) o medo sentido pelos alunos demonstra que eles têm pouco comprometimento com os estudos.
(E) a aprendizagem deve ser construtivista.

4ª Questão. O aluno submetido à prova oral no episódio narrado no texto é retratado como:

(A) prepotente, mas consciente das suas limitações no que diz respeito à língua portuguesa.
(B) inseguro, mas inconsciente de sua falta de conhecimentos linguísticos.
(C) destemido e completamente inconsciente da sua falta de conhecimento da língua portuguesa.
(D) atrevido, porque consciente de suas competências linguísticas.
(E) humilde e consciente da necessidade de desenvolver suas competências linguísticas.

5ª Questão. As explicações realizadas entre parênteses ao longo do texto expressam:

(A) a impossibilidade de se realizar uma comunicação eficiente por meio da comunicação escrita.
(B) um diálogo fictício entre leitor e autor.
(C) a consciência do escritor sobre a erudição do seu leitor.
(D) a perda da autonomia do leitor diante da linguagem formal.
(E) a projeção de um leitor desinteressado.

6ª Questão. Considerando o contexto, os termos arcaicos contribuem para:

(A) menosprezar as particularidades da cultura escolar em que o escritor se formou.
(B) ressaltar as diferenças entre a cultura escolar em que o escritor se formou e a das novas gerações.
(C) afirmar a necessidade de renovar permanentemente a língua em função das novas tecnologias.
(D) obrigar o leitor a reconhecer a sua ignorância com relação à língua.
(E) evidenciar o profundo conhecimento linguístico do autor.

7ª Questão. Um olhar atento para a linguagem empregada pelo autor permite afirmar que o texto:

(A) dirige-se a um público erudito que reconheça os exercícios intertextuais.
(B) é representativa da escrita do século XIX.
(C) contempla leitores de diversos níveis culturais que se interessem pelas questões do seu tempo.
(D) requer leitores que tenham um repertório formado fundamentalmente pelas obras clássicas.
(E) pressupõe um leitor reflexivo e que conheça a linguagem das novas tecnologias.

8ª Questão. Segundo o texto, o conflito entre gerações é:

(A) importante, porque a tensão entre a tradição e a modernidade impede que certos valores sejam esquecidos.
(B) irrelevante, porque os valores permanecem a despeito das mudanças sociais.
(C) importante, para que os jovens tenham medo dos mais velhos.
(D) irrelevante, porque a modernidade inevitavelmente destrói a tradição.
(E) um diálogo equilibrado entre tradição e modernidade.

9ª Questão. João Ubaldo Ribeiro é contemporâneo de:

(A) Machado de Assis  (B) Clarice Lispector
(C) Graciliano Ramos   (D) Monteiro Lobato  (E) Ariano Suassuna

10ª Questão. As marcas estilísticas e temáticas evidenciam que o texto é:

(A) crônica (B) conto (C) romance (D) poema (E) reportagem


11ª Questão. “O verbo for” traz uma das características marcantes da obra de João Ubaldo Ribeiro, a saber:

(A) abuso de figuras de linguagem (B) lirismo
(C) sentimentalismo                        (D) humor            (E) pessimismo

12ª Questão. Do ponto de vista estético, é possível afirmar que:

(A) trata-se de um texto da primeira fase do modernismo.
(B) trata-se de um texto clássico.
(C) trata-se de um texto com características barrocas.
(D) trata-se de um texto contemporâneo.
(E) trata-se de um texto vanguardista.

13ª Questão. Independente da identificação do infinitivo do verbo, a forma “for” está flexionada no:

(A) presente do indicativo
(B) pretérito imperfeito do subjuntivo
(C) futuro do subjuntivo
(D) futuro do indicativo
(E) pretérito perfeito do indicativo

14ª Questão. Em “muitos nunca se recuperaram inteiramente”, o termo em destaque é:

(A) pronome possessivo
(B) índice de indeterminação do sujeito
(C) pronome apassivador
(D) pronome reflexivo
(E) pronome pessoal do caso reto

15ª Questão. O termo “ruybarbosianamente”:

(A) é um adjetivo, que modifica o sujeito “tudo”.
(B) construído a partir do nome de Ruy Barbosa, é um neologismo que modifica “escrito”.
(C) é exemplo de neologismo, formado a partir da derivação por prefixação e sufixação.
(D) vem usado para intensificar a ação de “escrever”.
(E) vem usado para indicar que os vestibulares contradiziam a escrita praticada por Ruy Barbosa.

16ª Questão. O vocábulo destacado em “evidentemente o condizente com a nossa condição provecta” pode ser substituído, sem prejuízo de sentido para o contexto, por:

(A) avançada em anos (B) contemporânea (C) instável (D) permanente (E) atrasada em anos

17ª Questão. O termo em destaque de “Os textos em latim” (final do 2º parágrafo do texto) funciona como:

(A) núcleo do sujeito            (B) adjunto adverbial
(C) complemento nominal    (D) complemento verbal    (E) adjunto adnominal

18ª Questão. O uso do futuro do pretérito em “sairia” deve-se:

(A) à construção de uma ação anterior condicional, introduzida pela conjunção “se”.
(B) à construção de uma ação anterior afirmativa, apresentada pelo modo imperativo.
(C) à necessidade de fazer a correlação verbal entre o verbo “sair” e o seu complemento.
(D) à ação histórica que se desenvolverá no futuro próximo.
(E) ao que se espera da ação realizada no passado com impactos no presente.

19ª Questão. Respeitando o contexto em que ocorre, a grafia do verbo em “Havia provas escritas e orais”:

(A) contraria o uso da norma culta do idioma, porque o verbo deveria estar no plural para indicar o sujeito composto.
(B) está correta, porque o verbo se flexiona de acordo com o sujeito “provas escritas e orais”.
(C) está correta, porque se trata de um verbo impessoal.
(D) está correta, porque o verbo “haver” segue a flexão dos verbos regulares.
(E) está incorreta do ponto de vista gramatical e correta do ponto de vista dos usos da linguagem.

20ª Questão. Em “Quando ele for prestar vestibular, deverá estudar latim”, a forma infinitiva do verbo em destaque, considerando o contexto, é:

(A) ser (B) for (C) é (D) ir (E) vamos

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Escritores falecidos em 2015

Escritores falecidos em 2015

A homenagem do blog “Veredas da Língua” a alguns grandes escritores luso-brasileiros que nos deixaram em 2015. Lembremo-nos das palavras de Machado quando da morte de José de Alencar:

E ao tornar este sol, que te há levado,
Já não acha a tristeza. Extinto é o dia
Da nossa dor, do nosso amargo espanto.

Porque o tempo implacável e pausado,
Que o homem consumiu na terra fria,
Não consumiu o engenho, a flor, o encanto...
  
Ana Hatherly - escritora e artista plástica portuguesa (1929 - 2015)




Corsino Fortes - poeta cabo-verdiano (1933 - 2015)
Hélio Pólvora - jornalista e escritor (1928 - 2015)




Içami Tiba - psiquiatra, educador e escritor (1941 - 2015)
Joel Rufino dos Santos - professor e escritor (1941 - 2015)




Nauro Machado - poeta  (1935 - 2015)




Prova de Língua Portuguesa – FEI – 2014 - 2º semestre

Prova de Língua Portuguesa – FEI – 2014 - 2º semestre

PORTUGUÊS

Leia atentamente o poema de Augusto dos Anjos e responda às questões a seguir:

Psicologia de um vencido

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!

1ª Questão. O “verme” declara “guerra à vida”, segundo o poema, porque:

(A) alimenta-se dos últimos sinais de vida humana para compor a sua própria existência.
(B) nega-se a devorar um cadáver putrefato.
(C) opõe-se ao “eu”, a partir da consciência que tem do que representa o “outro”.
(D) representa a renovação e a possibilidade de recriação da existência.
(E) é o “operário das ruínas”, ser que conscientemente desenvolve um trabalho de superação dos próprios limites.

2ª Questão. O termo em destaque em “Anda a espreitar meus olhos para roê-los” (verso 12) poderia ser substituído, sem mudar significativamente o sentido original, por:

(A) almejar (B) preterir (C) perscrutar (D) desafiar (E) recobrir

3ª Questão. O “verme” se opõe ao “eu” representando, dentro do contexto poético:

(A) a confirmação de que a morte confere identidade aos homens.
(B) a falta de sentido da existência e a constatação da fragilidade da vida.
(C) a necessidade dos homens valorizarem o presente, vivendo-o intensamente.
(D) o anseio por um futuro mais justo.
(E) a possibilidade de reencarnação do “eu” em outra dimensão sombria.

4ª Questão. O título do poema – “Psicologia de um vencido” – faz referência:

(A) ao desejo de autoconhecimento do “eu”.
(B) à dissecação das diferenças entre vencedores e vencidos.
(C) ao estudo do comportamento dos vermes.
(D) à necessidade do “eu” de se integrar ao mundo que o circunda.
(E) à sensação de derrota do “eu” diante de si e do mundo.

5ª Questão. As estrofes, lidas em conjunto:

(A) apresentam uma gradação de ideias, que vai do universal ao particular.
(B) apresentam uma gradação de ideias, que vai do particular para as reflexões acerca da condição humana.
(C) apresentam um jogo de ideias em que elas são afirmadas para posteriormente serem contestadas.
(D) trazem a mesma ideia, ainda que com diferentes ênfases.
(E) apresentam ideias que se desenvolvem paralelamente.

6ª Questão. Verifica-se que o “eu-lírico” se apresenta como:

(A) uma pessoa especial e fora do padrão, responsável pelo seu trágico destino.
(B) desprovido de habilidades para definir seu destino, marcado pela sorte e bem-aventurança.
(C) vítima das adversidades do contexto em que nasceu e viveu.
(D) condenado a pagar pelas más ações cometidas ao longo da infância.
(E) consciente das suas qualidades, que são desprezadas pela sociedade.

7ª Questão. A leitura atenta do poema evidencia:

(A) o elogio dos sentimentos que distinguem o homem dos animais.
(B) a crença de que a ciência pode explicar a psicologia dos tipos humanos.
(C) a plena confiança de que a ciência significa o progresso da humanidade.
(D) o pessimismo do eu-lírico com relação à vida.
(E) a visão otimista do eu-lírico com relação à vida.

8ª Questão. Reflita sobre os versos “Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia / Que se escapa da boca de um cardíaco” (versos 7-8). Considerando o contexto em que a expressão em destaque aparece, é correto afirmar:

(A) trata-se de uma expressão que modifica o termo “uma ânsia”.
(B) trata-se do sujeito do verbo “escapar”.
(C) trata-se de uma expressão que modifica o termo “análoga”.
(D) trata-se do complemento do verbo “subir”.
(E) trata-se de uma expressão que modifica o verbo “escapar”.

9ª Questão. Em “Este ambiente me causa repugnância...” (verso 6), o termo em destaque:

(A) aponta um local indeterminado.
(B) evidencia que o ambiente está distante e é estranho ao eulírico.
(C) determina um local que está distante do eu-lírico, mas próximo ao verme.
(D) determina um local próximo ao eu-lírico.
(E) determina a atração inconsciente que o eu-lírico sente pelo local.

10ª Questão. Sobre a expressão em destaque no verso 13 – “E há de deixar-me apenas os cabelos” – é correto afirmar:

(A) está grafada erroneamente, o que, do ponto de vista da liberdade poética, não caracteriza um problema gramatical.
(B) projeta uma ação para o futuro.
(C) apresenta-se no presente do indicativo.
(D) revela um fato passado observado no momento presente.
(E) caracteriza o uso da forma conhecida como imperativo afirmativo.


11ª Questão. Os verbos estão majoritariamente flexionados:

(A) no pretérito perfeito do indicativo.
(B) no futuro do presente do indicativo.
(C) no presente do indicativo.
(D) no pretérito imperfeito do indicativo.
(E) no futuro do subjuntivo.

12ª Questão. Os acentos graves indicadores de crase observados no poema evidenciam que:

(A) ocorrem somente com substantivos femininos, dado que indicam o encontro de dois “a”, sendo um deles o artigo definido.
(B) ocorrem somente depois de verbos.
(C) são acidentais.
(D) seguem uma regra aplicável apenas em casos de regência nominal.
(E) ocorrem somente com os substantivos femininos, dado que indicam o encontro de dois “a”, sendo um deles o artigo indefinido.

13ª Questão. “A influência má dos signos do zodíaco” (verso 4) funciona sintaticamente como:

(A) objeto indireto  (B) complemento nominal
(C) sujeito              (D) predicativo do sujeito     (E) objeto direto

14ª Questão. Em “Já o verme — este operário das ruínas –” (verso 9), o termo em destaque é classificado como:

(A) aposto (B) adjunto adnominal (C) complemento nominal (D) vocativo (E) sujeito

15ª Questão. “Profundissimamente” (verso 5) é exemplo de:

(A) derivação por prefixação
(B) derivação imprópria
(C) derivação por sufixação
(D) composição por aglutinação
(E) derivação regressiva

16ª Questão. Analise atentamente as afirmações abaixo, relacionando-as a seus conhecimentos. Assinale V, para verdadeiro, ou F, para falso:

I. As imagens do corpo em decomposição sugerem a degradação moral dos homens.
II. A linguagem contradiz a tradição poética sentimentalista.
III. As influências do Naturalismo e do Simbolismo se estabelecem em torno do cientificismo e da decadência do eu.
IV. Os críticos do único livro de Augusto dos Anjos observam sua militância político-ideológica, que o coloca entre os principais poetas brasileiros de inclinação socialista.

(A) F, V, V, V
(B) V, V, V, F
(C) F, V, V, F
(D) V, F, V, F
(E) V, F, F, F

17ª Questão. A linguagem orgânica, cientificista, com termos advindos da química, causou estranhamento na crítica da época. O estilo de Augusto dos Anjos não se enquadrou nem mesmo dentro das escolas às quais ele era contemporâneo, a saber:

(A) Romantismo e Barroco.
(B) Naturalismo e Arcadismo.
(C) Barroco e Parnasianismo.
(D) Simbolismo e Parnasianismo.
(E) Realismo e Barroco.

18ª Questão. Verifica-se no poema:

(A) Quatorze versos, brancos e livres, distribuídos igualmente entre quatro estrofes.
(B) Dois quartetos e dois tercetos, que se apresentam sem metrificação.
(C) Versos brancos, mas com métrica, distribuídos aleatoriamente em quatro estrofes.
(D) Versos com rimas fixas, mas sem métrica, distribuídos rigorosamente em dois quartetos e dois tercetos.
(E) Quatorze versos, com rimas e métrica regular, rigorosamente estruturados em dois quartetos e em dois tercetos.

19ª Questão. A forma poética do texto é conhecida como:

(A) Ode (B) Canção de amigo (C) Canção de amor (D) Soneto (E) Écloga

20ª Questão. É possível afirmar que se trata de um poema, porque:

(A) há a exploração dos recursos expressivos da linguagem, como rima, ritmo, versificação e há profusão de metáforas.
(B) identifica-se a intencionalidade de comunicar o estado de espírito do autor em uma linguagem prosaica.
(C) há o padrão culto da língua portuguesa, bem como a presença de um “eu”, retratado de modo objetivo.
(D) a linguagem formal se mistura com as gírias e os modos de falar mais populares.
(E) há uma temática amorosa que projeta um desejo de realização, ainda que no pós-morte.

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