ESPM
– 2011 – 2º Semestre – Prova de Língua Portuguesa
Texto
para as questões de 1 a 8
A
pizza e o strogonoff
EM
BRASÍLIA, o clima tem sido denso de fofocas, expressão popular que os comentaristas
políticos, sérios, conspícuos¹, traduzem por “tensão”. E aqui entre nós, as
tensões
têm sido muitas e graves: quebra de sigilo na Receita Federal, escândalos na
Casa Civil, longuíssima e inútil discussão no Supremo Tribunal Federal sobre a
lei da
Ficha
Limpa, nepotismo diversificado e, menos recente, o mensalão envolvendo parlamentares,
prisão de políticos, desentupido tráfico de influência, corrupção em várias
modalidades e por aí vai.
Como
se não bastassem as tensões brasílicas, fatos e versões vindos de outras praças
fazem o rei, o clero e o povo ficarem assanhados: previdência social
deficitária, restri-
ções
à liberdade de imprensa, possibilidade de um segundo turno, Tiririca garantindo
que terá 1 milhão de votos, o último debate na TV seria sangrento e decisivo, o
diabo.
O
mais interessante é que, em Brasília, todo mundo é bem-informado. E ninguém
fica realmente alarmado. Sou do tempo em que o Rio era a capital federal, e uma
fofoca na rua do Ouvidor, um incidente no Golden Room do Copacabana Palace ou
uma dor de barriga mais virulenta no líder do governo faziam o país estremecer,
os tanques desciam da Vila Militar, o líder da oposição subia à tribuna no grande
expediente e declarava, aos berros ou em prantos, que o país estava à beira do
caos, a pátria finalmente precipitada no abismo.
(...)
Em
Brasília não tem nada disso. O clima é tenso, a dívida é alta, os juros
altíssimos, ninguém sabe onde está a saída - e parece que ninguém quer sair de
lugar nenhum. Mas, à noite, vão todos aos coquetéis, às recepções e às
homenagens a isso ou àquilo. A capital federal é, de longe, a cidade que mais
importância dá a essas reuniões provincianas, onde depois dos discursos e
canapés com palito espetando as azeitonas, serve-se um jantar dançante à base de
“Moonlight Serenade”, o foco de luz multicolorido passeando pelo salão para dar
clima de musical da Metro dos anos 50.
Não se trata de saudosismo nem de
patriotismo deficiente. Mas prefiro os tempos das crises mais cruas, que
traziam o Regimento Sampaio para acampar na praça da República, faziam os
rádios tocar os dobrados militares de praxe, os jornais vendiam mais e tudo
terminava deixando no ar a necessidade de uma nova crise para consertar as
coisas.
Nada se resolvia, todos permaneciam nas
posições em que estavam. Não é necessário citar “O Leopardo” de Lampedusa: é
preciso de vez em quando agitar as coisas para
que
tudo continue como sempre.
Naquele tempo, a pizza ainda não havia
entrado no mercado, de maneira que tudo terminava em strogonoff, iguaria então
recente e que estava em moda. Era, segundo se dizia na época, de particular
estima das esposas dos oficiais do Estado-Maior.
Havia até mesmo uma teoria sociológica
para explicar o apego dos militares pelos cargos públicos: provado uma vez, o
strogonoff subia ao patamar de símbolo do poder.
Rasgavam
a Constituição para terem direito permanente ao prato que só era servido na
boate Vogue, trazido para nossas plagas² pelo barão von Stuckart, barão não sei
de onde, acho que do império austríaco.
(Carlos
Heitor Cony, Folha de S. Paulo - 01/10/2010)
¹Conspícuo: sério, grave, respeitável
²Plaga: região, país
QUESTÃO
01 - Dentre
outras ideias, o texto procura:
a)
Estabelecer as divergências ideológicas entre a sociedade brasiliense do
presente e a sociedade carioca do passado, elogiando a abundância de
informação.
b)
Associar as variações do modo de encarar os problemas sociais com as variações
culinárias de uma época para outra.
c)
Contrapor a bem informada sociedade brasiliense de hoje com a pouca informada
sociedade carioca de outrora.
d)
Ressaltar as diferentes reações no passado e no presente ante as tensões
sociais e políticas do país.
e)
Criticar a indiferença da população de Brasília e a preocupação exagerada da
população do Rio ante as tensões sociais.
QUESTÃO
02 - A
frase do autor: “O mais interessante é que, em Brasília, todo mundo é
bem-informado” (3o parágrafo) revela:
a)
Surpresa, ao perceber que há uma riqueza de informações no presente, fato não
constatado na época em que a capital federal era no Rio.
b)
Ironia, ao constatar que na capital federal há ciência dos escândalos e, no
entanto, há também uma apatia ou negligência ante esses mesmos fatos.
c)
Lamentação, ao verificar que Brasília se preocupa bastante com o “clima denso
de fofocas”, preocupação essa inexistente no Rio de outrora.
d)
Sarcasmo, ao destacar que há supremacia de conhecimentos na capital federal em
relação às demais capitais do país.
e)
Tristeza, ao descobrir que em Brasília a profusão de informações não é
devidamente aproveitada para a solução dos problemas sociais e políticos do
país.
QUESTÃO
03 - “Em
Brasília não tem nada disso” (4o parágrafo). O termo em destaque faz
referência:
a)
ao grande alvoroço gerado por escândalos na política.
b)
à vasta repercussão social causada por graves tensões.
c)
ao enorme estardalhaço provocado por fatos banais ou insignificantes.
d)
à solene indiferença ante o clima tenso da nação.
e)
ao alarmismo devido à dívida alta e juros altíssimos.
QUESTÃO
04 - Contrapondo-se
ao clima tenso, as noites brasilienses são para o autor:
a)
Fúteis e desprovidas de importância.
b)
Glamourosas e com muito requinte.
c)
Saudosistas e com certo luxo.
d)
Charmosas e disputadas pela elite.
e)
Movimentadas e com aspectos hollywodianos.
QUESTÃO
05 - Com
a frase “tudo terminava em strogonoff”, conclui-se do texto que:
a)
Embora haja semelhanças de atitude no passado (Rio) e no presente (Brasília),
os problemas graves eram resolvidos em ambos os momentos.
b)
Embora haja semelhanças de atitude no passado (Rio) e no presente (Brasília),
as tensões não eram resolvidas em ambos os momentos.
c)
Embora haja diferenças de atitude no passado (Rio) e no presente (Brasília), as
crises eram resolvidas pelos militares.
d)
Embora haja diferenças de atitude no passado (Rio) e no presente (Brasília), os
conflitos sociais terminavam numa grande festança.
e)
Embora haja diferenças de atitude no passado (Rio) e no presente (Brasília), as
tensões não eram resolvidas, não davam em nada.
QUESTÃO
06 - Ao
lado de uma linguagem formal, o autor lança mão de uma linguagem coloquial.
Assinale o item em que NÃO há traços de coloquialidade:
a)
“expressão popular que os comentaristas políticos, sérios, conspícuos, traduzem
por ‘tensão’.”
b)
“corrupção em várias modalidades e por
aí vai.”
c)
“o último debate na TV seria sangrento e decisivo, o diabo.”
d)
“uma dor de barriga mais virulenta no líder do governo”
e)
“trazido para nossas plagas pelo barão von Stuckart, barão não sei de onde,
acho que do império austríaco.”
QUESTÃO
07 - Na
oração: “Como se não bastassem as tensões brasílicas” (2o parágrafo), o
segmento em destaque estabelece com a oração seguinte a ideia de:
a)
Causa b)
Conclusão c)
Adição d)
Oposição e)
Consequência
QUESTÃO
08 - A
frase: “...ninguém sabe onde está a saída - e parece que ninguém quer sair de
lugar nenhum” só NÃO revela:
a)
Apatia b)
Comodismo c)
Negligência d)
Indolência e)
Nepotismo
QUESTÃO
09 - Em
todos os itens ocorre uma distorção semântica ou ambiguidade no título da
matéria em relação ao corpo noticioso, exceto em um deles. Assinale-o:
a)
Garoto é abandonado em rodovia por ônibus escolar após mau comportamento em SP.
Um garoto de dez anos foi deixado no meio de uma rodovia, em Boituva (121 km de
SP), a cerca de 2 km da escola, pelo transporte escolar, como punição por mau
comportamento, nesta terça-feira ((7).
b)
Bombardeio na Líbia foi intenso na segunda noite de ataque das forças de
coalizão. A coalizão militar internacional que impôs uma zona de exclusão aérea
na Líbia disparou entre 10 a 12 mísseis contra alvos durante a noite, segundo
informações do porta-voz do Comando da áfrica, Vince Crawley.
c)
SP registra 32% de chuva mensal esperada em um dia, segundo Centro de Gerenciamento
de Emergências. O CGE registrou um volume de 65 milímetros de chuva, em média,
na cidade de São Paulo na segundafeira (13). Este número representa 32% do
volume esperado para o mês de dezembro (201 milímetros).
d)
PF prende procuradora acusada de corrupção no DF. A promotora Deborah Guerner
foi presa pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira em Brasília. Ela é
investigada por suspeita de tráfico de influência na operação Caixa de Pandora
de 2009, que apura esquema de coleta e distribuição de propina.
e)
Andres Iniesta e David Villa viram estátua de cera na Espanha. O Museu de Cera
de Madri inaugurou nesta terça-feira as estátuas de David Villa e Andres
Iniesta, jogadores de futebol da seleção espanhola.
QUESTÃO
10 - Assinale
a afirmação INCORRETA sobre a propaganda:
a)
O texto trabalha com uma aparente contradição, ao relacionar a expressão “inesquecível”
à expressão de proximidade semântica “não lembra”.
b)
O segmento “a que você não lembra de nada” é ambíguo, pois em princípio teria
uma conotação pejorativa e no texto deixou de tê-la.
c)
A imagem da chama, além de reforçar o nome do produto, sugere a ideia de
potencializar as energias.
d)
O texto busca associar a positividade de uma noite prazerosa à negatividade de possíveis
acontecimentos desagradáveis.
e)
Comum na linguagem coloquial, o texto apresenta uma transgressão, segundo os
preceitos gramaticais, de regência verbal.
QUESTÃO
11 - Nas
frases abaixo, as ocorrências do vocábulo “NÃO” estão isentas de valor
negativo, exceto em uma. Assinale-a:
a)
Atendendo ao cliente, o balconista da loja disse: “Pois não!”
b)
A sociedade deve saber dar um basta, um grande não a todas as formas de
opressão e preconceito.
c)
O que a opinião pública não vai dizer quando souber que policiais rodoviários
estavam envolvidos em seqüestro de motoristas de caminhões?
d)
Quantas tramas políticas não deve haver nas intervenções militares dos
americanos!
e)
A partir do momento em que assumir o cargo de deputado estadual, João Beltrão,
56, não pode ser preso preventivamente. Só em flagrante.
QUESTÃO
12 - Nas
frases abaixo, retiradas do romance “Tieta do Agreste” de Jorge Amado, o pronome
“LHE” exerce a função de possessivo, exceto em uma. Assinale-a:
a)
“o reflexo do sol cega-lhe os olhos”
b)
“a deslumbrante imensidão da cama de noiva que lhe coube.”
c)
“o vento corta-lhe a pele”
d)
“O desafio bate na face... ergue-lhe as forças, ...”
e)
“sente a mão pesada segurar-lhe o braço...”
Bocage (1765-1805) |
Incultas
produções da mocidade
Exponho
a vossos olhos, ó leitores:
Vede-as
com mágoa, vede-as com piedade,
Que
elas buscam piedade, e não louvores.
Ponderai
da Fortuna a variedade
Nos
meus suspiros, lágrimas e amores;
Notai
dos males seus a imensidade,
A
curta duração dos seus favores;
E
se entre versos mil de sentimento
Encontrardes
alguns, cuja aparência
Indique
festival contentamento,
Crede,
ó mortais, que foram com violência
Escritos
pela mão do Fingimento,
Cantados
pela voz da Dependência.
(Bocage)
Que:
porque
Ponderai:
considerai
Fortuna:
destino
Sentimento:
pesar, tristeza, desgosto, mágoa
Festival:
entusiástico
QUESTÃO
13 - Bocage
foi um dos maiores sonetistas da Literatura Portuguesa e o poema acima um dos
mais conhecidos de sua obra. Assinale a afirmação NÃO pertinente:
a)
Dirigindo-se aos leitores, o poeta avalia com desprezo e desfaçatez a própria
obra poética (“incultas produções”).
b)
O poeta declara que seus textos não merecem louvores porque seus sentimentos
não foram verdadeiros.
c)
Numa postura humilde, o poeta pede aos impiedosos leitores compaixão para seus
escritos.
d)
Nos versos 5 e 6, o poeta pede para levar em conta os acasos do destino
presentes em seus “suspiros, lágrimas e amores”.
e)
O poeta pede também para perceber o disparate, proporcionado pelo destino,
entre os benefícios - poucos e curtos - e os males - abundantes.
QUESTÃO
14 - Assinale
a afirmação NÃO pertinente:
a)
O poeta confessa ter recorrido à violência para escrever seus versos.
b)
A expressão “mão do Fingimento” indica o caráter falso e artificial de seus
poemas.
c)
A expressão “voz da Dependência” sugere o fato de o poeta estar preso a um
modismo literário (no caso, o Arcadismo).
d)
Fingimento e artificialismo são recorrentes na poesia árcade, à qual o poeta se
filia.
e)
Possíveis versos de contentamento seriam só de aparência, não verdadeiros.
QUESTÃO
15 - Muito
comum na poesia, embora não no período literário a que Bocage pertence, a figura
de linguagem chamada hipérbato aparece em várias passagens desse poema. Além
disso, constatam-se alguns casos de zeugma. Encontre essas figuras de linguagem
respectivamente no 1o e no 2o versos de um dos pares abaixo.
a)
“Notai dos males seus a imensidade,”
“Encontrardes
alguns, cuja aparência”
b)
“Vede-as com mágoa, vede-as com piedade,
Que
elas buscam piedade, e não louvores.”
c)
“Nos meus suspiros, lágrimas e amores”
“Crede,
ó mortais, que foram com violência”
d)
“A curta duração dos seus favores;”
“Ponderai
da Fortuna a variedade”
e)
“Escritos pela mão do Fingimento,
Cantados
pela voz da Dependência.”
XVII
– OS VERMES
(...)
Catei os próprios vermes dos livros, para que me dissessem o que havia nos
textos roídos por eles.
−
Meu senhor, respondeu-me um longo verme gordo, nós não sabemos absolutamente nada
dos textos que roemos, nem escolhemos o que roemos, nem amamos ou detestamos o
que roemos; nós roemos.
Não
lhe arranquei mais nada. Os outros todos, como se houvessem passado palavra,
repetiam a mesma cantilena. Talvez esse discreto silêncio sobre os textos
roídos fosse ainda um modo de roer o roído.
(Dom
Casmurro, Machado de Assis)
QUESTÃO
16 - O
trecho em questão caracteriza um procedimento metalinguístico do autor.
Assinale a afirmação NÃO condizente:
a)
A fala do “verme gordo” pode ser entendida como a total indiferença em relação
aos textos escritos.
b)
Transpassa a ideia de que se lê por ler, ou seja, lê-se muitas vezes por
obrigação, sem consciência do ato em si.
c)
A expressão “roer o roído” é passível de ser lida, dentro do contexto, como
“roer o ruído”, remetendo à produção do silêncio.
d)
A expressão “Passado palavra” remete à alienação mental e à renúncia aos
compromissos editoriais.
e)
O trecho pode ser visto também como uma alusão à passagem inexorável do tempo.
QUESTÃO
17 - Leia:
Atrás
de portas fechadas,
à
luz de velas acesas,
brilham
fardas e casacas,
junto
com batinas pretas.
E
há finas mãos pensativas,
entre
galões, sedas, rendas,
e
há grossas mãos vigorosas,
de
unhas fortes, duras veias,
e
há mãos de púlpito e há altares,
de
Evangelhos, cruzes, bênçãos.
(Cecília
Meireles)
O
trecho acima foi extraído de Romanceiro da Inconfidência, poemas narrativos inspirados
em Tiradentes, nos poetas árcades e em outros inconfidentes. Segundo o texto, o
projeto de independência política era elaborado na clandestinidade por um grupo
composto de vários segmentos da sociedade da época. Esses segmentos são
representados por:
a)
metonímias de, respectivamente, burgueses, advogados, intelectuais, mulheres,
garimpeiros e outros elementos do clero.
b)
sinédoques de, respectivamente, administradores, advogados, intelectuais,
burgueses, garimpeiros e frades.
c)
perífrases de, respectivamente, militares, padres, letrados, mulheres,
trabalhadores braçais e frades.
d)
sinédoques de, respectivamente, militares, padres, intelectuais, mulheres,
trabalhadores braçais e outros elementos do clero.
e)
metáforas de, respectivamente, burgueses, padres, intelectuais, mulheres,
trabalhadores braçais e frades.
Datilografia
Traço,
sozinho, no meu cubículo de engenheiro, o plano,
Firmo
o projeto, aqui isolado,
Remoto
até de quem eu sou.
Ao
lado, acompanhamento banalmente sinistro,
O
tique-taque estalado das máquinas de escrever.
Que
náusea da vida!
Que
abjeção esta regularidade!
Que
sono este ser assim!
Outrora,
quando fui outro, eram castelos e cavaleiros
(Ilustrações,
talvez, de qualquer livro de infância),
Outrora,
quando fui verdadeiro ao meu sonho,
Eram
grandes paisagens do Norte, explícitas de neve,
Eram
grandes palmares do Sul, opulentos de verdes.
Outrora.
Ao
lado, acompanhamento banalmente sinistro,
O
tique-taque estalado das máquinas de escrever.
Temos
todos duas vidas:
A
verdadeira, que é a que sonhamos na infância,
E
que continuamos sonhando, adultos, num substrato de névoa;
A
falsa, que é a que vivemos em convivência com outros,
Que
é a prática, a útil,
Aquela
em que acabam por nos meter num caixão.
Na
outra não há caixões, nem mortes,
Há
só ilustrações de infância:
Grandes
livros coloridos, para ver mas não ler;
Grandes
páginas de cores para recordar mais tarde.
Na
outra somos nós,
Na
outra vivemos;
Nesta
morremos, que é o que viver quer dizer;
Neste
momento, pela náusea, vivo na outra...
Mas
ao lado, acompanhamento
banalmente
sinistro,
Ergue
a voz o tique-taque
estalado
das máquinas
de
escrever.
(Álvaro
de Campos)
QUESTÃO
18 - Álvaro
de Campos, um dos heterônimos de Fernando Pessoa, é o poeta angustiado do século
XX, urbano, descrente dos valores tradicionais. Sobre o poema acima, assinale a
afirmação
NÃO condizente:
a)
Nos primeiros versos, o trabalho em seu escritório é realçado pela solidão e
perda da identidade.
b)
Há uma oposição básica no texto entre a vida anterior, da infância, onírica,
verdadeira e feliz, e a vida adulta presente, falsa e infeliz.
c)
De teor niilista ou profundamente pessimista, o “eu” poético aponta o aspecto
angustiante de uma existência repetitiva e enfadonha.
d)
Ressalta a infeliz necessidade de se viver de aparências na sociedade, fato que
aprisiona e mata o ser humano.
e)
Lamenta o fato de não ter conseguido ler os “grandes livros coloridos” da
infância, apenas visto suas ilustrações.
QUESTÃO
19 - Assinale
a afirmação INCORRETA sobre o poema:
a)
o eu poético reitera o incômodo crescente e neurótico do barulho da máquina de
escrever.
b)
o tique-taque da máquina de escrever sugere a repetição e a monotonia da
existência.
c)
apesar do estorvo, a máquina de escrever ainda extasia o engenheiro,
considerada como exemplo máximo de modernidade.
d)
a expressão “acompanhamento banalmente sinistro” realça o aspecto da morte em
vida, como se fosse um cortejo fúnebre.
e)
nos últimos versos, o ruído da máquina de escrever ganha proporções tais que há
uma personificação.
QUESTÃO
20 - Os
versos abaixo revelam traços característicos e biográficos do que
tradicionalmente se conhece de Álvaro de Campos. Assinale o verso que
diretamente expressa aversão à monotonia da vida:
a)
Traço, sozinho, no meu cubículo de engenheiro, o plano.”
b)
“Remoto até de quem eu sou.”
c)
“Grandes livros coloridos, para ver mas não ler;”
d)
“Que abjeção essa regularidade!”
e)
“Outrora, quando fui outro, eram castelos e cavaleiros.”
1 – D 2 – B 3 – C 4 – A 5 – E 6 – A 7 – C
8 –
E 9 – B 10 – D 11 – E 12 – B 13 – C 14 – A
15 – A 16 – D 17 – D 18
– E 19 – C 20 – DLeia também:
Fatec 2005 – 2º Semestre - Prova de Língua Portuguesa
Mackenzie – Prova de Língua Portuguesa - 2º Semestre de 2011 – Processos de transferência interna e transferência externa
Conheça as apostilas do blog Veredas da Língua. Clique em uma das imagens abaixo e saiba como adquiri-las.
PREPARE-SE PARA OS PRINCIPAIS VESTIBULARES DO PAÍS. ADQUIRA AGORA MESMO O PROGRAMA 500 TEMAS DE REDAÇÃO!
|
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário