Tema de Redação - UFG - 2010 - 2º Semestre
Instruções
A prova de redação apresenta três
propostas de construção textual. Para produzir o seu texto, você deve escolher
um dos gêneros indicados abaixo:
A – Depoimento
B – Relatório
C – Carta argumentativa
O tema é único para os três gêneros
e deve ser desenvolvido segundo a proposta escolhida. A fuga do tema ou cópia
da coletânea anulam a redação. A leitura da coletânea é obrigatória e sua
utilização deve estar a serviço do seu texto. Independentemente do gênero
escolhido, a redação NÃO deve ser assinada.
Tema: BRASIL, PAÍS DO
FUTURO: UFANISMO OU COMPLEXO DE VIRA-LATA?
Coletânea
1. NEM MITO
NEM REALIDADE
Nos dias que correm, não há como não
nos lembrarmos de Stefan Zweig e de seu "Brasil – Um país do futuro",
publicado em 1941.
Como se sabe, Zweig, um judeu
austríaco, conheceu o Rio de Janeiro em 1936 e voltou com a mulher quatro anos depois,
fugindo dos nazistas e abandonando uma Europa envolvida em sangrenta guerra
motivada em parte por ódios raciais.
O país o fascinara desde o primeiro
encontro. Sobretudo, causou-lhe forte impressão a imensa salada étnica que viu
nas ruas do Rio de Janeiro.
Esse impacto inicial não esmoreceu
até sua morte e a da mulher, em Petrópolis (RJ), em 1942. Ele refletiu-se com nitidez
no apanhado que fez da história brasileira no primeiro capítulo do livro.
Os fatos são tirados dos manuais
conhecidos. Mas o viés da narrativa é o mesmo do livro do conde Affonso Celso, "Por
Que Me Ufano do Meu País", publicado em 1900.
O povo brasileiro seria dotado de um
caráter congênito em que sobressairiam a tolerância, sobretudo a racial, o
espírito de conciliação, a tendência à solução pacífica dos conflitos internos
e externos.
A essas qualidades se acrescentava o
dom de uma natureza rica e generosa. Com tais atributos, o Brasil estava, segundo
ele, destinado a apresentar ao mundo, sobre os escombros da Europa, um novo
modelo de civilização. O Brasil era o país do futuro.
O livro de Zweig inscreve-se em
longa tradição nacional que vem alternando, em termos extremados, visões
negativas e positivas de nosso povo. Os que veem nele qualidades foram chamados
de ufanistas, como Affonso Celso, ou, em linguagem popular, de "turma do
oba-oba". Os que nele só enxergam mazelas foram estigmatizados por Nelson
Rodrigues como vítimas do complexo de vira-lata.
Futebol e
euforia
Criou-se um paradoxo e uma
frustração: como é possível que, com uma terra dessas, não consigamos construir
um grande país, uma grande potência, como fizeram os Estados Unidos? Numa terra
radiosa, vive um povo triste, sentenciou Paulo Prado em "Retrato do
Brasil". O título do livro de Zweig transformou-se em ironia: somos, e
sempre seremos, o país do futuro.
Houve de vez em quando em nossa
história surtos de euforia. Para não ir longe, o mais óbvio, ainda vivo na
memória de muitos, foi o dos "anos dourados" de Juscelino Kubitschek
[1956-61].
Combinaram-se vários fatores
positivos: a inspiração de um presidente democrático, altas taxas de
crescimento, uma explosão de criatividade na literatura, no cinema, nas artes
e, principalmente, uma taça Jules Rimet.
O que poderia ter sido o surto
seguinte, nos anos 1970, com o alto crescimento, sonhos de Brasil grande
potência e mais uma Copa do Mundo, foi abordado pela falta de liberdade. A
seguir vieram longos anos de pessimismo, de vira-latismo.
Sem milagres
Desde o plano Real vêm sendo
construídas as condições para um novo surto.
Trabalho e sorte acabaram por fazer
ressurgirem os ingredientes clássicos: uma liderança presidencial inspiradora, uma
economia em ordem, embora não tão dinâmica, um presente da natureza no pré-sal,
uma Copa do Mundo em 2014, Jogos Olímpicos em 2016.
Novos sonhos de Brasil grande, já
adormecidos, renasceram na política externa. As condições internas e externas parecem
mais favoráveis do que nunca para a decolagem.
Há, no entanto, um grande inimigo da
vitória sobre o vira-latismo: a invasão do oba-obismo. Nada está garantido. O crescimento
econômico pode não deslanchar, a Copa e a Olimpíada podem fracassar, a
abundância do petróleo pode transformar-se em maldição.
Apesar de todas as grandes melhoras
recentes, o país continua sendo campeão de desigualdades, apresenta níveis vergonhosos
de escolaridade, instituições pouco confiáveis, cidades dominadas pela
violência, depredação da fantástica natureza.
Êxito mais duradouro desta vez
dependerá de trabalho duro em todas as frentes reconhecidamente indispensáveis para
a decolagem. Dependerá da ausência de oba-oba. Não haverá milagres. Nem
pessimismo nem euforia levam a lugar nenhum.
Melhor dito, levam apenas ao país do
futuro. Não era certamente isso que Stefan Zweig pressagiava para nós.
CARVALHO, José
Murilo de. Folha de S. Paulo. São Paulo, 18 out. 2009, p. 4. Caderno
Mais.
2. CONSCIÊNCIA:
O NOVO TREM DA HISTÓRIA
Fruto do trabalho hercúleo de todos
os brasileiros, o país pós-redemocratização, ao se comprometer com os valores fundantes
da democracia, da justiça e da equalização de oportunidades, promoveu e
construiu um ambiente de maturidade e aperfeiçoamento da sociedade e de suas
instituições. Consolidou a democracia e reconstruiu a economia. Criou uma nova
história.
Credor do FMI, exportador de
multinacionais, nova paixão do capital internacional, o Brasil, da Copa do
Mundo, da Olimpíada, das megaproduções minerais, agrícolas e automobilísticas e
potência petrolífera do pré-sal, confirma em gênero e grau que é abençoado por
Deus e bonito por natureza.
O Brasil país do futuro tornou-se
velozmente país do presente. Nasce, assim, um novo país, uma nova cultura,
embalada numa nova mentalidade.
Soerguidos pelos sentimentos de
identidade e pertencimento, descobrimos um país só nosso, único e
extraordinário. Um país que ginga, que cria, que se reinventa e surpreende. Um
país que potencializa suas energias e, na luta e na raça, avança e supera mesmo
os limites imponderados. Nasce, assim, uma nova realidade. Um novo e fulgurante
trem da história chega à estação transbordante de possibilidades, carregado de
oportunidades.
Essa é a nossa nova e grande chance
de reconstruir a nação. De reforçar os fundamentos de unidade, de ampliar e aprofundar
o sentimento de coesão, de autoestima. De corrigir os equívocos e injustiças do
presente, de reparar as graves omissões do passado.
Brasil, potência do presente, não
terá futuro se insistir em ser gigante com pés de barro. Identidade e
pertencimento são, assim, a síntese, a evidência e a apresentação acabada e
esclarecedora do novo sentido do povo brasileiro. Sem identidade não existe
igualdade. Sem identidade e pertencimento não existe Estado ou nação. Não
existe país. Essa é a nossa consciência que devolve o Brasil ao seu leito
natural.
Acordados de um sono profundo,
podemos agora enxergar o mundo real e maravilhoso que sempre esteve diante de
nós. Somos um país de homens e mulheres de muitas origens e de todos os
matizes. Somos negros, brancos, verdes e amarelos. Somos diversos. Somos
diferentes e nos sentimos felizes e orgulhosos de nossa identidade. Somos
fortes e potência porque trabalhamos coletivamente para o progresso e a riqueza
da nação.
VICENTE, José.
Disponível em:
<www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2011200908.htm>. Acesso em: 30 mar. 2010.
<www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2011200908.htm>. Acesso em: 30 mar. 2010.
3. POR QUE ME
UFANO DO MEU PAÍS
Capítulo: Resumo
das grandezas do Brasil
Affonso Celso
(1900)
Ficou
demonstrado que:
— O Brasil constitui
um dos mais vastos países da terra, capaz de conter toda a população nela
existente;
— Reúne imensas
vantagens a essa grandeza territorial, quais a situação geográfica, a
homogeneidade material e moral, o progresso constante;
— É belíssimo —
encerrando maravilhas sem êmulas no universo, como o Amazonas, a cachoeira de
Paulo Afonso, a floresta virgem, a baía do Rio de Janeiro;
— Possui
riquezas incalculáveis, — tudo quanto de precioso se encontra no globo;
— Goza de
perpétua primavera, sem jamais conhecer temperaturas extremas;
— Não sofre as
calamidades que costumam afligir a humanidade: — vulcões, terremotos, ciclones,
inundações, abundância de animais ferozes;
— Resulta a sua
população da fusão de três dignas e valorosas raças;
— Bom, pacífico,
ordeiro, serviçal, sensível, sem preconceitos, não deturpa o caráter desse povo
nenhum vício que lhe seja peculiar, ou defeito insusceptível de correção;
— Nunca sofreu
humilhações, nunca fez mal, nunca perdeu uma polegada do seu solo, nunca foi
vencido, antes tem vencido poderosas nações;
— Sempre
procedeu honesta e cavalheirosamente para com os outros povos, livrando, com
absoluta abnegação, de odiosas tiranias seus vizinhos mais fracos;
— Cheio de
curiosidades naturais, depara elevadas glórias a quem o estudar e amar;
— Na sua
história, relacionada com os mais notáveis acontecimentos da espécie humana,
escasseiam guerras civis e efusões de sangue, sobejando feitos heroicos,
formosas legendas, preclaras figuras, luminosos exemplos;
— Primeiro país
autônomo da América Latina, segundo do Novo Mundo, sempre manifestou espírito
de independência, desfrutou liberdades desconhecidas em outras nações,
mostrou-se apto para todas as melhorias, produziu representantes distintos em
qualquer ramo da atividade social, resolveu com calma e sensatez, à luz do
direito, a
maior parte das
suas questões, acolheu carinhosamente quem quer que o procurasse, aumentou sem
cessar.
— Nestas
condições, o Brasil é um país privilegiado, reunindo elementos que lhe conferem
primazia sobre todos os mais. Importa ingratidão para com a Providência invejar
outras nações, não nutrir a ufania de ter nascido brasileiro.
Foi belo o quinhão que nos coube.
Outros povos apenas se avantajam ao nosso naquilo que a idade secular lhes conquistou.
O Brasil poderá tornar-se o que eles são. Eles nunca serão o que é o Brasil.
CELSO, Affonso.
(versão para Book e books Brasil). Por que me ufano do meu país. Fonte
digital. Digitalização de edição em papel. Laemert & C. Livreiros-Editores, 1908.
4. POR QUE ME
UFANO DO MEU PAÍS
Não sou o Affonso Celso, embora
nossos nomes se pareçam, mas hoje também posso dizer que me ufano do meu país.
Meu ufanismo pode ser menos ingênuo como, dizem, era o daquele conde
monarquista. Ainda assim, não deixa de ter sua dose de otimismo crédulo. Quem
vem de longe, como dizia o saudoso Caudilho Brizola, sabe bem do que estou
falando.
E não é apenas pela nossa recente
conquista de 2016. Claro, estou superentusiasmado e patriótico, mas já vivi
outras conquistas que não foram capazes de eliminar um sentimento de
frustração. Eu estava em Brasília quando o Brasil ganhou o tricampeonato
mundial de futebol. Participei como toda gente da festa na Asa Sul e ouvi a
multidão cantar Eu te amo meu Brasil, hino de Don e Ravel, mas eu não
cantei. Do mesmo modo que meus amigos da época, não compartilhei da alegria da
ditadura. Também detestava o patropi do Simonal, que achávamos grotesco e hoje
há quem tente reabilitar sua figura.
Sei que agora a situação é
diferente. Depois de anos de luta pela redemocratização do país e dos tempos
melancólicos na Nova República, da era de privatização de FHC, tenho (temos) o
que comemorar. É verdade que não chegamos ao paraíso.
Quando vou para o trabalho aqui no centrão de Sampa, tropeço em todo tipo de
destroços humanos: drogados, crianças dormindo na rua (não há marquises nem
viadutos suficientes), camelôs, homens-sanduíche, prostitutas e prostitutos em
vias públicas, enfim, o inferno na terra. Não tenho dúvida de que o
bolsa-família é paliativo e que, além disso, não abarca o universo da miséria
cruel.
FERREIRA,
Antônio Celso. Impertinências. Disponível em:
<http://acimpertinencias.blogspot.com/2009/10/por-que-me-ufano-do-meu-pais.html.>.
Acesso em: 30 mar. 2010.
5. AS RAÍZES
DA CORRUPÇÃO
Segundo o último levantamento da
Transparência Nacional, divulgado em novembro, o Brasil ocupa a 75ª posição no ranking
das nações mais corruptas do planeta. O país teve uma nota de 3,7 em uma
escala que vai de zero (países mais corruptos) a 10 (países considerados pouco
corruptos). Foram analisadas 180 nações. Em relação ao ano anterior, o Brasil
melhorou cinco posições. A Transparência faz pesquisas com especialistas de
cada país, que avaliam a presença da corrupção nas instituições públicas
locais. Com base nessas avaliações, são dadas as notas a cada nação e monta-se
um ranking. Segundo a ONG, os problemas do Brasil e da América Latina
são instituições fracas, burocracia extrema, excesso de influência privada
sobre o setor público e restrições à liberdade de imprensa.
VEJA, São Paulo,
9 nov. 2009, p. 84-85.
6. AQUARELA
DO BRASIL
Brasil!
Meu Brasil brasileiro
Meu mulado
inzoneiro
Vou cantar-te
nos meus versos
O Brasil, samba
que dá
Bamboleio, que
faz gingar
O Brasil, do meu
amor
Terra de Nosso
Senhor
Brasil! “Pra
mim! Pra mim, pra mim”
Ah! abre a
cortina do passado
Tira a mãe preta
do cerrado
Bota o rei congo
no congado
Brasil “Pra mim!
Pra mim, pra mim"
Deixa cantar de
novo o trovador
A merencória luz
da lua
Toda canção do
meu amor
Quero ver a sá
dona caminhando
Pelos salões
arrastando
O seu vestido
rendado
Brasil! Pra mim,
pra mim, Brasil!
Brasil!
Terra boa e
gostosa
Da morena
sestrosa
De olhar
indiferente
O Brasil, samba
que dá
bamboleio que
faz gingar
O Brasil, do meu
amor
Terra de Nosso
Senhor
Brasil! Pra mim,
pra mim, pra mim
Oh, esse
coqueiro que dá coco
onde eu amarro a
minha rede
nas noites
claras de luar
Brasil! Pra mim,
pra mim, pra mim.
Ah! e essas
fontes murmurantes
Aonde eu mato a
minha sede
E onde a lua vem
brincar
Ah! esse Brasil
lindo e trigueiro
É o meu Brasil
brasileiro
Terra de samba e
pandeiro
Brasil! Pra mim,
pra mim! Brasil!
Brasil! Pra mim,
Brasil! Brasil!
BARROSO, Ary. Aquarela
do Brasil (ou Aquarela Brasileira). 1939. Odeon 11768A e 11768B. Disponível
em: <http:// www.arybarroso.com.br> Acesso em: 30 mar. 2010.
7. NEGRO
DRAMA
Negro drama,
Entre o sucesso,
e a lama,
Dinheiro,
problemas,
Inveja, luxo,
fama,
[...]
O drama da
Cadeia e Favela,
Túmulo, sangue,
Sirene, choros e
velas,
Passageiro do
Brasil,
São Paulo,
agonia que
sobrevivem,
Em meia zorra e
covardias,
Periferias,
vielas e cortiços,
Você deve tá
pensando,
O que você tem a
ver com isso,
Desde o início,
Por ouro e
prata,
Olha quem morre,
Então veja você
quem mata,
Recebe o mérito,
a farda,
Que pratica o
mal,
me vê, Pobre,
preso ou morto,
Já é cultural,
Histórias,
registros,
Escritos,
Não é conto,
Nem fábula,
Lenda ou mito.
RACIONAIS MC'S. Escolha
o seu caminho, 1992. Grav. RDS. Faixa 5.
8. O OUTRO
BRASIL QUE VEM AÍ
Gilberto Freyre
(1926)
Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os
passos
de outro Brasil
que vem aí
mais tropical
mais fraternal
mais brasileiro.
O mapa desse
Brasil em vez das cores dos Estados
terá as cores
das produções e dos trabalhos.
Os homens desse
Brasil em vez das cores das três raças
terão as cores
das profissões e das regiões.
As mulheres do
Brasil em vez de cores boreais
terão as cores
variamente tropicais.
Todo brasileiro
poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil,
todo brasileiro
e não apenas o bacharel ou o doutor
o preto, o pardo,
o roxo e não apenas o branco e o semibranco.
Qualquer
brasileiro poderá governar esse Brasil
lenhador
lavrador
pescador
vaqueiro
marinheiro
funileiro
carpinteiro
contanto que
seja digno do governo do Brasil [...]
FREYRE,
Gilberto. Casa-grande & senzala. 47. ed. São Paulo: Global, 2003.
v-vi
Propostas de
redação
A – Depoimento
O depoimento é um gênero
discursivo que se caracteriza por narrar fatos reais vividos por uma pessoa e
suas consequências. Para isso, apresenta os elementos essenciais de um texto
narrativo – fatos, pessoas, tempo, lugar –, tendo como narrador o protagonista,
isto é, o personagem principal. Tem por objetivo transmitir uma lição de vida,
algo a ser aprendido por outras pessoas. Nesse caso, o depoimento tem sentido
pedagógico. Também, pode visar mostrar o lado desconhecido de algum
acontecimento trágico, podendo passar a ser importante documento histórico.
Suponha que você esteja vivendo fora
do Brasil há alguns anos e é convidado por um jornalista a escrever um
depoimento que irá integrar uma matéria sobre os sentidos do Brasil para os
brasileiros que emigraram. Sendo assim, você deve narrar fatos vividos por você
dentro e fora do Brasil e demonstrar as consequências desses fatos na sua
percepção do que seja o Brasil hoje. Por meio da narrativa pessoal, você deve
revelar as questões que confirmam ou contradizem o lema “Brasil, país do futuro”.
B – Relatório
O relatório é um gênero
discursivo de natureza analítico-expositiva, no qual são apresentados os
resultados de uma análise de dados coletados durante uma pesquisa. O relatório
de pesquisa ou de atividades conta com uma circulação ampla, pois são feitos
para prestação de contas e podem ser publicados para distribuição geral. Os
interlocutores desse gênero são pessoas que se interessam pelo assunto
abordado, mas nem sempre têm qualquer conhecimento sobre ele. Como tem por objetivo
a apresentação de resultados (de uma pesquisa, de atividades etc.), o relatório
deve conter:
introdução, na
qual os objetivos e a questão central são expostos; apresentação dos dados,
acompanhada de discussão e análise do significado desses dados para a questão
central exposta; e conclusão, na qual os resultados da análise são
apresentados.
Com base nessa explicação, produza
um relatório para uma pesquisa que você tenha feito acerca da atitude do
brasileiro em relação ao seu país. Seu relatório será enviado à Organização para
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OSDE) e divulgado num Encontro
Internacional em que várias nações apresentarão avaliações de seus cidadãos em
relação ao país. Portanto, o relatório, com base em dados da realidade e da
coletânea, deve analisar o que é para o brasileiro viver no Brasil: motivo de
orgulho ou vergonha.
C– Carta
argumentativa
A carta argumentativa é um gênero
discursivo em que o autor do texto dirige-se a um interlocutor específico com o
objetivo de defender um ponto de vista e convencê-lo a mudar de opinião sobre
alguma questão polêmica. Apresenta, de forma articulada, informações, fatos e
argumentos que caracterizam claramente um ponto de vista sobre determinada
questão. Geralmente, esse ponto de vista é diferente daquele defendido pelo
interlocutor a quem a carta foi dirigida.
Diante dos diferentes pontos de
vista relativos ao que é ser brasileiro e viver no Brasil, escreva uma carta
argumentativa para:
a) Racionais
Mc's, se você considera que haja razões para se orgulhar do Brasil;
OU
b) José Vicente,
se você acha que o Brasil não pode ser considerado o país do futuro.
Independentemente de sua escolha,
utilize dados, informações e argumentos para defender seu ponto de vista e
convencer seu interlocutor a mudar de opinião.
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