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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Tema de Redação – FGV – 2018 – 2º semestre – ADMINISTRAÇÃO

Tema de Redação – FGV – 2018 – 2º semestre – ADMINISTRAÇÃO

Reino Unido cria Ministério da Solidão

O Reino Unido nomeou nesta quarta-feira, 17 de janeiro de 2018, pela primeira vez na história, uma ministra da Solidão, para enfrentar o que a primeira-ministra britânica, Theresa May, descreveu como “ a triste realidade da vida moderna”. (...) Mais de 9 milhões de pessoas dizem viver permanentemente ou frequentemente sozinhas, de uma população de 65,6 milhões, de acordo com a Cruz Vermelha britânica. A instituição descreve a solidão como uma “epidemia oculta”, afetando pessoas de todas as idades e em todos os momentos de suas vidas, como durante a aposentadoria, na morte do parceiro ou na separação.

Deutsche Welle (DW Brasil). Consultado em 17/01/2018. Adaptado.

Reino Unido cria Ministério da Solidão para solucionar “triste realidade moderna”

A solidão é um problema crônico da sociedade moderna e pode atingir qualquer pessoa de qualquer idade. Muitas vezes, uma mudança aparentemente comum, como uma criança que muda de escola e não se adapta, é o bastante para abrir essa caixa. Diversos estudos indicam que mais de uma em cada três pessoas dos países ocidentais – o que inclui o Brasil – sente-se sozinha habitualmente ou com frequência. Há vários fatores que culminam nessa taxa, como o envelhecimento da população, o crescimento dos afazeres diários, o pouco tempo de lazer, a falta de contato pessoal trazido pelas redes sociais, mas, principalmente, o isolamento social causado pela farta porção de informações que atingem o ser humano todos os dias. (...)
Os médicos alertam que o isolamento social é uma epidemia crescente que pode ter consequências físicas, mentais e emocionais. A solidão também foi classificada como o maior risco de doença cardíaca, diabetes e câncer, de acordo com os pesquisadores da área da saúde.

www.hypeness.com.br. Consultado em 17/01/2018. Adaptado.

Reino Unido escolhe “Ministra da Solidão”

Um acontecimento que você pode considerar muito sinistro ou simplesmente um sinal dos tempos: o Reino Unido apontou um “Ministro da Solidão” para lidar com uma verdadeira epidemia de tristeza que atinge mais de 9 milhões de britânicos. A primeira-ministra britânica se pronunciou sobre o assunto, afirmando que “para muita gente, a solidão é a realidade da vida moderna”, e é por isso que ela tomou a decisão, apontando Tracey Crouch para o cargo (...).
No Brasil, a solidão é um medo que não esconde seus números: em 2017, uma pesquisa realizada com homens e mulheres acima dos 55 anos pela Sociedade de Geriatria e Gerontologia de São Paulo descobriu que 29% dos entrevistados teme a solidão. Mas pessoas jovens também precisavam enfrentar diariamente a pressão da sociabilidade (ou medo da falta dela). Com as redes sociais e as inovações tecnológicas, novas síndromes já surgiram – como a “fomo” (“fear of missing out” em inglês, algo próximo de “medo de perder a oportunidade”). Sabe aquele sentimento ruim que bate quando você passa pela timeline do Instagram e vê todo mundo se divertindo enquanto você está em casa? É Fomo. Estima-se que a solidão pode estar relacionada a 50% dos suicídios cometidos anualmente – cerca de um milhão.

Lucas Barany, Superinteressante. 17/01/2018. Adaptado.

Ministério da Solidão

E que tal um ministro para a solidão? (...) Confesso que a ideia me parece absurda. (...) Theresa May está errada quando acredita que a solidão é uma “realidade” moderna. Não é. A solidão, tal como a tristeza e o fracasso, faz parte da condição humana, provavelmente desde o momento em que os membros da espécie adquirem consciência de si próprios. Além disso a solidão é, sob certos aspectos, uma condição indispensável à constituição da dimensão reflexiva do sujeito humano. Mas ela também está errada por outro motivo: e se o grande problema da “vida moderna” não for excesso de solidão, mas a sua escassez? A vida moderna é uma gigantesca conspiração para abolir a solidão. Basta escutar os desejos utópicos de um qualquer Zuckerberg ensandecido: para os novos profetas do Vale do Silício, o ideal é atingir um mundo de conversas contínuas, em que a privacidade não passa de uma relíquia – e todos podem espiar todos.

João Pereira Coutinho, Folha de S. Paulo. 20/02/2018. Adaptado.

O que a criação de um “Ministério da Solidão”, no Reino Unido, nos revela sobre as sociedades de nossa época? Tendo em vista as ideias sobre essa questão, presentes nos textos acima reproduzidos, além de outras informações que você considere relevantes, redija uma dissertação em prosa sobre o tema: As sociedades contemporâneas e a solidão.

Instruções:

• A redação deverá seguir as normas da língua escrita culta.
• O texto da redação deverá ter, no mínimo, 20 e, no máximo, 30 linhas escritas. Redações fora desses limites não serão corrigidas e receberão nota zero.
• A redação terá nota zero, caso haja fuga total ao tema ou à estrutura definidos na proposta apresentada.
• Transcreva o rascunho da redação para a folha definitiva. O que estiver escrito na folha de rascunho não será considerado para a correção.
• A redação deverá ser redigida com letra legível e, obrigatoriamente, com caneta de tinta azul ou preta. Redações que não seguirem essas instruções não serão corrigidas, recebendo, portanto, nota zero.
• É recomendável dar um título a sua redação.


www.veredasdalingua.blogspot.com.br

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