Tema de Redação – FGV
– 2018 – 2º semestre – ADMINISTRAÇÃO
Reino Unido cria
Ministério da Solidão
O
Reino Unido nomeou nesta quarta-feira, 17 de janeiro de 2018, pela primeira vez
na história, uma ministra da Solidão, para enfrentar o que a primeira-ministra
britânica, Theresa May, descreveu como “ a triste realidade da vida moderna”. (...) Mais de 9 milhões de pessoas dizem viver
permanentemente ou frequentemente sozinhas, de uma população de 65,6 milhões,
de acordo com a Cruz Vermelha britânica. A instituição descreve a solidão como
uma “epidemia oculta”, afetando pessoas de todas as idades e em todos os
momentos de suas vidas, como durante a aposentadoria, na morte do parceiro ou
na separação.
Deutsche Welle (DW
Brasil). Consultado em 17/01/2018. Adaptado.
Reino Unido cria
Ministério da Solidão para solucionar “triste realidade moderna”
A solidão é um problema crônico da sociedade moderna e pode
atingir qualquer pessoa de qualquer idade. Muitas vezes, uma mudança
aparentemente comum, como uma criança que muda de escola e não se adapta, é o
bastante para abrir essa caixa. Diversos estudos indicam que mais de uma em
cada três pessoas dos países ocidentais – o que inclui o Brasil – sente-se
sozinha habitualmente ou com frequência. Há vários fatores que culminam nessa
taxa, como o envelhecimento da população, o crescimento dos afazeres diários, o
pouco tempo de lazer, a falta de contato pessoal trazido pelas redes sociais,
mas, principalmente, o isolamento social causado pela farta porção de informações
que atingem o ser humano todos os dias. (...)
Os médicos alertam que o isolamento social é uma epidemia
crescente que pode ter consequências físicas, mentais e emocionais. A solidão
também foi classificada como o maior risco de doença cardíaca, diabetes e
câncer, de acordo com os pesquisadores da área da saúde.
www.hypeness.com.br.
Consultado em 17/01/2018. Adaptado.
Reino Unido escolhe
“Ministra da Solidão”
Um acontecimento que você pode considerar muito sinistro ou
simplesmente um sinal dos tempos: o Reino Unido apontou um “Ministro da
Solidão” para lidar com uma verdadeira epidemia de tristeza que atinge mais de
9 milhões de britânicos. A primeira-ministra britânica se pronunciou sobre o
assunto, afirmando que “para muita gente, a solidão é a realidade da vida
moderna”, e é por isso que ela tomou a decisão, apontando Tracey Crouch para o
cargo (...).
No Brasil, a solidão é um medo que não esconde seus
números: em 2017, uma pesquisa realizada com homens e mulheres acima dos 55
anos pela Sociedade de Geriatria e Gerontologia de São Paulo descobriu que 29%
dos entrevistados teme a solidão. Mas pessoas jovens também precisavam
enfrentar diariamente a pressão da sociabilidade (ou medo da falta dela). Com
as redes sociais e as inovações tecnológicas, novas síndromes já surgiram –
como a “fomo” (“fear of missing out” em inglês, algo próximo de “medo de perder
a oportunidade”). Sabe aquele sentimento ruim que bate quando você passa pela timeline do Instagram e vê todo mundo se divertindo
enquanto você está em casa? É Fomo. Estima-se que a solidão pode estar
relacionada a 50% dos suicídios cometidos anualmente – cerca de um milhão.
Lucas Barany, Superinteressante.
17/01/2018. Adaptado.
Ministério da Solidão
E que tal um ministro para a solidão? (...) Confesso que a ideia me parece absurda. (...) Theresa
May está errada quando acredita que a solidão é uma “realidade” moderna. Não é.
A solidão, tal como a tristeza e o fracasso, faz parte da condição humana,
provavelmente desde o momento em que os membros da espécie adquirem consciência
de si próprios. Além disso a solidão é, sob certos aspectos, uma condição
indispensável à constituição da dimensão reflexiva do sujeito humano. Mas ela
também está errada por outro motivo: e se o grande problema da “vida moderna”
não for excesso de solidão, mas a sua escassez? A vida moderna é uma gigantesca
conspiração para abolir a solidão. Basta escutar os desejos utópicos de um
qualquer Zuckerberg ensandecido: para os novos profetas do Vale do Silício, o
ideal é atingir um mundo de conversas contínuas, em que a privacidade não passa
de uma relíquia – e todos podem espiar todos.
João Pereira Coutinho,
Folha de S. Paulo. 20/02/2018. Adaptado.
O que a
criação de um “Ministério da Solidão”, no Reino Unido, nos revela sobre as
sociedades de nossa época? Tendo em vista as ideias sobre essa questão,
presentes nos textos acima reproduzidos, além de outras informações que você
considere relevantes, redija uma dissertação em prosa sobre o tema: As sociedades contemporâneas e a solidão.
Instruções:
• A redação deverá seguir as normas da língua escrita
culta.
• O texto da redação deverá ter, no mínimo, 20 e, no
máximo, 30 linhas escritas. Redações fora desses limites não serão corrigidas e
receberão nota zero.
• A redação terá nota zero, caso haja fuga total ao tema ou
à estrutura definidos na proposta apresentada.
• Transcreva o rascunho da redação para a folha definitiva.
O que estiver escrito na folha de rascunho não será considerado para a
correção.
• A redação deverá ser redigida com letra legível e,
obrigatoriamente, com caneta de tinta azul ou preta. Redações que não seguirem
essas instruções não serão corrigidas, recebendo, portanto, nota zero.
• É recomendável dar um título a sua redação.
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