Tema de Redação – FGV
– 2019 – 1º semestre – ADMINISTRAÇÃO
O otimismo de Steven
Pinker: o melhor dos mundos possíveis
O
novo livro de Steven Pinker (Enlightenment Now) descreve uma visão
idílica do mundo atual apoiada em dados numéricos. Segundo o autor, o mundo é
cerca de 100 vezes mais rico do que há 200 anos e, ao contrário da crença
popular, a riqueza é distribuída de maneira mais uniforme. O total de mortes
nas guerras por ano representa menos de um quarto das mortes na década de 1980
e 0,5% do número de pessoas que morreram na Segunda Guerra Mundial. Ao longo do
século XX, 96% dos americanos correram menos risco de morrerem em um acidente
de automóvel, 92% têm menos chances de morrer em um incêndio e 95% têm menos
probabilidade que aconteça algo fatal no local de trabalho. Em seu livro
anterior mais conhecido, The Better Angels of Our Nature, Pinker mostrou
a diminuição da violência no mundo. Em Enlightenment Now, ele descreve o
progresso contínuo em muitas áreas inspirado nos princípios do Iluminismo do
século XVIII, resumidos por Immanuel Kant na frase, “Ouse saber!”. O comércio e
a tecnologia difundem ideias diferentes e inovadoras, que permitem que os
países ricos acumulem mais riqueza e os mais pobres evoluam.
O
progresso tem sido extraordinariamente rápido. A grande maioria dos americanos
de classe média baixa tem acesso a luxos ignorados pelas famílias riquíssimas
dos Vanderbilt e Astor há 150 anos, como eletricidade, ar condicionado e
televisão. Os vendedores ambulantes do Sudão do Sul têm celulares modernos. Os
novos medicamentos e as condições sanitárias permitem que as pessoas tenham
vidas mais longas e saudáveis. A tecnologia também proporciona mais lazer
preenchido por inúmeras fontes de entretenimento, como a Amazon e a Apple. As
pessoas estão desenvolvendo mais a inteligência. Em todos os lugares do mundo,
as pontuações de QI aumentaram em 30 pontos nos últimos 100 anos. Como explicar
esse fenômeno, uma vez que a inteligência é em grande parte genética? A
resposta seria uma nutrição melhor (“os cérebros são órgãos gulosos”) e mais
estímulo. As crianças frequentam mais as escolas do que em 1900, enquanto no
ambiente familiar e social, o pensamento analítico é incentivado por uma
cultura que se apoia em símbolos visuais, ferramentas analíticas e conceitos
acadêmicos. A crença na igualdade para minorias étnicas e homossexuais aumentou
sensivelmente, como mostram as pesquisas e informações veiculadas na internet.
Até em lugares mais conservadores, novos valores liberais estão se impondo,
como entre os jovens muçulmanos no Oriente Médio.
http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/otimismo-de-steven-pinker/#prettyphoto/0/.
Adaptado.
Vivemos no melhor dos
mundos possíveis?
“Vivemos
no melhor dos mundos possíveis” é uma frase bem conhecida. Sua autoria é do
filósofo, cientista, matemático e diplomata Leibniz (1676-1716). A razão de
tanto otimismo talvez possa ser explicada pelo fato de que ele pôde ter uma
vida tranquila e confortável, afinal Leibniz era um protegido dos aristocratas
do ducado de Brunswick, quando ainda existia o Sacro Império Romano-Germânico.
Religioso, acreditava na intervenção divina, sempre com as melhores das
intenções, visando ao bem de todos. Ainda hoje essa visão do mundo baseada em
sua própria bolha é comum, principalmente entre os ricos e a classe média. Os
ricos por motivos óbvios, afinal eles que detêm todos os meios materiais e
imateriais que garantem uma vida nababesca no topo da hierarquia social; já a
classe média, por estar dentro da esfera do consumo e poder sonhar que um dia
também poderá estar no topo dessa pirâmide.
Assim
como Leibniz, essas duas classes, graças à vida privilegiada que possuem numa
sociedade marcada pela desigualdade social e marginalização, costumam possuir
uma visão e filosofia “umbiguistas” do mundo, logo, para elas, este há de ser o
melhor dos mundos possíveis e praticamente nada precisa ser mudado.
Já
os que ficam prejudicados por conta dessa hierarquia na qual apenas uma minoria
se dá bem, caso questionem ou ameacem essa ordem, logo são taxados de
vagabundos ou considerados caso de polícia. O problema nunca é a ilusão do
“Paraíso”, mas sim a realidade que bate à porta, que mostra ser esse Éden na
verdade uma ilha exclusiva para privilegiados. E a realidade é extremamente
preocupante: segundo o último relatório do Credit Suisse, 1% da
população mundial
concentra metade de toda a riqueza do planeta. Definitivamente há algo de
errado no “Paraíso”… O “melhor dos mundos possíveis” é totalmente dependente de
muros, câmeras de vigilância, polícia, milícias privadas, drones e exércitos
para conseguir existir.
https://voyager1.net/politica/25-imagens-mostram-que-nao-vivemos-no-melhor-dos-mundos-possiveis/.
Adaptado.
Os textos acima
reproduzidos apresentam visões divergentes quanto ao sentido do progresso, as
razões para o otimismo e a crença de que vivemos no melhor dos mundos
possíveis. Tendo em vista as ideias neles contidas e outras informações que você
julgue relevantes, redija uma dissertação em prosa sobre o tema: Vivemos no
melhor dos mundos possíveis?
Instruções:
• A redação deverá
seguir as normas da língua escrita culta.
• O texto da redação
deverá ter, no mínimo, 20 e, no máximo, 30 linhas escritas. Redações fora
desses limites não serão corrigidas e receberão nota zero.
• A redação terá nota
zero, caso haja fuga total ao tema ou à estrutura definidos na proposta
apresentada.
• Transcreva o
rascunho da redação para a folha definitiva. O que estiver escrito na folha de
rascunho não será considerado para a correção.
• A redação deverá ser
redigida com letra legível e, obrigatoriamente, com caneta de tinta azul ou
preta. Redações que não seguirem essas instruções
não serão corrigidas,
recebendo, portanto, nota zero.
• É recomendável dar
um título a sua redação.
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