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quinta-feira, 15 de março de 2012

PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA – CONCURSO PÚBLICO – CARGO: AGENTE DE POLÍCIA CIVIL

PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA – CONCURSO PÚBLICO – CARGO: AGENTE DE POLÍCIA CIVIL – DF – (2004)


TEXTO – DIAGNÓSTICO

O Globo, 15/10/2004

Em oito anos, o número de turistas no Rio de Janeiro dobrou, enquanto os assaltos a turistas foram multiplicados por três, alcançando hoje a média de dez casos por dia. Considerando a importância que o turismo tem para a cidade – que anualmente recebe 5,7 milhões de visitantes de outros estados e do estrangeiro, destes, aliás, quase 40% dos que chegam ao Brasil têm como destino o Rio – é alarmante esse grau crescente de insegurança.
Por   maior que tenha sido a indignação manifestada pelo governo federal, são números que reforçam o alerta do Departamento de Estado americano a agências de turismo dos Estados Unidos, divulgado no início do mês, a respeito do perigo que apresentam o Rio e outras grandes cidades brasileiras.
Não é exagero classificar de urgente a tarefa de fazer o turista se sentir mais seguro no Rio, considerando que os visitantes movimentam 13% da economia da cidade e que dentro de três anos teremos aqui o Pan. Parte da solução é simples: reforçar o policiamento ostensivo. A Secretaria de Segurança do Estado informa que há quase duas centenas de policiais patrulhando a orla, do Leblon ao Leme, mas não é o que se vê – nem é o que percebem os assaltantes.
Muitos destes  aliás, são menores de idade com que o poder público simplesmente não sabe lidar, por falta de ação integrada entre autoridades estaduais e
municipais, empenhadas num jogo de empurra sobre a responsabilidade por tirá-los das ruas. O que lhes confere uma percepção de impunidade que só faz piorar a situação.
Impunidade é também a sensação que resulta do deficiente trabalho de investigação policial: se não se consegue impedir o crime, sua gravação pelas câmeras da orla de pouco serve, pois não há um esquema eficaz de inteligência nem estrutura técnica adequada para seguir pistas.
É fácil atribuir todos os problemas à falta de verbas. Mas é mais justo falar em dinheiro mal aplicado. As próprias autoridades anunciam fartos investimentos em aparato tecnológico contra o crime; o retorno que deveria produzir a aplicação eficiente desse dinheiro seria o que não está acontecendo: a redução a níveis mínimos dos assaltos a turistas.

1- O título Diagnóstico se justifica porque o texto:

a) trata da insegurança como uma doença social;
b) mostra as causas históricas da insegurança na cidade do Rio;
c) indica o conhecimento das causas de determinado fenômeno;
d) aponta os remédios para uma doença observada;
e) faz uma análise científica de um problema atual.

2 - “Em oito anos, o número de turistas no Rio de Janeiro dobrou, enquanto os assaltos a turistas foram multiplicados por três”; essa relação mostra que:

a) a insegurança aumenta quando se reduz o número de turistas;
b) o nº de turistas cresce, apesar dos assaltos;
c) a redução do nº de turistas faz crescer a segurança;
d) quanto mais aumentam os turistas, menos assaltos ocorrem;
e) os turistas aumentam na mesma proporção que os assaltos.

3 -  A frase do texto que apresenta uma dupla possibilidade de concordância verbal é:

a) “...o número de turistas no Rio de Janeiro dobrou...”;
b) “...não há um esquema eficaz de inteligência nem estrutura técnica adequada para seguir pistas”;
c) “...quase 40% dos que chegam...”;
d) “...nem o que percebem os assaltantes”;
e) “...que apresentam o Rio e outras grandes cidades brasileiras”.

4 - “...alcançando HOJE a média de dez casos por dia”; o momento a que se refere o vocábulo em maiúsculas depende da situação em que o  texto se insere. O segmento textual cujo elemento em destaque NÃO representa caso idêntico é:

a) “EM OITO ANOS o número de turistas do Rio de Janeiro dobrou,...”;
b ) “...que ANUALMENTE recebe 5,7 milhões de visitantes...”;
c) “...o alerta do Departamento de Estado americano a agências de turismo dos Estados Unidos, divulgado NO INÍCIO DO MÊS...”
d) “...e que DENTRO DE TRÊS ANOS teremos aqui o Pan”;
e ) “...visitantes de outros estados e do ESTRANGEIRO,...”.

5 - O segmento do texto que tem o antecedente do pronome relativo que ERRADAMENTE indicado é:

a) “Considerando a importância QUE o turismo tem para a cidade...” – importância;
b) “...o turismo tem para a cidade – QUE anualmente recebe 5,7 milhões de visitantes...” – cidade;
c ) “...são números QUE reforçam o alerta doDepartamento de Estado...” – números;
d) “Impunidade é também a sensação QUE resulta do deficiente trabalho...” – impunidade;
e) “...seria o QUE não está acontecendo...” – o.

6 - Entre o primeiro e o segundo período do texto, poderíamos inserir, com a alteração da forma do gerúndio considerando, uma conjunção (adequada ao sentido do texto) tal como:

a) embora;
b) já que;
c) mas;
d) portanto;
e) se.

7 - I – “grau crescente DE INSEGURANÇA”
    II – “agências DE TURISMO”
    III – “trabalho DE INVESTIGAÇÃO POLICIAL”
    IV – “por falta DE AÇÃO INTEGRADA”

Entre os segmentos acima, em maiúsculas, aquele que apresenta função DISTINTA da dos demais é:

a) I;
b) II;
c) III;
d) IV;
e) nenhum deles.

8 - Ao dizer que “não há um esquema eficaz de inteligência”, o autor do texto se refere à(ao):

a) capacidade intelectual dos policiais;
b) possibilidade legal de fazer investigações;
c) estrutura militar da corporação;
d) disponibilidade de um serviço de informações;
e) armamento de grande poder de fogo.

9 - “É fácil atribuir todos os problemas à falta de verbas”; nessa frase, o acento grave indicativo da crase resulta da união de uma preposição com um artigo, o mesmo que ocorre em:

a) servir à francesa;
b) ir àquela praia;
c) entregar o prêmio à de vestido verde;
d) dar àquele homem a condecoração;
e) atribuir a culpa à que está armada.

10 - Entre os argumentos apresentados a favor do trabalho das autoridades competentes para a segurança policial do Rio de Janeiro, só NÃO está:

a) instalação de câmeras na orla;
b) falta de verbas;
c) investimentos em aparato tecnológico;
d) presença de policiais nas praias;
e) policiamento ostensivo.

11- “...informa que há quase duas centenas de policiais...”; o fato de se empregar “duas centenas” e não  “duzentos”  mostra,  por  parte da Secretaria de Segurança do Estado, a intenção de:

a) valorizar a quantidade dos policiais empregados;
b) demonstrar a verdade da afirmação feita;
c) conservar certos modismos da linguagem militar;
d) indicar a pouca importância dos assaltos cometidos;
e) mostrar a imensa disponibilidade de pessoal.

12 - “Por maior que tenha sido a indignação manifestada pelo governo federal...”; tal indignação, referida no primeiro parágrafo do texto, se dirige contra:

a) a Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro;
b) o Departamento de Estado americano;
c) o grande número de assaltos a turistas no Rio;
d) o despreparo da polícia carioca;
e) a redução do número de turistas que se dirigem ao Rio

13 - “POR maior que tenha sido a indignação ...”; “...não sabe lidar, POR falta de ação integrada...”; as duas ocorrências do vocábulo em maiúsculas correspondem semanticamente às idéias de, respectivamente:

a) meio – modo;
b) causa – meio;
c) concessão – causa;
d) modo – explicação;
e) explicação – concessão.

14 - No primeiro parágrafo do texto, o vocábulo RIO DE JANEIRO reaparece designado como CIDADE, a fim de se evitar a repetição de palavras idênticas; nesse caso, após uma palavra de valor específico (Rio de Janeiro), emprega-se outra de valor geral (cidade). Essa mesma estrutura se repete em:

a) Rio de Janeiro – Cidade Maravilhosa;
b) Rio de Janeiro – RJ;
c) Rio de Janeiro – Rio;
d) Rio de Janeiro – capital;
e) Rio de Janeiro – berço do samba.

15 - “Considerando a importância que o turismo TEM...”; “...quase 40% dos que chegam ao Brasil TÊM como destino o Rio...”; “...dentro de três anos TEREMOS aqui o Pan...”; esses segmentos do texto mostram a ampla utilização do verbo TER no lugar de outros verbos de significação mais específica. Os verbos que poderiam substituir, respectivamente, de forma mais adequada, as formas verbais em destaque são:

a) desfrutar - pretender - realizar;
b) mostrar - desejar - desfrutar;
c) possuir - almejar - sediar;
d) apresentar - tentar - receber;
e) alcançar - querer - organizar.

16  -  De  todos os substantivos abaixo,  aquele que apresenta uma formação diferente da dos demais, a partir da palavra primitiva, é:

a) indignação;
b) aplicação;
c) sensação;
d) situação;
e) investigação.

17 - “...técnica adequada para seguir pistas”; o substantivo cognato adequado ao verbo seguir neste caso é:

a) sucessão;
b) seqüência;
c) seqüenciação;
d) seguimento;
e) seguida.

18 - “É fácil atribuir todos os problemas à falta de verbas. Mas é mais justo falar em dinheiro mal aplicado”; nesse segmento do texto há duas idéias, representadas nos dois períodos transcritos; o comentário correto sobre as idéias aqui representadas é:

a) o autor do texto atribui à falta de verbas e à sua má aplicação os problemas com a segurança;
b) o autor do texto não acredita que a falta de verbas seja responsável pela falta de segurança, mas sim a sua má aplicação;
c) o argumento de má aplicação dos recursos é utilizado pelo Estado como desculpa pelos problemas na área de segurança pública;
d) a desculpa da falta de verbas é dada pelo autor do texto como uma maneira de reduzir a culpa do Estado na segurança;
e) a falta de verbas é uma mentira, assim como a má aplicação de recursos, pois o que falta é inteligência, segundo o autor do texto.

19 -  “...não há um esquema EFICAZ de inteligência...”; “...deveria produzir a aplicação EFICIENTE...”; no minidicionário de língua portuguesa de A. Houaiss aparece a definição desses dois adjetivos:

1.  eficiente: que realiza bem suas funções; que traz bons resultados;
2. eficaz: eficiente; seguro, infalível.

Isso mostra que:

a) só o primeiro está bem empregado;
b) só o segundo está bem empregado;
c) os vocábulos podiam trocar de posição, sem alteração de sentido;
d) nenhum dos dois está bem empregado;
e) deveria ser empregado somente um desses adjetivos.

20 - “Muitos destes, aliás, são menores de idade com que o poder público simplesmente não sabe lidar”; a utilização da preposição COM, nesse segmento, é devida à presença do verbo  lidar. A frase abaixo em que a preposição destacada está mal empregada é:

a) Feijoada é o prato DE que mais gosto;
b) Esse é o problema A que me refiro;
c) Não sei mais DE que estamos falando;
d) Não conheço o lugar A que se dirigiu;
e) Esses são os trabalhos DE que lamentaram.

21 - “Muitos destes, aliás, são menores de idade com que o poder  público não sabe  lidar”;  o comentário INCORRETO sobre os elementos que estruturam esse segmento do texto é:

a) o demonstrativo destes se refere a menores de idade;
b) o termo aliás corresponde semanticamente a além disso;
c) o termo menores é empregado como adjetivo;
d) o relativo que se prende ao antecedente menores de idade;
e) a expressão poder público se refere a órgãos de governo.

22 - “É fácil atribuir todos os problemas à falta de verbas”; forma igualmente correta dessa mesma frase é:

a) é fácil atribuir-se todos os problemas à falta de verbas;
b) é fácil que se atribua todos os problemas à falta de verbas;
c) é fácil que se atribuam todos os problemas à falta de verbas;
d) é fácil que se atribuísse todos os problemas à falta de verbas;
e) é fácil que se atribuíssem todos os problemas à falta de verbas.

23 - O segmento abaixo que apresenta adjetivo sem variação de grau é:

a) “Por maior que tenha sido a indignação manifestada...”;
b) “...é alarmante esse grau crescente de insegurança”;
c) “...de fazer o turista se sentir mais seguro no Rio...”;
d) “...a redução a níveis mínimos dos assaltos a turistas”;
e) “Mas é mais justo falar em dinheiro mal aplicado”.

24 - “Mas é mais justo falar em dinheiro mal aplicado. As próprias autoridades anunciam fartos investimentos em aparato tecnológico contra o crime; o retorno que deveria produzir a aplicação eficiente desse dinheiro seria o que não está acontecendo: a redução a níveis mínimos dos assaltos a turistas”; o vocábulo que destoa dos demais quanto ao campo semântico é:

a) dinheiro;
b) investimentos;
c) aparato;
d) aplicação;
e) retorno.

25 - O segmento do texto cujo elemento destacado tem seu valor semântico INCORRETAMENTE indicado é:

a) “EM oito anos...” = tempo;
b) “...visitantes DE outros estados...” = origem;
c) “...da economia DA cidade...” = propriedade;
d) “...não sabe lidar, POR falta de ação integrada...” = causa;
e) “...falar EM dinheiro mal aplicado...” = oposição.

26 - “Em oito anos, o número de turistas no Rio de Janeiro dobrou, enquanto os assaltos a turistas foram multiplicados por três, alcançando hoje a média de dez casos por dia. Considerando a importância que o turismo tem para a cidade – que anualmente recebe 5,7 milhões de visitantes de outros estados e do estrangeiro, destes, aliás, quase 40% dos que chegam ao Brasil têm como destino o Rio – é alarmante esse grau crescente de insegurança”; quanto às referências numéricas presentes nesse primeiro parágrafo do texto pode-se dizer que representam numerais de dois tipos:

a) cardinais e ordinais;
b) cardinais e multiplicativos;
c) multiplicativos e fracionários;
d) cardinais e fracionários;
e) ordinais e multiplicativos.

27 - A relação adequada entre, respectivamente, substantivo-adjetivo-verbo de uma mesma família de palavras e de um mesmo campo semântico é:

a) média-mediático-remediar;
b) policial-policiamento-policiar;
c) crime-criminoso-incriminar;
d) idade-idoso-identificar;
e) gravação-grave-agravar.

28 - O item em que a troca de posição entre substantivo e adjetivo traz nítida modificação de sentido é:

a) grau crescente;
b) policiamento ostensivo;
c) poder público;
d) fartos investimentos;
e) aplicação eficiente.

29 - O segmento do texto que NÃO apresenta estrutura aditiva realizada por meio de conectores desse tipo é:

a) “Em oito anos, o número de turistas no Rio de Janeiro dobrou, enquanto os assaltos a  turistas foram multiplicados por três”;
b) “..recebe 5,7 milhões de visitantes de outros estados e do estrangeiro...”;
c) “...que apresentam o Rio e outras grandes cidades brasileiras”;
d) “...mas não é o que se vê – nem é o que percebem os assaltantes”;
e) ...entre autoridades estaduais e municipais...”.

30 - O texto da prova, por sua estrutura e características, deve ser prioritariamente classificado como:

a) expositivo;
b) narrativo;
c) informativo;
d) argumentativo;
e) descritivo.


GABARITO

Questão
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04
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Gabarito
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B
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