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sábado, 20 de outubro de 2012

O ADEUS A MANUEL ANTÓNIO PINA


MORRE O ESCRITOR MANUEL ANTÓNIO PINA


   Uma triste notícia para o mundo das letras. Faleceu nesta sexta-feira, 19 de outubro, o escritor português Manuel António Pina. Nascido em 1943 na cidade de Sabugal e formado em Direito pela Universidade de Coimbra, Pina trabalhou por mais de 30 anos no “Jornal de Notícias”, no qual mantinha uma coluna diária de crônicas intitulada “Por outras palavras”. 
   Cinéfilo declarado e apaixonado por gatos, o escritor era conhecido pelo bom humor de suas crônicas e pelo tom reflexivo-filosófico de suas poesias. Estreou na literatura em 1974 com o livro de poemas “Ainda não é o fim nem o princípio do mundo, calma é apenas um pouco tarde”.
   Entre as inúmeras atividades que exerceu, foi escritor, jornalista, redator e professor na Escola Superior de Jornalismo do Porto. Além de toda a produção poética e ficcional, deixa uma vasta obra infantil que lhe rendeu fama e prestígio.
   Em 2011, pelo conjunto da obra, foi laureado com o Prêmio Camões, o mais importante prêmio literário em língua portuguesa.

Alguns depoimentos sobre a morte de Manuel António Pina.

Francisco José Viegas, Secretário de Estado da Cultura de Portugal:

“Ficamos todos, amantes da poesia, muito tristes e muito sós, muito mais sós  (...) Contigo aprendemos quase tudo sobre a grande arte. Aprendemos a medida do verso e a necessidade de nunca deixar de rir. Aprendemos que nunca é tarde, afinal; que nunca deixarás de regressar às nossas estantes, ao nosso coração, à leveza que nos mostraste, ao caminho no meio das florestas. Aprendemos a esperar. Aprendemos a olhar. Aprendemos a ver em ti uma honestidade belíssima e inimitável. Aprendemos que somos aprendizes da tua capacidade de verificar a beleza das coisas e dos seus mistérios e que, às vezes, eles se reduzem a um verso que se aproxima tão perto da beleza - que queima, que nos deixa em transe sobre a terra...”

Cavaco Silva, Presidente de Portugal:

“Um autor que ficará para sempre na memória dos leitores como um dos grandes poetas da sua geração.”

Graça Morais, pintora portuguesa:

"Nestes tempos de tantas tristezas e aflições, o Manuel António Pina morreu. Vou sentir falta da sua honradez, da sua lucidez, da sua inteligência, do seu fino humor, do olhar presente com que sempre nos ouviu.


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Um comentário:

  1. O nascer e o morrer fazem parte da VIDA. É a renovação do mundo.
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    Felicidades

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