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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

“O verbo no infinito” – Vinicius de Moraes

O verbo no infinito


Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...


(Vinícius de Moraes)


www.veredasdalingua.blogspot.com.br

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“O Diamante” – Luis Fernando Verissimo 
Quadras de Fernando Pessoa

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