Tema de Redação - UFG - 2013 - 2º Semestre
Instruções
Você deve desenvolver
seu texto em um dos gêneros apresentados nas propostas de redação. O tema é
único para as três propostas. O texto deve ser redigido em prosa. A fuga do
tema ou cópia da coletânea anula a redação. A leitura da coletânea é
obrigatória. Ao utilizá-la, você não deve copiar trechos ou frases. Quando for
necessária, a transcrição deve estar a serviço do seu texto. Independentemente
do gênero escolhido, o seu texto NÃO deve ser assinado.
Tema: Amor na contemporaneidade: condição para a realização pessoal ou
aprisionamento de subjetividades?
Coletânea
1. Todo o amor que houver nessa vida - Cazuza/Frejat
Eu quero a sorte de um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia
E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria
Disponível em: <http://letras.mus.br/cazuza/49202/>.
2. O amor romântico prega coisas mentirosas, diz psicanalista - Hamurabi Dias
O amor. Um dia ele
chega para todo mundo, acredite você leitor (leitora), ou não. Na
contemporaneidade, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em seu livro “O Amor
Líquido”, transforma a célebre frase marxista – “tudo que é sólido se desmancha
no ar” – em ponto de partida para debater a fragilidade dos laços humanos e
lançar o conceito de “líquido mundo moderno”.
Em síntese, o autor
traz uma reflexão crítica de como esse mundo “fluido”, uma das principais
características dos compostos líquidos, fragilizou os relacionamentos humanos.
O sociólogo observa que o amor tornou-se, na sociedade moderna, como um passeio
no shopping center – ícone do capitalismo – e como tal deve ser
consumido instantaneamente e usado uma só vez, sem preconceito. É o que considera
a sociedade consumista do amor.
Pois bem, é nesta linha
fluida, sem preconceito e destarte liberal, com frases como “Ter parceiro único
pode se tornar coisa do passado" e “Variar é bom, todo mundo gosta”, que a
psicanalista e escritora Regina Navarro Lins, crítica do que considera “amor
romântico”, lança os dois volumes do “O Livro do Amor”.
“O Livro do Amor” é um
estudo que começa desde a pré-história, seguindo por todos os períodos da humanidade,
até chegar à atualidade. “Descobri coisas muito interessantes, como que o amor
é uma construção social, e que em cada época ele se apresenta de uma forma”,
avalia.
No século XX, o livro é
dividido em três partes. Para a psicanalista o que mudou o amor na
contemporaneidade foram duas invenções: o automóvel e o telefone. “Pela
primeira vez na história as pessoas puderam marcar encontro pelo telefone,
mesmo com os moralistas defendendo que era uma indecência a voz do homem entrar
pelo ouvido da mulher”, lembrou.
Regina Navarro Lins
acredita que muito dos nossos comportamentos atuais têm origem em períodos históricos
passados, como o “amor romântico”, surgido lá... no século XII. “Eu aponto
também as tendências de como o amor está se transformando. A repressão
diminuiu, ainda bem. O sexo é da natureza, é desejável, mas a nossa cultura
judaico-cristã sempre viu o sexo com maus olhos. Nos últimos dois mil anos foi
visto como algo abominável, a repressão sexual foi horrorosa”, apontou.
Sobre o tão alardeado
amor romântico, Lins inicia sua crítica observando o caráter sub-humano que foi
atribuído à mulher ao longo dos anos. “A mulher foi considerada incompetente e
burra. O cavalheirismo é uma ideia péssima para as mulheres. Gentileza é outra
coisa. O cavalheirismo implica sempre em o homem tratar a mulher como se ela
fosse incompetente. Não tem sentido, se observarmos como a mulher foi
considerada no passado, até hoje pessoas defenderem a ideia de que a mulher
não pode puxar uma cadeira”, comparou a psicanalista.
Regina Navarro defende
também que o amor romântico é baseado na idealização do outro, a invenção de
uma pessoa, atribuindo a ela características que não tem. “Depois passa a vida ‘azucrinando’
o outro para mudar o jeito de ser, para se enquadrar naquilo que se imaginou. Esse
tipo de amor prega coisas mentirosas, como de que não existe desejo por mais
ninguém, de que os amados vão se completar e nada mais vai faltar, que um terá
todas as suas necessidades completadas pelo outro. É um amor prejudicial, o que
critico é o que ele propõe. As pessoas só vão viver bem em um relacionamento se
houver a liberdade de ir e vir”, observou.
Disponível em: <http://www.bomdiafeira.com.br/noticias/palco -cultural/> (Adaptado).
3. Nunca ter amado é uma forma terrível de ignorância - Luiz Felipe Pondé
Somos um nada que ama.
A filosofia da
existência é uma educação pela angústia. Uma vez que paramos de mentir sobre
nosso vazio e encontramos nossa "verdade", ainda que dolorosa, nos
abrimos para uma existência autêntica.
Deste "solo da
existência" (o nada), tal como afirma o filósofo dinamarquês, Soren
Kierkegaard (1813-1855), em seu livro "A Repetição", é possível
brotar o verdadeiro amor, algo diferente da mera banalidade.
Sua filosofia do amor é
menos conhecida do que sua filosofia da angústia e do desespero, mas nem por
isso é menos contundente.
Seu livro "As
Obras do Amor, Algumas Considerações Cristãs em Forma de Discursos",
traduzido pelo querido colega Álvaro Valls, maior especialista no filósofo
dinamarquês no Brasil, é um dos livros mais belos que conheço.
A ideia que abre o
livro é que o amor "só se conhece pelos frutos". Vê-se assim o
caráter misterioso do amor, seguido de sua "visibilidade" apenas
prática.
Angústia e amor são
"virtudes práticas" que demandam coragem.
Kierkegaard desconfia
profundamente das pessoas que são dadas à felicidade fácil porque, para ele, toda
forma de autoconhecimento começa com um profundo entristecimento consigo mesmo.
Numa tradição que reúne
Freud, Nietzsche e Dostoiévski (e que se afasta da banalidade contemporânea que
busca a felicidade como "lei da alma"), o dinamarquês acredita que o
amor pela vida deita raízes na dor e na tristeza, afetos que marcam o encontro
consigo mesmo. Deixo com você, caro leitor, uma de suas pérolas:
"Não, o amor sabe
tanto quanto qualquer um, ciente de tudo aquilo que a desconfiança sabe, mas sem
ser desconfiado; ele sabe tudo o que a experiência sabe, mas ele sabe ao mesmo
tempo que o que chamamos de experiência é propriamente aquela mistura de
desconfiança e amor... Apenas os espíritos muito confusos e com pouca
experiência acham que podem julgar outra pessoa graças ao saber."
Infelizes os que nunca
amaram. Nunca ter amado é uma forma terrível de ignorância.
Disponível em:
<http://www.paulopes.com.br/2011/06/>. (Adaptado).
4. Blogueiras feministas - Bia Cardoso
Olhe para seu lado,
veja as propagandas na rua, os comerciais de tv, as músicas que fazem sucesso, o
choro dos seus amig@s com coração partido, os conselhos de pessoas sobre
casamento, os livros de autoajuda, os filmes hollywoodianos. Ele está presente
em todos os lugares, até na embalagem da paçoca. O amor romântico é um dos
nossos maiores fenômenos de massa. Todos querem amar ardentemente. Corações
vermelhos explodem no mês de junho e ninguém escapa de panfletos com promoção
do Dia dos Namorados. Mas e aí? Todo mundo tem de encontrar a metade da laranja
para ser feliz? Até que ponto o conceito do amor romântico limita nossas formas
de amar e de sermos amados? Será ele a única forma de amor possível?
A intenção deste post
não é em nenhum momento condenar o amor romântico à morte lenta e dolorosa ou
dizer que o casamento é simplesmente uma prisão, mas questionar os ideais que
estruturam o amor romântico e como, principalmente, as mulheres sofrem com
tantas promessas idílicas. Não julgar o amor e nem as pessoas, mas conversar
com ele e com você.
Só é possível amar uma pessoa?
De acordo com os
preceitos do amor das love songs e comédias românticas, sim. Só posso
amar uma pessoa, só posso me relacionar com essa pessoa, só devo sentir tesão
por essa pessoa, devemos viver nesse vínculo em que dois se tornam um. Mas para
que tanta unicidade? Por que o amor deve ser apenas único, mágico e especial? O
amor romântico vendido em toda sociedade ocidental é um mito. Um produto da
imaginação coletiva, sem desenvolvimento científico ou racional e que para nós
é profundamente real. Sentimos esse amor e todas as suas consequências, como o
ciúme. Note que o amor romântico é extremamente dependente e exclusivo,
colocando cercas em nossos sentimentos e emoções. E apontando uma série de
regras que estruturam relacionamentos tradicionais e conservadores, muitas
vezes machistas. O amor romântico é aperfeiçoado, recontado e redimensionado com
o passar dos anos, fortalecendo cada vez mais seu significado coletivo.
O amor romântico é a armadilha das mulheres?
Temos uma série de
mulheres reprimidas em relação a seus instintos. Mesmo hoje, vemos muitas
jovens que se sentem um lixo por serem solteiras. Não se valorizam enquanto
alguém não demonstre migalhas de sentimentos, que são logo confundidas com
amor. O amor romântico parece ser uma prisão para mulheres e homens. Para nós é
quase um espartilho do século XIX, pois até quando compramos absorventes
íntimos precisamos lembrar que tudo que fazemos deve garantir que os homens lançarão
seus olhares para nós nas ruas e desejarão nos amar. Só assim seremos
verdadeiramente valorizadas. Enquanto estivermos solteiras, seremos “as
perdidas”. Aquelas que precisam sempre arrumar seu jardim para serem
encontradas.
É como ficção que o amor
se faz possível. Ou, ainda, amar é um tipo de autoengano em que nos fazemos amáveis,
fingindo ter e dar o que não temos e procurando seduzir o outro para que não
repare no que nos falta, mas, ainda assim, se ofereça a nos completar. Este
outro que amamos, nós o revestimos de todas as qualidades necessárias a nós,
toda a perfeição que supomos. Ficamos a esperar que alguém nos ame e, nesse
amor, recuperar um estado de completude que nunca existiu, mas que permanece,
imagem ideal, em nós.
Disponível em: <http://blogueirasfeministas.com/2011/06/o-amor-esse-romantico/>. (Adaptado).
5. O triunfo de qual amor? - Contardo
Calligaris
Em 1998, 20% dos homens
entrevistados na pesquisa Família Brasileira pensavam que a principal qualidade
de uma esposa consistisse em saber cuidar de casa. Hoje, esse percentual caiu
para 7%. Também em 1998, outros 12% escolheram cuidar bem dos filhos como qualidade
principal. Em 2007, foram só 4%.
Até aqui poderíamos
entender, simplesmente, que, na última década, os homens, enfim, pararam de esperar
que suas esposas fossem babás e governantas. A recíproca, digamos assim, também
aconteceu: há nove anos, 14% das mulheres diziam que a principal qualidade de
um marido consistia em sustentar a família. Agora, são 4% as que pensam o
mesmo.
Aprimoremos, portanto,
a conclusão: os brasileiros se casariam cada vez menos para distribuir as
tarefas do lar. Acabou de vez a época dos caçadores-colhedores; já estava na
hora.
Acabou em prol do quê?
Levando em conta a evolução do casamento desde o começo da modernidade, o
esperado seria um triunfo progressivo do amor. Afinal, a novidade moderna é
esta: os sentimentos passam a comandar nossa vida. Hoje, a gente escolhe
parceiros por amor, e não para facilitar a vida cotidiana, respeitar a
tradição, consolidar um patrimônio ou garantir a descendência.
Com essa mudança, o
casamento se fortaleceu (a união ganhou a força da paixão) e, paradoxalmente, se
enfraqueceu (a união se tornou condicional: se a paixão acaba, o casamento
perde sua razão de ser). Também, com a mudança moderna, o casamento ideal se
tornou quase inalcançável: uma mistura utópica de paixão amorosa e sexual com
convivência, criação dos filhos, compartilhamento de bens, responsabilidades
financeiras etc.
Ora, talvez a pesquisa
de hoje mostre que estamos amadurecendo, ou seja, reformulando essa utopia impossível:
nada de resignação, mas a invenção progressiva de um novo tipo de casamento.
Veja só. Os entrevistados tiveram que escolher, entre seis itens, qual seria o
mais importante para a felicidade de um casamento. Pois bem, 38% escolheram a
fidelidade (contra 23% em 98). Em compensação, a importância do amor diminuiu,
de 41% para 35%.
Estranho, não é?
Afinal, o ciúme não é um complemento do amor-paixão? Como pode diminuir a
exigência de amor e aumentar a de fidelidade? A resposta está em outros números
oferecidos pela pesquisa.
Entre 1998 e hoje,
aumentou o percentual das mulheres que consideram como principal qualidade de um
marido sua capacidade de ser companheiro e amigo (de 6% para 11%) e de ser
atencioso (de 3% para 10%). Que ele ame a esposa é também crucial, mas talvez
esteja mudando nossa ideia do tipo de amor que deve acompanhar e sustentar o
casamento. Talvez não procuremos mais o amor-paixão (note-se que a vida sexual
satisfatória como item necessário para a felicidade da união ficou com um triste
2%), mas um amor companheiro e amigo, “um amor tranquilo”, como diz a música.
Se isso fosse verdade,
a fidelidade, hoje considerada uma qualidade essencial do marido e da esposa, não
seria exigência possessiva da paixão. Existe uma fidelidade que não consiste em
evitar aventuras, escapadas e amoricos paralelos; é o tipo de fidelidade que é
exigível de um amigo.
Talvez, em suma, esteja
aparecendo um novo tipo de casamento moderno, baseado, como deve ser, nos
sentimentos, mas não no ideal do amor-paixão romântico nem do da satisfação
sexual: uma espécie de aliança sentimental para a vida.
Ia terminar comentando
que essa transformação do casamento não seria um mal. A verdade é que ela já
está em curso nas inúmeras uniões que continuam e persistem numa amizade em
que, às vezes, parece que o amor se perdeu, quando, de fato, é nessa amizade
que ele se transformou.
FOLHA DE S. PAULO. Família Brasileira. São Paulo. 7 out. 2007. p.
46-47.
6.
Disponível em: <www.imagensporfavor.com>. Acesso em: 6 fev. 2013.
Disponível em: <www.humorxxl.com>. Acesso em: 6 fev. 2013.
Disponível em: <www.orkugifs.com >. Acesso em: 6 fev.2013.
Disponível em: <www.humorface.com>. Acesso em: 6 fev. 2013.
Propostas de redação
A – Editorial
O editorial é um
gênero do discurso argumentativo que tem a finalidade de manifestar a opinião de
um jornal, de uma revista, ou de qualquer outro órgão de imprensa, a respeito
de temas ou acontecimentos importantes no cenário nacional ou internacional.
Não é assinado porque não deve ser associado a um ponto de vista individual.
Deve ser objetivo e informativo. Além de apresentar opiniões assumidas pelo
veículo de imprensa, costuma também resumir opiniões contrárias, para refutá-las.
Imagine que você seja
editor de uma revista de circulação nacional e tenha que escrever o editorial
referindo-se à matéria principal daquele número da revista, que é sobre o amor
na contemporaneidade. Em seu texto, você deve comentar fatos e dados que situem
esse sentimento e defender o ponto de vista apresentado na matéria acerca da
polêmica existente entre o amor como condição para realização pessoal e o amor
como forma de aprisionamento de subjetividades.
B – Comentário
O gênero comentário contempla a análise de determinado assunto,
um fato acontecido, uma questão polêmica, uma obra publicada, um filme, entre
outros. Neste gênero, o locutor deve tecer considerações e um ponto de vista
sustentado predominantemente pela argumentação, objetivando convencer os
interlocutores acerca da tese defendida. Um dos contextos de circulação do
comentário é a internet, geralmente em blogs. Os blogs são
plataformas que permitem aos internautas compartilhar textos sobre assuntos
variados.
Escreva um comentário
relativo ao texto de Bia Cardoso (Texto 4) para ser publicado na página “Blogueiras
feministas”. Ao escrever o seu comentário, você deve discutir o tema “Amor na
contemporaneidade: condição para a realização pessoal ou aprisionamento de
subjetividades?”. Você pode concordar ou discordar do ponto de vista da autora
sobre o amor. Para construir seus argumentos, relacione dados e fatos que
possam convencer o seu interlocutor a acatar o seu ponto de vista. Considere,
em seu comentário, as características interlocutivas próprias desse gênero.
NÃO IDENTIFIQUE O REMETENTE DO COMENTÁRIO.
C – Conto
O
conto é uma narrativa ficcional. Sua configuração material é pouco
extensa. Essa característica exige um número reduzido de personagens, esquema
temporal e espacial econômico e um número limitado de ações. O narrador
constrói o ponto de vista a partir do qual a história será contada. Em geral, é
carregado de tensão e termina em um clímax. O enredo estabelece um único
conflito. No desenvolvimento do texto, o conflito poderá ou não ser
solucionado.
Escreva
um conto em primeira pessoa, narrando a história de uma personagem solitária
que vive um conflito psicológico diante de suas incertezas sobre a constituição
do amor. Narre suas lembranças de histórias passadas, suas alegrias, tristezas,
decepções, projetos de futuro etc., relacionando-as com o tempo e o espaço
atuais da(s) cena(s) narrada(s). A narrativa em primeira pessoa deve
estabelecer um conflito baseado em ideias que discuta o amor na
contemporaneidade, e o clímax deste conflito deve envolver os dilemas do
narrador-personagem diante das concepções do amor como possibilidade de
realização pessoal ou como aprisionamento da subjetividade.
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Leia também:
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