José Luís Peixoto — Excertos
"À procura, procura do vento. Porque a minha
vontade tem o tamanho de uma lei da terra. Porque a minha força determina a
passagem do tempo. Eu quero. Eu sou capaz de lançar um grito para dentro de
mim, que arranca árvores pelas raízes, que explode veias em todos os corpos,
que trespassa o mundo. Eu sou capaz de correr através desse grito, à sua
velocidade, contra tudo o que se lança para deter-me, contra tudo o que se
levanta no meu caminho, contra mim próprio. Eu quero. Eu sou capaz de expulsar
o sol da minha pele, de vencê-lo mais uma vez e sempre. Porque a minha vontade
me regenera, faz-me nascer, renascer. Porque a minha força é imortal."
(José Luis Peixoto, in “Cemitério de pianos”)
"O tempo, subitamente solto pelas ruas e pelos
dias, como a onda de uma tempestade a arrastar o mundo, mostra-me o quanto te
amei antes de te conhecer. Eram os teus olhos, labirintos de água, terra, fogo,
ar, que eu amava quando imaginava que amava. Era a tua voz que dizia as
palavras da vida. Era o teu rosto. Era a tua pele. Antes de te conhecer,
existias nas árvores e nos montes e nas nuvens que olhava ao fim da tarde.
Muito longe de mim, dentro de mim, eras tu a claridade."
(José Luís Peixoto)
(José Luís Peixoto)
"Remar" — Caio Fernando Abreu
"Rolezinho: breve rolê histórico" — AntonioPrata
"A carta" — Luís Fernando Verissimo
"Ô de casa!" – Cora Coralina
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