TEMA DE REDAÇÃO – PUC-RIO – 2012 – 2º Semestre
REDAÇÃO
As formas de família que se apresentam na sociedade
atualmente sofreram inúmeras modificações ao longo da história da humanidade e,
do mesmo modo, sua agência vem se transformando ao longo do tempo.
Produza um texto dissertativo-argumentativo – com
cerca de 25 linhas e título sugestivo –, mostrando como você percebe a família
na relação com seus membros e com a sociedade.
A seleção de fragmentos de textos a seguir tem por
objetivo ajudá-lo a desenvolver suas próprias ideias acerca do assunto. Alguns
desses textos – assim como os demais constantes desta prova – podem ser reproduzidos,
em parte, na sua redação, mas em forma de DISCURSO INDIRETO ou de PARÁFRASE,
com as devidas fontes mencionadas na redação. NÃO ASSINE.
Texto 1
“A família, desde os tempos
mais antigos, corresponde a um grupo social que exerce marcada influência sobre
a vida das pessoas, sendo encarada como um grupo com uma organização complexa,
inserido em um contexto social mais amplo com o qual mantém constante
interação.”
Biasoli-Alves, Z. M. M. (2004). Pesquisando e intervindo com famílias de camadas
diversificadas. Em C. R. Althoff, I. Elsen & R. G. Nitschke (Orgs.), Pesquisando
a família: olhares contemporâneos (p. 91-106). Florianópolis: Papa-livro.
Texto 2
“Uma das inovações do Censo
Demográfico 2010 se refere à criação de um conjunto de 19 categorias de parentesco
para classificar os moradores das unidades domésticas em relação ao
responsável, o que possibilita configurar um perfil das formas de organização
no seu interior. (...)
Trabalhar com categorias de
parentesco mais detalhadas apresenta inúmeras vantagens para a compreensão das
mudanças que vêm ocorrendo nas formas de organização das unidades domésticas. A
desagregação da categoria filho em três alternativas (filho do responsável e do
cônjuge, filho somente do responsável e filho somente cônjuge/enteado) permite
observar o fenômeno da reconstituição das famílias que vêm crescendo em função
do crescimento contínuo dos divórcios e recasamentos. A
desagregação da categoria
pais/sogros possibilita, por outro lado, saber se o parentesco com a pessoa responsável
se dá por consanguinidade ou afinidade, e a desagregação neto/bisneto permite
captar a convivência de pelo menos três gerações em uma mesma unidade
doméstica. Essas informações representam um avanço no conhecimento da formação
das unidades domésticas.”
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/indicadores_sociais_municipais/indicadores_sociais_municipais.pdf
Texto 3
“Preciso me concentrar. É essencial. Por quê? Ora,
que pergunta! Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes.
Reunir todos é um problema – principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa
a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção, paciência. Não
é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até
vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a
preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai
comer e aquele fastio. Mas a vida – azeitona verde no
palito – sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo
põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre,
a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio
no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano – quem
diria?- solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este, o mais gordo e
generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a
mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
(...)
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita
da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe “Família à Oswaldo
Aranha”, “Família à Rossini”, “Família à Belle Meunière” ou “Família ao Molho Pardo”
– em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade,
é “à Moda da Casa” e cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
(...)
Há famílias, por exemplo, que levam muito tempo para
serem preparadas. Fica aquela receita cheia de recomendações de se fazer assim
ou assado – uma chatice! Outras, ao contrário, se fazem de repente, de uma hora
para a outra, por pura atração física incontrolável – quase sempre de noite.
Você acorda de manhã, feliz da vida, e quando vai ver já está com a família
feita. Por isso é bom saber a hora certa de abaixar o fogo. Já vi famílias
inteiras abortadas por causa de fogo alto.
Enfim, receita de família não se copia, se
inventa....
AZEVEDO, Francisco . O arroz de palma. Rio
de Janeiro: Record, 2008. p. 11a13.
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