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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

TEMA DE REDAÇÃO – PUC-RIO – 2016 – 2º Semestre

TEMA DE REDAÇÃO – PUC-RIO – 2016 – 2º Semestre


REDAÇÃO

O exílio, uma experiência da modernidade - título do texto 1 da prova de Português e Literatura Brasileira - inspira o tema desta proposta de produção de texto.
Nos nossos dias, tanto a mídia, quanto a produção cultural de um modo geral têm apontado para a sensação de estranhamento e desconforto vivenciada pelos seres humanos diante das constantes mudanças do mundo e das suas vidas. Você considera que, na modernidade, vivemos como se estivéssemos em perene exílio?
Formule uma resposta para essa questão, produzindo um texto dissertativo-argumentativo, de cerca de 25 linhas, em que você apresente e justifique a sua posição, confrontando sua percepção e experiência com o que dizem os textos abaixo e os da prova de Português e Literatura Brasileira.
Seu texto deve, obrigatoriamente, RESUMIR e COMENTAR, pelo menos um trecho dos textos das provas − Redação e Português − seja para concordar seja para discordar da posição nele assumida. Não deixe de escrever a devida referencialização. Dê um título persuasivo ao seu texto.

Exílio(z) [do lat, exiliu.]. S.m. 1.expatriação, forçada ou voluntária; degredo, desterro. 2. O lugar onde reside o exilado. 3.Fig. Lugar afastado, solitário, ou desagradável de habitar.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3ª. ed. Curitiba: Positivo, 2004.
PLANTEL

Todos nós fomos golpeados naquela despedida. Não adianta dizer que não foi bem assim. Que maneiramos na expressão do pesar por vê-lo partir daquele jeito. Cabelo pintado, documento falso. Éramos todos velhos amigos. Este que fugia talvez fosse o único inocente do grupo. Na chamada para o voo, a união dos cinco como que pairava independente, vitoriosa. Quando Leo, ao se despedir, me beijou e o beijo bateu na minha orelha, pensei que os que ficavam tinham se rendido, enfim. Iam todos um pouco naquele corpo que agora já ultrapassava o portão de embarque, ali...

Noll, João Gilberto. Mínimos, múltiplos, comuns. São Paulo, Francis, 2003. p. 283.

A DOENÇA

Nunca morei longe do meu país.
Entretanto padeço de lonjuras.
Desde criança minha mãe portava essa doença.
Ela que me transmitiu.
Depois meu pai foi trabalhar num lugar que dava
Essa doença às pessoas.
Era um lugar sem nome nem vizinhos.
Diziam que ali era a unha do dedão do pé do fim
do mundo.
A gente crescia sem ter outra casa ao lado.
No lugar só constavam pássaros, árvores, o rio e
os seus peixes.
Havia cavalos sem freios dentro dos matos cheios
de borboletas nas costas.
O resto era só distância.
A distância seria uma coisa vazia que a gente
portava no olho.
E meu pai chamava de exílio.

BARROS, Manoel de. Ensaios fotográficos. 4ª.ed. Rio de Janeiro, Record, 2003. p.49.

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